Blog Alma Missionária

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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Os Batistas
Fonte: Firmes na fé


QUEM É O FUNDADOR DOS BATISTAS?
Os batistas têm por fundador o inglês John Smyth (+1617). Foi, primeiramente, pastor anglicano. Movido pelo espirito reacionário que agitava não poucos cristãos de sua pátria, queria uma reforma ainda mais radical do que a anglicana; em particular, não se conformava com a organização hierárquica (episcopal) e a liturgia dos anglicanos, que ele julgava supérfluas. Por isso formou, em Gainsborough, uma pequena comunidade dissidente do anglicanismo no ano de 1604; foi, porém, obrigado a se exilar com os seus companheiros, indo ter a Amsterdam (Holanda), onde o calvinismo predominava. No exílio, viveu em casa de um padeiro menonita, que o persuadiu de que era inválido o batismo conferido às crianças (tese anabatista). Smyth então administrou a si mesmo um segundo batismo, de cujo valor, porém, começou a duvidar. Em conseqüência, seus companheiros, por ele convencidos da tese anabatista, o expulsaram da comunidade; Smyth não conseguiu ser admitido nem mesmo entre os menonitas, aos quais pedira acolhimento.
QUANDO COMECOU-SE A FUNDAR SEITAS BATISTAS
Em 1612, um grupo de seus discípulos voltou à Inglaterra, e lá fundou a primeira Igreja Batista (não mais Anabatista), também chamada "dos Batistas Gerais", porque, contrariamente à doutrina calvinista, ensinava que Cristo, pela cruz, salvou todos os fiéis. Outros grupos se formaram pouco depois, ditos "dos Batistas Regulares ou Particulares". Com efeito. em 1641 outra pequena comunidade de dissidentes do anglicanismo, em Londres, convenceu-se da tese anabatista; mandou, então. um de seus membros, Ricardo Blount, a Rijunsburg, na Holanda, a fim de pedir o batismo de adulto à seita do dompelaer (ramo menonita) e levar à Inglaterra o "verdadeiro batismo". Blount se desimcubiu de sua missão e, voltando em 1641, rebatizou por imersão (única forma de batismo reconhecida por esses grupos) 55 membros da comunidade de Londres; aceitou do calvinismo holandês a doutrina de que Custo salva somente os predestinados — donde o nome de "Batistas Particulares’ que lhes coube.
COMO É A SEITA DOS BATISTAS HOJE ?
Hoje em dia se contam mais de 20 ramos batistas, que em 1905 se uniram de maneira um tanto vaga na Liga Mundial Batista; são, entre outros, os batistas calvinistas, os batistas congregacionalistas, os batistas primitivos, os batistas do livre pensamento, os batistas dos seis princípios (porque aceitam como único fundamento da fé e da vida cristã os seis pontos mencionados em Hb 6,1s: arrependimento, fé, batismo, imposição das mãos, ressurreição dos mortos, juízo eterno), os batistas tunkers, os batistas campbellitas, os batizantes a si mesmos, os batistas abertos, os batistas fechados, os batistas do sétimo dia (observantes do sábado e não do domingo), etc.
COMO É A HIERARQUIA DENTRO DAS SEITAS BATISTAS?
Cada comunidade batista é independente de qualquer autoridade visível, seja eclesiástica, seja civil; é regida diretamente "por Jesus Cristo e pelo Espírito Santo", que agem na assembléia - não há, portanto, hierarquia nem jurisdição eclesiástica. O pastor é, de certo modo, o governante absoluto da comunidade, esta, porém, pode rejeitá-lo e substituir por outro. Todo poder é delegado pela assembléia dos crentes, que elege os que por ela respondem, tanto pastores como diáconos.

A DOUTRINA DOS BATISTAS

Em sua teologia, os batistas seguem teses calvinistas. Assim, por exemplo, ensinam que Deus predestina os homens, diretamente não só para a glória, mas também para a condenação eterna. Afirmam também que a justificação ou a graça é obtida mediante a fé apenas, de tal modo que não admitem obras meritórias. A graça não apaga o pecado existente na alma do crente, mas tão somente o encobre. Os ritos do batismo e da Santa Ceia não são meios comunicadores da graça (que vem somente pela fé), mas servem apenas para fortalecer aqueles que os praticam com fé.
Como no protestantismo em geral, a Bíblia é tida como única fonte de doutrina, sem que haja atenção á tradição oral ou à transmissão da doutrina de Cristo e dos apóstolos que se fez de boca em boca e de geração em geração, sem ser consignada rio Livro Sagrado. Esta posição básica dos protestantes dá origem às numerosas denominações, no inicio de cada uma das quais há um "profeta" ilumimado que interpreta a Bíblia a seu modo.
Na verdade, afastam-se da tradição bíblica e cristã aqueles que só querem batizar crianças. Lemos, sim, que vários personagens pagãos professaram a fé cristã e se fizeram batizar "com toda a sua casa"; assim o centurião romano Cornélio (At 10,ls.24.44.47s), a negociante Lídia de Filipos (At 16,14s), o carcereiro de Filipos (At 16,31-33), Crispo de Corinto (At 18,8) e a família de Estéfanas (1 Cor 1,16). A expressão "casa" (oikos, em grego) designava o chefe de família com todos os seus domésticos, inclusive as crianças.
Quanto à imersão, ela não é obrigatória, pois não é o volume de água que importa, mas sim a efusão da água como símbolo e canal de pureza interior. No dia de Pentecostes, em Jerusalém, as três mil pessoas que se converteram certamente não foram batizadas por imersão, pois lá não havia rio e os reservatórios de água não comportavam tal quantidade de pessoas (cf. At 2,41).

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(1) A diversidade do conceito de sacramento está subjacente à controvérsia. Para o Cristianismo clássico (e o Catolicismo), sacramento é um canal da graça que realiza seu efeito ou comunica a graça mesmo a uma criancinha antes do uso da razão ; no caso, Deus tem a primazia comunicando a sua graça para que o cristão oriente a sua vida conforme a Lei de Deus, desde que chegue ao uso da razão. - Para os anabatistas, sacramento é um sinal de conversão efetuada por um adolescente, um jovem ou um adulto; vem a ser mero testemunho de vida dado à comunidade - o que naturalmente não é compatível com a idade anterior ao uso da razão.

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