Blog Alma Missionária

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quarta-feira, 19 de março de 2014

A GRAÇA DE DEUS , TESOURO INFINITO PARA OS HOMENS - LITURGIA DIÁRIA , 19 DE MARÇO DE 2014

terça-feira, 18 de março de 2014


A GRAÇA DE DEUS , TESOURO INFINITO PARA OS HOMENS
 
Infinitus thesaurus est hominibus; quo qui usi sunt, ticipes facti sunt amicitiae Dei ― “Ela é um tesouro infinito para os homens; do qual os que usaram têm sido feito participantes da amizade de Deus”
 
Sumário. Porque havemos de ter inveja dos grandes do mundo? Se estamos na graça de Deus, participamos da sua própria natureza; somos, por assim dizer, um com Ele e de momento a momento podemos adquirir tesouros imensos de merecimentos para a eternidade. A nossa alma é então tão bela aos olhos do Senhor, que põe nela a sua complacência. Tudo isto Jesus Cristo no-lo mereceu pela sua Paixão; e por isso devemos prestar-Lhe contínuas ações de graças
 
I. No dizer de Santo Tomás de Aquino, o dom da graça é superior a todos os dons que uma criatura possa receber, porque a graça é a participação da própria natureza de Deus. Já antes tinha São Pedro dito o mesmo: Ut per haec (promissa) efficiamini divinae consortes naturae (1) ― “Para que por elas (as promessas) vos torneis participantes da natureza divina“. Tal é a dignidade que Jesus Cristo nos mereceu pela sua paixão: Ele nos comunicou o mesmo resplendor que recebeu de Deus (2). Numa palavra, quem está na graça de Deus, forma, de certo modo, uma pessoa com Deus: Unus spiritus est (3) ― “É um espírito com Ele”. E, como disse o Redentor, na alma que ama a Deus, vem habitar a Santíssima Trindade: Ad eum veniemus, et mansionem apud eum faciemus(4) ― “Viremos a ele, e faremos nele morada
 
É tão bela aos olhos de Deus a alma em estado de graça, que Ele próprio lhe faz o elogio: Como és formosa amiga minha, como és formosa! (5) Parece que Deus não pode apartar dela os olhos, nem cerrar os ouvidos a nenhum dos seus pedidos: Oculi Domini super iustos, et aures eius ad preces eorum (6) ― “Os olhos do Senhor estão sobre os justos e os seus ouvidos abertos aos rogos deles”. Dizia Santa Brígida que nenhum homem poderia ver a beleza de uma alma na graça de Deus, sem morrer de alegria. E Santa Catarina de Sena, tendo visto uma alma assim, afirmou que de boa mente daria a vida para que nunca aquela alma perdesse tamanha beleza. Por isso a mesma Santa beijava a terra que os sacerdotes pisaram, pensando que pelo seu ministério as almas eram colocadas na graça de Deus
 
Além disso, que tesouros de merecimentos não pode ajuntar a alma em estado de graça! Cada instante pode adquirir uma glória eterna, porquanto, como diz Santo Tomás, qualquer ato de amor produzido pela alma merece um paraíso aparte
 
Porque temos então inveja dos grandes do mundo? Estando na graça de Deus, podemos adquirir continuamente grandezas muito mais altas no céu
II. A paz de que ainda na terra goza a alma em estado de graça, só pode ser compreendida por aquele que a provou: Gustate et videte, quoniam suavis est Dominus (7) ― “Provai e vede quão suave é o Senhor”. Não pode deixar de ser cumprida a palavra do Senhor: Gozam muita paz os que amam a divina lei(8). A paz do que vive unido com Deus, excede todas as doçuras que nos podem advir dos sentidos ou do mundo: Pax Dei quae exsuperat omnem sensum (9)
 
Ó meu Jesus, Vós sois o bom pastor que se deixou matar para nos dar a vida, a nós, vossas ovelhas. Quando eu fugia de Vós, não deixastes de correr atrás de mim e de me procurar; recebei-me, agora, que Vos procuro e que volto arrependido a vossos pés. Restitui-me a graça, que miseravelmente perdi por minha culpa. De todo o coração me arrependo e quisera morrer de dor, quando penso nas inúmeras vezes que Vos voltei as costas. Perdoai-me pelos merecimentos da morte cruel que por mim padecestes na cruz
 
Prendei-me com os doces laços do vosso amor e não permitais que outra vez me afaste de Vós. Dai-me forças para sofrer com paciência todas as cruzes que me envieis, visto ter merecido as penas eternas do inferno. Fazei que abrace com amor os desprezos que me possam vir dos homens, visto ter merecido estar eternamente sob os pés dos demônios. Fazei, numa palavra, com que obedeça em tudo às vossas inspirações e vença, por vosso amor, qualquer respeito humano. ― Resolvido estou a servir de hoje em diante somente a Vós. Digam os outros o que quiserem; eu quero amar somente a Vós, meu Deus amabilíssimo, só a Vós quero agradar; mas dai-me o vosso auxílio sem o qual nada posso. Amo-Vos, † Jesus, meu Deus, amo-Vos sobre todas as coisas, de todo o coração, e confio em vosso Sangue. ― Maria, minha esperança, ajudai-me com as vossas orações. Glorio-me de ser vosso servo, e vós vos gloriais de salvar os pecadores que a vós recorrem; socorrei-me, pois, e salvai-me (II 87)
__________
1. 2 Petr. 1, 4.

2. Io. 17, 22.

3. 1 Cor 6, 17.

4. Io. 14, 23.

5. Cant. 4, 1.

6. Ps. 33, 16.

7. Ps. 33, 9.

8. Ps. 118, 165.

9. Phil. 4, 7.
 
(Santo Afonso Maria de Ligório. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo Primeiro: Desde o primeiro Domingo do Advento até Semana Santa inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 321-324)
 

Religião

19/03/2014  |  domtotal.com

Vida de Jesus será sempre a história mais bela

Hoje, Deus interessa pouco às novas gerações, mas Jesus continua intrigando e fascinando.
Por Enzo Bianchi*
Por que há 2.000 anos cristãos e não cristãos sentem a necessidade de contar ou de ouvir novamente a história de Jesus de Nazaré? Por que essa singularidade de Jesus entre os grandes mestres iniciadores dos caminhos religiosos? A resposta poderia ser simples: a sua singularidade de homem-Deus certamente atrai os crentes que se tornam seus discípulos, e a sua humanidade tão autêntica e exemplar intriga até mesmo homens e mulheres que não se sentem atraídos por caminhos religiosos.

Sinto-me no direito de poder dizer que aqueles que estão engajados em buscar Deus (quaerere Deum) e aqueles que buscam o homem (quaerere hominem) se sentem atraídos por Jesus Cristo.

Jesus não escreveu nada, mas outros escreveram sobre ele, tentaram retratos, o narraram, e assim o transmitiram pela história: uma narrativa plural, que captou aspectos e ênfases diferentes nas suas palavras, que deu diversas interpretações das suas ações. Pense-se nos quatro Evangelhos, nos escritos do Novo Testamento, mas também em muitas outras tentativas, não consideradas autênticas pela Igreja, mas que, mesmo assim, representam narrativas "outras" de Jesus.

Até porque Jesus, de fato, pediu àqueles que queriam segui-lo que se tornassem ele mesmo, com a própria vida, um narrador seu, capaz de levar a boa notícia do Evangelho para entre os homens: com a sua palavra e a sua vida, Jesus quis narrar Deus aos homens (exeghésato: Jo 1, 18), e cada discípulo seu busca também narrar aos outros a vida de Jesus. Narrativas sem fim!

Mas a figura de Jesus e os textos dos Evangelhos pediram e pedem, ontem e hoje, literatos, artistas, diretores também declaradamente não cristãos. Por quê? Pode haver aí um elemento de interesse por causa de um mercado "religioso" que vende, mas também há releituras e reescritas da figura de Jesus de outra espessura literária e artística (como esquecer O Evangelho segundo São Mateus, de Pasolini?), que requerem uma explicação bem diferente.

Parece-me que, muitas vezes, elas insinuam-se na distância, às vezes sentida como abissal, existente entre o Jesus dos Evangelhos e a apresentação que, por séculos, foi feita dele em âmbito eclesiástico, por interesses doutrinais, teológicos, morais, pedagógicos.

Muitas vezes, capta-se nessas reescritas uma simpatia por Jesus e uma denúncia da "domesticação" que dele foi feita. Essas releituras não por acaso valorizam hoje a dimensão humana que, por séculos, foi negada a Jesus em favor da sua qualidade divina. Relê-se e reconta-se novamente a história de Jesus, porque nela se percebe a presença de uma humanidade verdadeira, profunda, simples, praticável: precisamos de uma nova gramática do humano, redescobrir o humano, reaprender o ABC das relações humanas e das práticas de humanidade. E a figura de Jesus, mesmo quando é narrada novamente de uma maneira muito distante do texto evangélico, aparece como símbolo de humanidade e de sentido, aparece como indicadora de um caminho que capta o essencial da existência e ajuda a se orientar na vida.

Nessa obra de reatualização da figura de Jesus, paradoxal e talvez inconscientemente, é novamente valorizada a dimensão original da Bíblia, do Evangelho como espelho: espelho do humano que permite que aqueles que nele se refletem passem do reflexo para a reflexão.

Em todo século, pintou-se Jesus com as roupas da época, realizando uma apropriação do personagem, uma espécie de anexação sua à contemporaneidade. É provável que o recentíssimo filme O Filho de Deus apresente traços muito discutíveis no plano histórico ou teológico; pode ocorrer que nele abundem elementos banalizantes; pode ser que a indústria editorial e a cinematográfica vejam em Jesus uma marca que rende e pouco mais do que isso.

Mas o fato de que se continua voltando a essa figura é indicativo de uma sede que o homem, apesar de tudo, não consegue apaziguar em outras fontes. É o sinal de uma necessidade de verdade, de humanidade, de serviço aos outros, de amor, traços que caracterizam o fascínio e a simpatia suscitados universal e transversalmente, entre cristãos e não cristãos, pela figura do Papa Francisco.

Também é verdade que muitas projeções sobre Jesus foram e são feitas, dependendo das estações culturais, e assim ele é ideologizado de vez em quando como um Jesus hippie, um Jesus revolucionário, um Jesus guru, e significativamente hoje até mesmo como um Jesus culinarius, especialista em cozinha. Mas essas são manufaturas de Jesus para o nosso consumo, não é o Jesus dos Evangelhos!

Segundo os Evangelhos, Jesus um dia perguntou aos seus discípulos: "Quem vocês dizem que eu sou?". A essa pergunta, os homens e as mulheres de hoje tentam e tentam novamente responder com paixão, nunca com indiferença. Hoje, Deus interessa pouco às novas gerações, e a Igreja pode até parecer um obstáculo para a fé: mas Jesus Cristo continua intrigando e fascinando.
La Repubblica, 16-03-2014.
*Enzo Bianchi é monge e teólogo.

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19/03/2014  |  domtotal.com

Bento XVI enviou a Francisco comentários sobre entrevista

Cidade do Vaticano - O prefeito da Casa Pontifícia, o arcebispo Georg Ganswein, informou que o sumo pontífice emérito, Bento XVI, fez chegar ao papa Francisco quatro páginas de comentários depois de ler a entrevista que o pontífice argentino concedeu à revista dos jesuítas, "Civiltà Cattolica" em setembro de 2013.

Em uma entrevista ao canal de televisão alemão ZDF recolhida pela agência italiana Korazym, Dom Ganswein, que é também secretário de Bento XVI, explicou que o Bispo Emérito de Roma não o fez por iniciativa própria, mas a pedido do papa Francisco. Na entrevista, concedida ao jornal alemão por ocasião do primeiro ano do pontificado do papa Francisco que foi celebrado no dia 13 de março deste ano, Dom Ganswein disse que "quando o padre Spadaro (diretor de Civiltá Cattolica) entregou o primeiro exemplar desta entrevista, Francisco me deu isso e me pediu que a levasse a Bento".

"Olha, a primeira página depois do índice está vazia. Aqui o papa (Bento XVI) deve escrever todas as críticas que lhe venham à mente, e depois você me devolve", disse-lhe o Santo Padre Francisco. "Assim, fui ver o papa Bento e disse-lhe que o papa Francisco lhe pedia que escrevesse aí todos seus pensamentos, críticas ou sugestões depois de ler a entrevista, e depois eu informaria ao papa (Francisco)”.

Três dias mais tarde, segundo o relato, "deu-me quatro páginas –é obvio, não escritas à mão, mas que ele havia ditado à irmã Brigit– em uma carta". "Ele (Joseph Ratzinger) fez a sua tarefa. Leu-a e respondeu o pedido de seu sucessor fazendo algumas reflexões e também algumas observações sobre determinadas afirmações ou questões, que considerava que talvez poderiam ser desenvolvidas depois em outra ocasião. Naturalmente não digo os temas aos quais se refere" concluiu o arcebispo Ganswein.
SIR

sexta-feira, 21 de março de 2014

Papa francisco: fotos e frases especiais

Por Pe. Geovane Saraiva
14/03/2014
Artigo publicado há um ano


“Uma Igreja sem as mulheres é como o Colégio Apostólico sem Maria."


























Francisco, um sinal para o mundo

Padre Geovane Saraiva*
"A santidade está em deixar que o Senhor escreva a nossa história", disse o Papa Francisco aos 17 de dezembro de 2013, querendo dizer que é dever do cristão se esforçar para viver bem neste mundo, consagrando cada dia de sua vida, no compromisso com o projeto de Jesus de Nazaré, na mais absoluta certeza de que o mistério da encarnação é a aurora do dia interminável; indo na direção da fulgurante glória do redentor, a conduzir a humanidade ao bom caminho, antevendo pela fé a luz inigualável, que jamais se extinguirá.

A partir desta premissa como é belo e maravilhoso compreender o 266º papa da era cristã da humanidade, sinal de vida e esperança para o mundo, eleito no dia 13 de março de 2013, no quinto escrutínio daquele Conclave de 115 Cardeais, com o nome de Jorge Mario Bergoglio sj, primeiro latino americano, primeiro jesuíta e primeiro a chamar-se Francisco, na história de dois mil anos de cristianismo. Percebe-se logo de início que quer ficar longe da pompa e tudo mais que foi introduzido no decorrer da nossa civilização cristã, a qual colocou o Papa no patamar bem elevado, no patamar  de “soberano”.

Daí a escolha do nome Francisco não ter sido por acaso. Foi uma clara decisão de um programa de governo para a Igreja Católica, tendo diante dos olhos, na mente e no coração a força da figura humana de Francisco de Assis, exemplo e referencial, que viveu de um modo radical, a pobreza evangélica, desejando dizer as pessoas que é possível deixar a inércia e fazer, através do despojamento generoso, seu caminho de discernimento, tão proclamado pelo Bispo de Roma.

O Sumo Pontífice indica o caminho, contido no início do Evangelho de Marcos, no qual Jesus, caminhando à beira do mar da Galileia, chamou os pescadores Simão e André, Tiago e João e os constituiu discípulos, com a missão de levar adiante o anúncio da boa nova da salvação, dizendo-lhes que o Reino Deus, doravante anunciado por eles, chegasse a todos, sem fazer distinção alguma. O Senhor Jesus planejava para eles não mais aquele mar bem conhecido, mas um mar completamente novo, simbolizando a humanidade inteira, no qual eles iriam ser protagonistas de uma grande pescaria; que tinha chegado a hora de superar as diferenças e aproximar muitos irmãos e irmãs para Deus (cf. Mc 1, 16-20).

Como é importante o nome por ele definido: Bispo de Roma! É claro que nada impede de chamá-lo de Vigário de Cristo na terra, Pastor Universal, Romano Pontífice, Sumo Pontífice, Augusto Pontífice. Sucessor de Pedro, Príncipe dos Apóstolos, Santo Padre, Sua Santidade, Chefe Visível da Igreja, Patriarca do Ocidente, Primaz da Itália e ainda Servos dos Servos de Deus. Ele se apresentou, porém, com o Bispo de Roma, nesta expressão: “parece que meus irmãos cardeais foram buscar o Bispo de Roma quase no fim do mundo”.

E aqui um olhar crítico para Francisco, que tem um coração grande, coração de pastor, que fala ao mundo, na sua conjuntura espiritual conflituosa, sem esquecer o econômico e o social, lá no âmago do coração de seu rebanho. “Agora iniciamos juntos este caminho, bispo e povo. Este caminho da Igreja de Roma, que preside na caridade a todas as Igrejas, um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós. Rezemos uns pelos outros. Rezemos pelo mundo, para que haja uma grande fraternidade”.

Francisco quis imprimir na mente e no coração do povo de Deus, que a mesma simplicidade por ele vivida em Buenos Aires, iria procurar vivenciá-la no Vaticano. Fala ao mundo como pai dos amigos de Jesus e de todos aqueles que abraçam a fé ou não, mostrando ao mundo o sentido da catolicidade. É claro, que o desejo de se viver e ser coerente com seu batismo é imprescindível para os cristãos, realizando a vontade do Pai, numa bela e rica experiência de que Deus é amor, no seguimento dos passos de Jesus de Nazaré.

Com a tonalidade que deu início sua missão de pastor, as mesmas palavras de simplicidade, o filho de uma família simples e numerosa, residentes do bairro humilde de Flores, nascido aos 17 de dezembro de 1936, tendo como pais, o ferroviário Mário Bergoglio e a dona de casa Regina Sivori, optando por morar num apartamento da Casa Santa Marta, albergue dos cardeais, fazendo suas refeições com os demais moradores da mesma, deslocando-se ao Palácio Apostólico para trabalhar, para as audiências e visitas de autoridades, dos chefes de estados ou representantes diplomáticos, manifestou ao mundo, nesta frase do Pobrezinho de Assis: “os pobres são meus mestres”, para que o mundo inteiro saiba.

Ao divulgar uma carta neste dia 13 de janeiro de 2014, sobre os 19 cardeais que irá constituí-los no dia 22 de fevereiro deste ano em curso, o Papa Francisco pediu-lhes simplicidade e humildade de coração: “O cardinalato não significa uma promoção, nem uma honra, nem uma condecoração, é simplesmente um serviço que exige ampliar o olhar e alargar o coração”. E ao saudar o corpo diplomático no mesmo dia, falou com veemência contra o aborto, qualificando-o como “prova da cultura do descartável, que desperdiça as pessoas da mesma forma que desperdiça o alimento; é horrível quando você pensa que há crianças vítimas do aborto, que nunca verão a luz dia”. Que a nossa oração por ele seja insistente, atendendo seu pedido constante. Assim seja!


*Padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, articulista, blogueiro, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal - Pároco de Santo Afonso -geovanesaraiva@gmail.com

Autor dos livros:
“O peregrino da Paz” e “Nascido Para as Coisas Maiores” (centenário de Dom Helder Câmara);
“A Ternura de um Pastor” - 2ª Edição (homenagem ao Cardeal Lorscheider);
“A Esperança Tem Nome” (espiritualidade e compromisso);
"Dom Helder: sonhos e utopias" (o pastor dos empobrecidos);
"25 Anos sobre Águas Sagradas (coletânea de artigos e fotos).

IMITAÇÃO DE CRISTO


Conselho do Dia
Este é o conselho que a Imitação de
Cristo lhe dá para hoje:

Se não podes continuamente estar recolhido, recolhe-te de vez em quando, ao menos uma vez por dia, pela manhã ou à noite. De manhã toma resoluções, e à noite examina tuas ações: como te houveste hoje em palavras, obras e pensamentos, porque nisso, talvez não raro, tenhas ofendido a Deus e ao próximo. Arma-te varonilmente contra as maldades do demônio; refreia a gula, e facilmente refrearás todo apetite carnal. Nunca estejas de todo desocupado, mas lê ou escreve ou reza ou medita ou faze alguma coisa de proveito comum. Nos exercícios corporais, porém, haja toda discrição, porque não convém igualmente a todos. (Dos exercícios do bom religioso)

DATAS COMEMORATIVAS


19/03 - DIA DO CARPINTEIRO E OU DIA DO ARTESÃO

Dia do Carpinteiro e ou Dia do Artesão
O carpinteiro é o profissional que atua geralmente na construção de habitações e estruturas de madeira. O marceneiro trabalha com arte, dando forma às madeiras mais nobres.
Neste dia são homenageados o carpinteiro, o marceneiro e os artesãos em geral. O carpinteiro é o profissional que atua geralmente na construção de habitações e estruturas de madeira. O marceneiro trabalha com arte, dando forma às madeiras mais nobres.

Durante muito tempo, o carpinteiro foi um dos profissionais mais requisitados, pois do seu trabalho dependiam vários ofícios. Os móveis da casa, os carros de bois ou puxados a cavalos, as ferramentas agrícolas de madeira etc. Esse ofício sobreviveu ao progresso, mas o carpinteiro teve de se adaptar aos novos tempos, recorrendo a equipamentos automáticos e alterando as suas produções. As antigas ferramentas tornaram-se, em grande parte, obsoletas, ainda que muitas delas mantenham as feições dos séculos passados. De modo geral, as antigas oficinas evoluíram para pequenas ou médias fábricas, e o artesão se transformou em operário.

O mais famoso carpinteiro foi Jesus que, na sua imensa humildade, aprendeu a arte da carpintaria com são José, homem simples e trabalhador, escolhido por Deus, em seu grandioso plano de redenção para a humanidade, para ser o pai terreno e tutor do Menino Jesus, em sua tão sublime missão. Maria era noiva de José, quando o anjo Gabriel lhe anunciou a chegada de Jesus. José, assustado, pensou em deixá-la secretamente, sem contar nada a ninguém.

Depois de sonhar com o anjo, que lhe revelou ser a criança o filho de Deus, José atendeu ao conselho e a acolheu, protegendo-a, bem como seu filho. Essa decisão marcou o fim do Antigo Testamento. José sempre esteve ao lado de Maria e de Jesus nas maiores provações; a sua proteção foi primordial para que Jesus crescesse, atingisse a idade adulta e cumprisse sua Paixão.

Pouco se sabe sobre a morte de José, mas esse valoroso homem mereceu da Bíblia um valioso título: o de homem justo. São José é, também, o padroeiro dos carpinteiros e dos artesãos.

Os artesãos, de fato, são pessoas premiadas por Deus com um dom especial. Eles são, antes de tudo, artistas operários, que participam de todo o processo do trabalho, até da comercialização, cujo resultado será para manter a si e a sua família.

O artesanato é uma atividade universal, que se diferencia no modo de fazer, no material empregado e nas formas ou padrões empregados em cada época e região. Essa rotina do manejo artesanal mantém a continuidade histórica dos processos tradicionais e das técnicas milenares, incorporados e padronizados pelos artesãos, que em geral os reinventam em cada nova peça ou forma, de acordo com suas inspirações.

A modernidade quer que o artesão seja visto como um precursor do microempresário, que trabalha com a família para o seu sustento. Mas ele não pode ser confundido com um simples vendedor de rua, cujo tabuleiro está repleto de quinquilharias, pois seu valor social é outro.

Hoje, o artesanato tem o conceito mundial de arte popular e é considerado o patrimônio cultural de uma nação. Assim sendo, é essa arte simplista que registra a trajetória de uma época, de um lugar, de um povo. Por meio dela é que se reconstrói a história das civilizações.

MENSAGEM DO DIA


19/03 Cantiga por José - Pe. Zezinho, scj

1. Que foi que te encantou nesta donzela? Que foi que te encantou? 
Que foi que te levou à casa dela? Que foi que te levou? 

Andavas procurando a namorada ideal, 
pedias ao Senhor que te ajudasse a encontrá-la. 
E de repente um dia alguém te apresentou Maria. (bis)

2.Que foi que viste tu nos olhos dela? Que foi, meu bom José? 
Que foi que até te fez sonhar com ela no céu de Nazaré? 

3.Agora desposaste a tua eleita na paz do teu Senhor. 
A vida se tornou bem mais perfeita com ela tem mais cor. 

Cd Um Certo Galileu 2, Pe. Zezinho, scj - PaulinasCOMEP

Oração a São José pelas famílias 

São José, 
protetor da família de Nazaré e de nossas famílias, 
ensina-nos a nos relacionar, respeitar, falar, trabalhar e amar, 
como ensinaste a Jesus no lar de Nazaré. 
Peço-te especialmente por estas famílias: 
Abençoa a todas as pessoas destas famílias e 
alcança-nos a graça de cumprir o Projeto de Deus, 
como a Família de Nazaré. Amém. 

www.padrezezinhoscj.com
Comentários para: online@paulinas.com.br

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MENSAGEM DO DIA


19/03 Eu vi...



Eu vi... Eu vi um homem com fome.
Não parecia mais homem.
Seus olhos esbugalhados, cabelos desmazelados.
Seus ossos apareciam. A pela era encarquilhada.

Eu vi um homem com fome; 
com fome de muitos anos.
De tanto comer pouco, foi ficando menos homem.
Não é que ele não quisesse. É que não tinha dinheiro.
Comia do que lhe davam; um pouco, uma vez por dia.
Ganhava 30 reais e tinha mulher e filhos. Por isso, perdera o brilho!

Eu vi um homem com fome, lá no leito do hospital.
Depois eu vi outro homem, na foto de uma revista.
E uma mulher e seu filho, lá no deserto africano. 
Era só pele e só osso. Não pareciam humanos.
Depois eu vi a comida, que se perde nas cidades 
e os grãos de soja e de trigo, 
que se perdem no transporte e as verduras e as frutas, 
que se perdem lá nas feiras.

Vi um homem com fome, cambaleando na rua.
Pensei que fosse um drogado, mas era um esfomeado.
E me lembrei da comida que as crianças jogam fora, 
que os adultos menosprezam e os restaurantes esbanjam.
Comida de matar a fome, que a gente paga e não come.
Que aqui nós temos de graça, e eles nem na desgraça.

Eu vi mil homens com fome 
quebrando a porta da escola.
Eu vi alguns incitando, por motivos nada nobres,
o desespero dos pobres.
E o governo se explicando, meio sem graça e sem jeito
porque não fez, meses antes, o que devia ter feito.

Eu vi mil homens com fome. 
E disse: O que vou fazer?
Eu vi crianças doentes, e a doença era fome.
Existe um antes da fome, um durante e um depois.
Se o governo não faz antes, a fome não vai embora.
E se o governo demora, quem passa fome o devora!
Se a Igreja não socorre, esta Igreja também morre.
E se eu também não doar, não faz sentido rezar.

Foi Nosso Senhor quem disse, que o altar pode aguardar.
Mas que o irmão ofendido, este não pode esperar.
E quando a ofensa é fome, não dá para filosofar.
Pra onde eu mando a comida, se ninguém vai lá levar?
Se quem pode não se move? E nem sequer se comove?

Eu vi um irmão com fome.
Daqui da minha cidade, eu quis lhe mandar comida.
Não tive como mandar.
Às vezes me dá vergonha de não saber ajudar!


Pe. Zezinho, scj

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