Blog Alma Missionária

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quarta-feira, 31 de julho de 2013

IMITAÇÃO DE CRISTO



Conselho do Dia
Este é o conselho que a Imitação de
Cristo lhe dá para hoje:

Para que olhas em redor de ti, se não é este o lugar de teu repouso? No céu deve ser a tua habitação, e como de passagem hás de olhar todas as coisas da terra. Todas passam, e tu igualmente passas com elas; toma cuidado para não te apegares a elas, a fim de que não te escravizem e percam. Ao Altíssimo eleva sempre teus pensamentos, e a Cristo dirige súplica incessante. Se não sabes contemplar coisas altas e celestiais, descansa na paixão de Cristo e gosta de habitar em suas sacratíssimas chagas. Pois, se te acolheres devotamente às chagas e preciosos estigmas de Jesus, sentirás grande conforto em tuas mágoas, não farás mais caso do desprezo dos homens e facilmente sofrerás as suas detrações. ( Da vida interior)
Mensagem do dia
 
Quarta-Feira, 31 de julho 2013
É tempo de ser Igreja, caminhar juntos!
Olhe ao seu redor, mas com o olhar da fé! Você nasceu para esta fé no coração da Igreja.

Precisamos amar a Igreja e penetrar em seu mistério. Por isso, somos convidados a viver bem os dias, na presença do Senhor, dias de festa, dia de renascer.

Procure conhecer mais sobre a Igreja. Não a veja apenas como uma organização humana, mas como verdadeiramente é: o corpo místico de Cristo, querido por Deus e escolhido como sinal de acolhimento para todas as pessoas.

É tempo de ser Igreja, caminhar juntos!


Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

FORMAÇÕES

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Ousadia

Se não nos arriscarmos, já estaremos errados!
Vivemos na Igreja um tempo especial da graça de Deus, a ser guardado “de cor”, quer dizer, no coração! Foram dois anos de missão popular, com a qual dois sinais - a Cruz da Jornada Mundial da Juventude e o Ícone de Nossa Senhora - percorreram todos os recantos do Brasil. Foi dito e cantado, repetido e acolhido no coração o “Bote Fé”, que repercutiu magnificamente, conduzindo jovens e adultos a uma resposta mais decidida ao Senhor, que chama a todos. Ouvimos, cantado em muitos tons, “no peito eu levo uma cruz, em meu coração o que disse Jesus”.

Deus preparou para a Igreja uma nova estação de evangelização, preparada por Bento XVI, que ajudou-nos a ter claras as razões da fé. E, desde o dia treze de março de 2013, os cristãos católicos saem em campo aberto, protagonistas da nova evangelização, jogando “na linha de frente”, “atletas de Cristo”, conduzidos pelo Santo Padre o Papa Francisco. Buscamos a todos, pois o limite são os confins da terra, nada menos do que todos, já que têm direito de acolher a Boa Nova de Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida!

E o próprio Papa veio ao Brasil, e do Brasil foi ao mundo, passando pelo campo da fé que era o coração de todos os participantes da “Jornada Mundial da Juventude”, fazendo com que o Rio de Janeiro se transformasse num espaço do envio sempre renovado ao anúncio do nome de Jesus Cristo. Rostos emocionados, jovens de todas as idades, livres e soltos, abertos para a vida e para o futuro, foram à praia que Jesus tinha indicado. Quando o viram presente no meio deles, presente no próximo, na multidão reunida e, mais do que tudo, no Sacramento Eucarístico, prostraram-se em adoração, mesmo que alguns tivessem dúvida! Mais uma vez, Jesus se aproximou deles e disse outra vez: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado” (Cf. Mt 18, 16-20). 

Assista: Reveja os momentos marcantes do Papa no Brasil

Entre os participantes da Jornada Mundial da Juventude estavam muitos bispos. Os bispos de Belém estiveram lá, com mais de quatro mil representantes da Arquidiocese de Belém. Estávamos unidos a outros bispos de nossa região e tivemos a grata alegria de ouvir o Papa que, ao dirigir-se ao episcopado brasileiro, indicou a Amazônia como uma prioridade para a ação pastoral da Igreja. Cada um dos bispos se aproximou para saudar o Papa e experimentei a grande alegria de uma palavra que é estímulo missionário para a Igreja de Belém. Quando me apresentei como Arcebispo de Belém, ouvi sua palavra, olhando bem em meus olhos e segurando-me pelos ombros: “Arrisquem-se! Não tenham medo de arriscar-se. Se vocês não se arriscarem, já estarão errados”. Acolhi sua palavra em nome de toda a nossa arquidiocese e partilhei logo com os bispos de nossa Província Eclesiástica e Regional Norte II da CNBB.

Na Vigília, celebrada na Praia de Copacabana, pareceu-me entender que o primeiro risco estava na palavra forte: “começar por mim”, com a coragem de descortinar novos campos para evangelização e chegar às periferias geográficas e existenciais, de modo especial à humanidade chagada que clama por aquele que é a única esperança, Jesus Cristo.

Risco é aceitar ser diferente para melhor, na estrada da santidade, sem nivelar nossa vida por baixo! Risco é anunciar a verdade, primeiro a cada um de nós e depois testemunhá-la na coerência do testemunho. Risco é dizer à juventude que vale a pena seguir o Evangelho e que o consumismo, o relativismo e o indiferentismo não conduzem à realização. Risco é anunciar aos que caem que Deus é misericordioso e espalhar o perdão por toda parte.

O risco se amplia, para não errarmos, indo às pessoas que se afastaram da Igreja ou assim se sentem. Queremos arriscar, sim, abrindo frentes de presença da Igreja através das novas paróquias e não fiquem espaços sem o anúncio do Evangelho, assim como a acolhida a todas as novas e eficazes formas de evangelização, suscitadas pelo Espírito Santo. Risco é a formação de comunidades vivas, que darão muito trabalho aos atuais agentes de pastoral e todas as pessoas que se sentem chamadas a olhar ao seu redor, a fim de que ninguém passe em vão ao nosso lado. Arriscar-se é não ter medo do diálogo com quem é diferente e edificar pontes com todos.

Risco é assumir de verdade a organização da caridade, ouvindo e respondendo ao grito dos mais pobres. O horizonte de nossos riscos se amplia quando olhamos do outro lado de nossos rios, onde há uma população insular e de ribeirinhos, parte integrante da família dos filhos de Deus. A estes irmãos e irmãs, chegue nossa presença!

Ao entregar ao Papa uma Imagem de Nossa Senhora de Nazaré, havia o desejo de responder, junto com a Virgem Maria, o 'sim' corajoso! Não temos o direito de acomodar-nos! Se não nos arriscarmos, já estaremos errados! Para garantir o caminho a ser percorrido, temos uma certeza, vinda de Jesus: “Eis que estou convosco todos os dias até o fim dos tempos” (Mt 28,20).

Foto
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA
Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.

31/07/2013 - 08h00

FORMAÇÕES

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“Eu sou filho da Igreja”

A posição do Papa é a posição da Igreja
O Papa Francisco voltou para Roma e deixou um rastro de amor, misericórdia, paz, carisma e acolhimento entranhados na mente e no coração do povo brasileiro e dos jovens do mundo inteiro. Com certeza, estamos com saudades do Papa Francisco.

Muitas pessoas, no entanto, maldosamente dão inúmeras interpretações sobre a visita do Pontífice ao Brasil e também sobre a entrevista que ele concedeu aos jornalistas, no avião, quando retornava para a Itália.

Algo que não podemos deixar de destacar foi o que ele afirmou sobre sua opinião: “É a da Igreja, eu sou filho da Igreja”, ou seja, a opinião da minha Mãe Igreja também é a minha.
Veja a pergunta que foi feita a ele e entenda:

Pergunta - O mundo mudou, os jovens mudaram. Temos, no Brasil, muitos jovens, mas o senhor não falou sobre o aborto, sobre a posição do Vaticano em relação ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. No Brasil, foram aprovadas leis que ampliam os direitos para estes casamentos, e também em relação ao aborto. Por que o senhor não falou sobre isso?

Papa - A Igreja já se expressou perfeitamente sobre isso. Eu não queria voltar a falar sobre isso. Não era necessário, como também não era necessário falar sobre outros assuntos. Eu também não falei sobre o roubo, sobre a mentira. Para isso, a Igreja tem uma doutrina clara. Queria falar de coisas positivas, que abrem caminho aos jovens. Além disso, os jovens sabem perfeitamente qual a posição da Igreja.

Pergunta - E a do Papa? Papa - É a da Igreja. Eu sou filho da Igreja.

Na dita entrevista, o Papa Francisco foi questionado sobre a existência de um lobby gay no Vaticano e respondeu com muita tranquilidade:

Papa - Vocês veem muita coisa escrita sobre o lobby gay. Eu ainda não vi ninguém no Vaticano com um cartão de identidade dizendo que é gay. Dizem que há alguns. Acho que, quando alguém se vê com uma pessoa assim, devemos distinguir entre o fato de que uma pessoa é gay e formar um lobby gay, porque nem todos os lobbies são bons. Isso é o que é ruim. Se uma pessoa é gay, procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu, por caridade, para julgá-lo? O Catecismo da Igreja Católica explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser discriminados por causa disso, mas integrados na sociedade. O problema não é ter essa tendência. Não! Devemos ser como irmãos. O problema é o lobby dessa tendência, da tendência de pessoas gananciosas: lobby político, de maçons... tantos lobbies. Esse é o pior problema. 

Assista: "Uma pessoa com tendência homossexual pode ser santa" 

Vamos, então, ao que o Santo Padre citou – O que o Catecismo da Igreja diz sobre a realidade da homossexualidade?

“A homossexualidade designa as relações entre homens ou mulheres, que experimentam uma atração sexual exclusiva ou predominante para pessoas do mesmo sexo. Tem-se revestido de formas muito variadas, através dos séculos e das culturas. A sua gênese psíquica continua continua em grande parte por explicar. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a Tradição sempre declarou que ‘os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados’. São contrários à lei natural, fecham o ato sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementariedade afetiva sexual, não podem em caso algum, ser aprovados.

Um número considerado de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente radicadas. Esta propensão, objetivamente desordenada, constitui, para a maior parte deles, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da Cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição.

As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição Cristã”.
 (Catecismo da Igreja Católica 2357-2359).

Essa é a posição da Igreja que o Papa Francisco afirmou ser a dele também. Acolhemos aqueles que vivem nesta realidade [homossexualidade] com muito amor e misericórdia, mostrando o caminho da castidade que leva à perfeição cristã.

Vale a pena ressaltar o que foi afirmado veementemente por ele, o Papa, referindo-se ao lobby, que chama de problema, pois nem todos os lobbies são bons. Mas você, que está lendo esse post, sabe o que é um lobby?

“Lobby é o nome que se dá à atividade de pressão de grupos, ostensiva ou velada, com o objetivo de interferir diretamente nas decisões do poder público, em especial do Legislativo, em favor de interesses privados.

Sobre a aprovação do casamento de pessoas do mesmo sexo, o então Cardeal Mario Jorge Bergoglio afirmou: “Não sejamos ingênuos. Não se trata de uma simples luta política; pretende-se a destruição do plano de Deus. É uma jogada do pai da mentira para confundir e enganar os filhos de Deus”.

Portanto, fica muito claro que o Santo Padre acolhe com amor todas as pessoas, mas não concorda, em hipótese nenhuma, com o lobby, com a militância, com toda a pressão para que tais grupos tenham privilégios nas nações.

Se você quer conhecer a posição da Igreja, indico este documento da Congregação para a Doutrina da Fé: Considerações sobre os projetos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais.
Um conselho de pai, de irmão, de amigo e de filho da Igreja: não acredite em notícias que você lê nos jornais, escuta no rádio ou assiste na TV, sem antes ir à fonte, principalmente às fontes da Igreja, do Magistério.
Continuamos unidos no amor e na misericórdia de Deus, acolhendo todos os que se aproximam de nós e apresentando-lhes o amor de Cristo.

Deus os abençoe.

Padre Roger Luis


Papa celebra no dia de Santo Inácio, fundador dos jesuítas

Celebrando com jesuítas

No dia de Santo Inácio, Francisco presidiu Missa com a presença de jesuítas
Jéssica Marçal
Da Redação
Papa celebra no dia de Santo Inácio, fundador dos jesuítas
Francisco celebrou Missa nesta manhã, 31, com a presença de seus irmãos jesuítas. Foto: Rádio Vaticano
Retomando suas atividades após a viagem ao Brasil por ocasião da JMJ Rio2013, o Papa Francisco celebrou a Santa Missa nesta quarta-feira, 31, festa de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus. A celebração foi na Igreja de Jesus, centro de Roma.
Acesse
.: Em breve, íntegra da homilia do Papa
Reunido com seus irmãos jesuítas, amigos e colaboradores, Francisco destacou três pontos na homilia: colocar no centro Cristo e a Igreja; deixar-se conquistar por Cristo para servir; e sentir a vergonha dos próprios limites e pecados, para ser humilde diante de Cristo e dos irmãos.
O Santo Padre lembrou que a vontade de Cristo é que os homens sejam enraizados e fundados na Igreja, de forma que não pode haver um caminho paralelo ou isolado. “Sim, caminhos de busca, caminhos criativos, sim, isto é importante: ir às periferias, às tantas periferias. Por isto requer criatividade, mas sempre em comunidade, na Igreja, com esta pertença que nos dá coragem para seguir adiante”.
Sobre o segundo ponto, deixar-se conquistar por Cristo, Francisco destacou que primeiro é o próprio Cristo que busca o homem; o ser humano foi conquistado por Cristo, e isto é o coração da experiência humana. “Quando nós chegamos, Ele já chegou e nos espera”, disse.
Por fim, Francisco falou da necessidade de humildade. “Humildade que nos faz conscientes a cada dia de que não somos nós a construir o Reino de Deus, mas é sempre a graça do Senhor que age em nós; humildade que nos impele a colocarmos todo o nosso ser não a serviço próprio ou das nossas ideias, mas a serviço de Cristo e da Igreja”.
Após a celebração, o Santo Padre prestou homenagem e fez uma pausa em oração diante dos altares de Santo Inácio e de São Francisco Xavier. Em seguida, Francisco retornou ao Vaticano.

MENSAGEM DO DIA

31/07 Santos e pecadores - Pe. Zezinho, scj

Gratos pelos teus santos Senhor Jesus! Vieste ao mundo fazer santos de verdade e fizeste muitos deles em todas as igrejas. Não os que apenas parecem, oram ou falam ou se fingem de santos e ungidos, mas os verdadeiros ungidos que, com o tempo, se percebe que viveram pelos outros, para a melhoria das pessoas e do planeta. Não se omitiram, não fugiram, ainda que tivessem limites e pecados, resquícios de uma natureza rebelde. Mas fizeram o melhor que sabiam e quiseram o melhor para os outros. Perdoaram até à exaustão, tal o medo que tinham de ser injustos. 

Embora os respeitem, nem todas as igrejas os veneram e prestam culto de dulia. Nem todas usam direito e nem todas compreendem o uso dos símbolos e das imagens. Isso ainda nos divide. Há preconceitos de ambos os lados. Mas precisamos aprender o sentido do louvor ao servo fiel. 

Adoramos-te e reverenciamos quem te serviu bem. Cada igreja tem as suas razões sobre as quais é justo ponderar. Nem todas veneram e admiram da mesma forma os teus eleitos que já foram para a outra vida mas sabemos que houve a há almas santas em todos os caminhos da fé em Ti. Não houve patriarcas nem há santos perfeitos. Só tu és santo, santo, santo. 

Por isso, por vocação e desejo somos santos e queremos ser cada dia um pouco mais. Mas, por condição humana e circunstâncias, somos ainda pecadores Como teu apóstolo Paulo, ainda queremos o que não deveríamos querer e fazemos o que não deveríamos fazer e não amamos como deveríamos amar. Nosso desejo vai numa direção e nossas atitudes seguem direção contrária. Somos contraditórios. 

Mas queremos, sim, ser santos não como tu és santo; perfeitos, não como tu és perfeito, mas santos e perfeitos até onde pode um ser humano ir porque tu és infinitamente perfeito, nós por melhores que sejamos, imensamente limitados. A verdade é que ainda estamos nos convertendo. 
Converte-nos ainda mais, Senhor! Puxa-nos ainda um pouco mais na tua direção! É graça que te pedimos, graça da qual necessitamos.

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MENSAGEM DO DIA

31/07 Amar somente a Deus - Pe. Zezinho, scj

Bonita e agradável de se ouvir, há uma canção executada nas missas, que exclama: "Quero amar somente a ti" . Num exercício de súplica, pede graça de santidade e de conversão a Deus. Se o autor tivesse consultado um teólogo, um bispo, um catequista, teria sido aconselhado a mudar a letra. Motivo: a canção esconde uma insuficiência teológica. Está claro como a luz do dia nos evangelhos que um cristão não pode querer amar "somente" a Deus. É doutrina central do catecismo o amor a Deus e ao próximo. Afirmar amor somente a Deus não é erro pequeno. Jesus resume tudo nestes dois quesitos. Mateus 7,15,23; Mt 25,31-46; Mt 19, 19 ; 22,39; 25,4-45 e centenas de passagens nos evangelhos e nas epístolas deixam claro que não se pode nem se deve amar somente a Deus. Não viemos a este mundo para viver "apenas" para Deus. O próximo existe e precisa ser amado. Foi o que Francisco pediu na sua belíssima e famosa oração: esta, sim teológica e profunda. "Só em Deus encontramos refúgio", diz o salmista. Mas não se chega a tal refúgio sem o amor ao próximo, diz Jesus. 

Orar todos os dias para amar somente a Deus é orar errado, até porque não é graça que se peça. Oramos como cristãos para que o Reino de Deus venha a este mundo, mas isto só acontecerá se amarmos este mundo que Deus tanto amou a ponto de entregar seu filho a nós. ( Jo13, 16) Um dos maiores tesouros da fé cristã é essa o propósito de amar a Deus acima de tudo, mas não somente a Ele: ao próximo como a nós mesmos. 

Quando uma canção ou uma pregação atinge milhões de pessoas cabe ao compositor revê-la, se vem com eventual desvio ou acentua apenas uma parte da doutrina. O fiel, que nem sempre lê, não estuda e não freqüenta cursos de teologia ou de catequese pode captar a idéia errada. Pensará que é possível amar somente a Deus. E essa é uma graça que Deus não concede, nem quer nos dar. Quando seus paroquianos cantam que querem amar somente a Deus o pároco terá que explicar a eles que isso não é possível. 

Não há autores perfeitos. Um bispo me pediu que revisse um Veni Creator que traduzi. Estou tentando reconstruir o texto sem imprecisões. Assim que puder, reeditarei a canção, agora corrigida. Catequistas erram, corrigem-se e reeditam. 

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MENSAGEM DO DIA

31/07 Flores murchas



Aquele casarão sempre exerceu sobre mim um fascínio muito grande. Algo me atraía àquele local, uma força misteriosa me conduzia até lá. 
Através do portão de ferro, observava os velhinhos tomando banho de sol, quando se aproximou de mim uma simpática senhora. Usava um lenço na cabeça e carre-gava um pequeno balde com água. Cumprimentou-me e exaltou minha juventude. Começamos a conversar como velhas amigas e convidou-me para entrar. Falava de plantas, da vida no asilo e lembrava-se do que fazia quando tinha a minha idade. 

Aproximadamente um metro e meio de altura, um pouco corcunda, a pele engelha-da, corpo delgado, braços e pernas finas, unhas sujas de terra, passo leve e arras-tado; nariz grosso, boca acanhada, a pele, sem elasticidade, formava inúmeras rugas e muitas delas conduziam à porta de acesso à mente mais brilhante que conheci. Os olhos eram carregados de lembranças e cercados de marcas do tem-po e as pálpebras pesadas, em vão, tentavam cerrá-los. 

Levou-me para conhecer suas flores prediletas. Percebi que algumas já haviam murchado, perguntei por que não as arrancava e esse foi o meu pecado. Ela res-pondeu que aquelas flores eram semelhantes a ela, velhas, com a diferença que eram tratadas com carinho até secarem completamente e caírem. 

Com ela aconteceu o que acontece com a maioria das flores murchas, são arran-cadas e jogadas para longe, onde não possam macular a beleza do canteiro. Co-meçou a narrar-me sua história e contou-me de quando fora arrancada de perto das flores maduras e fora atirada para longe, onde encontrou outras flores mur-chas que não enfeitavam nem perfumavam mais os ambientes, mesmo que ainda lhes restasse a cor. 

Fiquei sem palavras diante de tamanho desprezo. Ao perceber que minhas lágri-mas caíam sobre algumas pétalas, acalentou-me e, mostrando um botão, falou sobre a responsabilidade que eu tinha de formar boas sementes, para que sejam flores sadias e quando murchas, sirvam de exemplo, mostrando a todos a beleza que esconde as flores murchas e o tesouro que há entre pedúnculos encurvados e pétalas engelhadas. E fez-me prometer que jamais abandonaria uma pessoa por sua velhice. Além disso, prometi também jamais abandoná-la. 


Maria Cleide Andrade Ximenes

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