Blog Alma Missionária

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terça-feira, 1 de outubro de 2013

A FUMAÇA DE SATANÁS, PENETRANDO POR UMA FENDA , MAS O DIABO, DE CORPO INTEIRO - LITURGIA DIÁRIA , 01 DE OUTUBRO DE 2013

segunda-feira, 30 de setembro de 2013


A FUMAÇA DE SATANÁS, PENETRANDO POR UMA FENDA , MAS O DIABO, DE CORPO INTEIRO

O grande papa Leão XIII entrou no século XX ainda apavorado pela visão que tivera da formidável presença diabólica em Roma, “para a perdição das almas”. Desde 1886, mandara a todos os bispos rezar a oração a São Miguel Arcanjo, escrita por ele, de próprio punho, como também um exorcismo maior que recomendava a bispos e párocos para recitarem com frequência nas dioceses e paróquias

“O século do homem sem Deus”, anunciado por Nietzsche, transforma-se no século de Satanás, que prepara o seu reino com a Primeira Guerra Mundial, implanta o comunismo ateu e tirânico, contra Deus e contra o homem, na revolução bolchevista de 1917, semeia a Europa inteira de ruínas e sangue com a Segunda Guerra Mundial, fruto dos poderes das trevas; invade toda a terra de ódio, terror, impiedade, heresia, blasfêmia e corrupção em guerras e revoluções sem trégua; insinua-se, de início, como fumaça, e, depois, implanta-se, poderoso, no seio da própria Igreja . Tudo isto, Nossa Senhora confidenciara aos videntes de Fátima, exatamente no mesmo ano da tragédia russa; e o mesmo se diga do 3º capítulo do Gênesis, em que se pinta a vitória da serpente infernal e a presença de Maria, esmagando-lhe a cabeça

A Cristandade continuou a rezar as orações de Leão XIII, estimulada pelos Papas. Pensadores cristãos como, por exemplo, Anton Böhm (Satã no Mundo Atual, Tavares Martins) e de La Bigne Villeneuve (Satan dans la Cité, Du Cèdre) denunciam a infiltração visível do demônio em todas as estruturas da sociedade. Bernanos surpreende-nos Sob o Sol de Satã. De súbito, ao aproximar-se o último e temeroso quartel do século XX, contesta-se a existência dos anjos, desaparece a oração de São Miguel, suspendem-se os exorcismos, inclusive o do Batismo, mergulha no silêncio o ministério e a função do exorcista

Paulo VI queixa-se da fumaça de Satanás dentro do templo, quase a ocupar o espaço do incenso esquecido, e amargura-se com a auto demolição da Igreja. Os seminários desaparecem, a teologia prostitui-se em cátedras de iniquidade, a liturgia reduz-se, com certa frequência, a uma feira irrelevante de banalidades folclóricas. A pretexto de inculturação, a vida religiosa desliza para o abismo

“Os poderes do inferno não prevalecerão contra a Igreja”, é certo. Mas o próprio Senhor prediz o obscurecimento da fé, o esfriamento da caridade. A visão (do Inferno) de Fátima faz vacilar o otimismo ingênuo e irresponsável dos que apostam na salvação de todos, mesmo até dos que a recusam . (…) Jesus começa a sua missão, tentado pelo demônio e a expulsão dos maus espíritos torna-se uma das notas mais relevantes da sua atividade messiânica. “Em meu nome expulsarão os demônios” (Mc 16,17), diz Jesus, ao despedir-se dos discípulos, notando que este será um sinal dos que crêem nele. E Satanás, pela ação dos Apóstolos, caía do céu como um raio… Quando os cristãos de todos os níveis, apesar dos Evangelhos e do Magistério, principiaram a duvidar da ação e, depois, da existência do espírito rebelde, aconteceu o que Jesus havia anunciado (Mt 14,44-45): expulso, ele volta para a casa “desocupada, varrida e arrumada”, mas indefesa, com sete espíritos piores do que ele, “e a condição final torna-se pior do que antes”, exatamente o que está a acontecer

Hoje, não é só a fumaça de Satanás, penetrando por uma fenda oculta, mas o diabo, de corpo inteiro, que irrompe triunfalmente pelas portas centrais. Quem o vai exconjurar das nossas igrejas, das nossas residências episcopais e paroquiais, dos nossos centros comunitários, dos nossos seminários e universidades, dos Senados e das Câmaras Legislativas, dos Palácios do Governo e da Justiça, dos bancos e das bolsas, dos meios de comunicação, das escolas e hospitais, das consciências de todos nós? E, não hesitemos: quem vai expulsar os demônios dos Palácios Pontifícios, das Congregações e Secretarias, das Nunciaturas, das Conferências Episcopais e Cúrias, dos Santuários e Basílicas, das ONU e dos Parlamentos, sem falar desse mundo “posto maligno”, que viceja “sob o sol de Satã”? Nós precisamos, urgentemente, de exorcismo- [FONTE : Dom Manoel Pestana, Prefácio do livro “Um Exorcista Conta-nos” do Padre Gabriele Amorth]

"Podemos caminhar o que quisermos, podemos edificar um monte de coisas, mas se não confessarmos Jesus Cristo crucificado , está errado. Tornar-nos-emos uma ONG sócio-caritativa, mas não a Igreja, Esposa do Senhor. Quando não se caminha, ficamos parados. Quando não se edifica sobre as pedras, que acontece? Acontece o mesmo que às crianças na praia quando fazem castelos de areia: tudo se desmorona, não tem consistência. Quando não se confessa Jesus Cristo, faz-me pensar nesta frase de Léon Bloy: «Quem não reza ao Senhor, reza ao diabo». Quando não confessa Jesus Cristo, confessa o mundanismo do diabo, o mundanismo do demônio" – [PAPA FRANCISCO]



A famosa menção à “fumaça de Satanás no templo de Deus” do Papa Montini, em sua homilia da festa dos Santos Pedro e Paulo em junho de 1972 . Talvez no seu tempo de “corvos” se falasse pouco no Vaticano, mas certamente alguma coisa tinha que cheirar, já que Paulo VI, um dos maiores papas do século XX ,  em 29 de junho de 1972 – Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, durante a homilia que marcou o início de seu décimo ano de Pontificado – surpreendentemente afirmou ter tido a sensação de que “por alguma fissura a fumaça de Satanás entrou no templo de Deus”

Como bem notou um vaticanista recentemente, Paulo VI fez notar a entrada da “fumaça de Satanás” na Igreja, mas ninguém a viu sair… De fato, a dúvida, a inquietação, os confrontos que caracterizam uma terrível crise de fé, têm sua causa em buscar a luz fora da Igreja, através das janelas imprudentemente abertas para o mundo . É essa mesma crise de fé que penetrou hoje até o fundo no povo católico, expondo-o à influência da modernidade sem nenhum princípio moral. Pois, embora notada e lastimada por Paulo VI em 1972 , a crise não foi combatida em suas causas




No resumo dessa homilia histórica, conservado pela Santa Sé na página dedicada ao Papa Paulo VI, lemos : “Há a dúvida, a incerteza, a problematica, a inquietação, a insatisfação, o  confronto. Não se confia mais na Igreja. e sim se confia no primeiro profeta profano que vem nos falar de algum jornal ou algum movimento social, para procurá-lo e perguntar se ele tem a fórmula da verdadeira vida. E não percebemos que em vez disso temos que ser nós mesmos mestres e professores. Entrou a dúvida em nossas consciências, e entrou pelas janelas que deveriam estar abertas à luz. (…) A escola torna-se palco de confusões e contradições, por vezes absurdas. Celebra-se o progresso para poder, em seguida,  demoli-lo com as revoluções mais estranhas e mais radicais, para negar tudo o que conquistou, para voltar a ser primitivos após ter tanto exaltado os progressos do mundo moderno”

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