A via-sacra dos migrantes no Mediterrâneo
Cidade do Vaticano (RV) – Com um tuíte, o Papa Francisco manifesta seu pesar pela morte de pelo menos 90 pessoas que tentavam desembarcar na Itália. “Rezemos a Deus pelas vítimas do trágico naufrágio no largo de Lampedusa.”
Uma embarcação com 500 refugiados pegou fogo e naufragou esta manhã. “O mar está repleto de cadáveres. Esta situação não pode continuar”, declarou a prefeita de Lampedusa, Giusi Nicolini.
O Papa Francisco manifestou inúmeras vezes sua preocupação pela situação de milhares de refugiados. Em julho, visitou essa mesma ilha onde, com frequência, se verificam tragédias como a desta manhã. Em setembro, o Pontífice conheceu de perto o Centro Astalli, estrutura romana que acolhe migrantes, administrada pelos jesuítas.
Após a tragédia desta manhã, o Presidente do Centro, Pe. Giovanni La Manna, divulgou um comunicado, em que escreve: “Chega de mortes no Mediterrâneo. Agora é a hora de medidas extraordinárias. Diante da enésima tragédia, a Comissão Europeia e os governos nacionais não podem permanecer inertes. O governo italiano deve pedir imediatamente à Comissão Europeia a ativação de canais humanitários seguros capazes de garantir às vítimas de guerras e conflitos em andamento a proteção internacional”.
Só esta semana, a costa italiana registrou outras duas tentativas de desembarque. Na segunda-feira, 13 pessoas morreram no naufrágio perto da cidade de Scicli.
Esta manhã, 117 migrantes sírios foram salvos nas proximidades de Siracusa, na Sicília.
(BF)
Rádio Vaticano
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