Francisco, um sinal para o mundo
Padre Geovane Saraiva*
"A santidade está em deixar que o Senhor escreva a nossa história", disse o Papa Francisco aos 17 de dezembro de 2013, querendo dizer que é dever do cristão se esforçar para viver bem neste mundo, consagrando cada dia de sua vida, no compromisso com o projeto de Jesus de Nazaré, na mais absoluta certeza de que o mistério da encarnação é a aurora do dia interminável; indo na direção da fulgurante glória do redentor, a conduzir a humanidade ao bom caminho, antevendo pela fé a luz inigualável, que jamais se extinguirá.





Francisco quis imprimir na mente e no coração do povo de Deus, que a mesma simplicidade por ele vivida em Buenos Aires, iria procurar vivenciá-la no Vaticano. Fala ao mundo como pai dos amigos de Jesus e de todos aqueles que abraçam a fé ou não, mostrando ao mundo o sentido da catolicidade. É claro, que o desejo de se viver e ser coerente com seu batismo é imprescindível para os cristãos, realizando a vontade do Pai, numa bela e rica experiência de que Deus é amor, no seguimento dos passos de Jesus de Nazaré.
Com a tonalidade que deu início sua missão de pastor, as mesmas palavras de simplicidade, o filho de uma família simples e numerosa, residentes do bairro humilde de Flores, nascido aos 17 de dezembro de 1936, tendo como pais, o ferroviário Mário Bergoglio e a dona de casa Regina Sivori, optando por morar num apartamento da Casa Santa Marta, albergue dos cardeais, fazendo suas refeições com os demais moradores da mesma, deslocando-se ao Palácio Apostólico para trabalhar, para as audiências e visitas de autoridades, dos chefes de estados ou representantes diplomáticos, manifestou ao mundo, nesta frase do Pobrezinho de Assis: “os pobres são meus mestres”, para que o mundo inteiro saiba.
Ao divulgar uma carta neste dia 13 de janeiro de 2014, sobre os 19 cardeais que irá constituí-los no dia 22 de fevereiro deste ano em curso, o Papa Francisco pediu-lhes simplicidade e humildade de coração: “O cardinalato não significa uma promoção, nem uma honra, nem uma condecoração, é simplesmente um serviço que exige ampliar o olhar e alargar o coração”. E ao saudar o corpo diplomático no mesmo dia, falou com veemência contra o aborto, qualificando-o como “prova da cultura do descartável, que desperdiça as pessoas da mesma forma que desperdiça o alimento; é horrível quando você pensa que há crianças vítimas do aborto, que nunca verão a luz dia”. Que a nossa oração por ele seja insistente, atendendo seu pedido constante. Assim seja!
*Padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, articulista, blogueiro, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal - Pároco de Santo Afonso -geovanesaraiva@gmail.com
Autor dos livros:
“O peregrino da Paz” e “Nascido Para as Coisas Maiores” (centenário de Dom Helder Câmara);
“A Ternura de um Pastor” - 2ª Edição (homenagem ao Cardeal Lorscheider);
“A Esperança Tem Nome” (espiritualidade e compromisso);
"Dom Helder: sonhos e utopias" (o pastor dos empobrecidos);
"25 Anos sobre Águas Sagradas (coletânea de artigos e fotos).
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