Blog Alma Missionária

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quarta-feira, 31 de julho de 2013

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Conhecer os interlocutores da catequese Juventude


Acreditamos que o grande desafio que temos enfrentado nos últimos tempos, nos encontros de catequese, é o de conhecermos as pessoas a quem vamos transmitir uma mensagem, catequizar. A catequese tem cada vez mais ampliado os seus interlocutores, por isso, precisamos pensar em uma catequese do ventre materno à pessoa idosa. Precisamos superar a idéia de uma catequese apenas para as crianças com o objetivo do sacramento  somente (CR, n. 131)
        A catequese deve ser compreendida como processo ou itinerário, caminho que uma pessoa percorre ao longo da sua vida, de sua história, “Tal processo procurará unir fé e vida; dimensão pessoal e dimensão comunitária; instrução doutrinária e educação integral; conversão a Deus e atuação transformadora da realidade; celebração dos mistérios e caminhada com o povo” (CR, n.29).
        Para que uma pessoa, seja ela, criança, adolescente, jovem, adulto ou idoso, possa amadurecer na fé, é preciso que o conteúdo, a mensagem catequética seja adaptada ao desenvolvimento psicológico em que a pessoa vive.
        Apresentamos a seguir alguns indicativos do desenvolvimento na linha de pesquisa da psicologia do desenvolvimento e sugerimos algumas alternativas de ação para os catequistas.
        O início da fase da juventude é marcado por mudanças psíquicas a respeito das relações sociais, da atenção ao próprio corpo, da descoberta de si, ampliação do campo cognitivo, da afirmação da própria identidade.
O jovem de hoje busca desesperadamen­te contatos sociais. Ele busca espaços para encontrar outros jovens, para discutir temas que lhe interessam. Os jovens buscam lugares onde possamencontrar as suas futuras namoradas e os seus futuros namorados. Buscam locais onde possamdançar, jogar futebol e "trocar ideias". Se nós não lhe oferecermos tais espaços, ele os buscará em outro. Se não encontra o seu parceiro ou a sua parceira em nosso meio, vai frequentar as “baladas”, os bares e os shoppings, visto que aí encontrará outros jovens.
O jovem gosta de viver em grupos heterogêneos e, embora viva afastado da Igreja, sente necessidade de íntima relação com Deus. Seus problemas pessoais muitas vezes levam-no ao desespero. Apesar de toda problemática que enfrenta, mantém a esperança de dias melhores. Tem uma vida emotiva muito rica e é facilmente depressivo ou expansivo. Procura aprofundar sua identidade e por isso é fa­cilmente influenciável pelos outros e pelos meios de comunicação social. Adquire uma grande capacidade de discutir idéias e de se comuni­car com os outros.
Por fim, como podemos perceber o término deste período, é por sua vez marcado mais pela mudança da situação social do que psicológica, é o período em que a pessoa começa a modelar seu projeto de vida, sua vocação, embora ainda tenham de fazer escolhas importantes de vida, mas que decorrem de um caminho,  avaliando-se a partir do projeto de vida escolhido. A catequese tem a missão prioritária neste momento da vida do jovem de ajuda-lo em sua vida vocacional e afetiva de um modo mais acentuado.
Pe Eduardo Calandro
Pe Jordélio Siles Ledo, css

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