CERIMÔNIA DE BOAS-VINDAS
Papa fala sobre paz, diálogo e liberdade religiosa
Em primeiro pronunciamento na Terra Santa, Francisco destaca necessidade de paz entre as religiões
Da Redação
Luciane Marins
Luciane Marins
O Papa Francisco foi recebido pelo rei da Jordânia, Abdullah II, no Palácio Real em Amã na manhã deste sábado. Foi o primeiro compromisso oficial do Papa em sua viagem a Terra Santa.
Em seu discurso Francisco disse que a Jordânia é uma terra de grande significado religioso tanto para o judaísmo, o cristianismo e o islamismo e destacou o acolhimento do país a refugiados palestinos, iraquianos e provenientes de outras áreas de crise como a Síria. “Tal acolhimento merece a estima e o apoio da comunidade internacional.”
O Papa encorajou as autoridades a continuarem o empenho na busca da paz duradoura para toda a região e destacou a necessidade de uma solução pacífica para o conflito na Síria e entre israelenses e palestinos.
Francisco expressou gratidão à Jordânia pelas iniciativas em prol do diálogo inter-religioso. “Aproveito esta oportunidade para renovar o meu profundo respeito e a minha estima à comunidade muçulmana e manifestar o meu apreço pela função de guia desempenhada por Sua Majestade o Rei na promoção duma compreensão mais adequada das virtudes proclamadas pelo Islã e da serena convivência entre os fiéis das diferentes religiões.”
Ao saudar a minoria cristã que vive na região, Francisco ressaltou a contribuição deles para o bem comum da sociedade e a vivência pacífica da fé.
“Embora hoje sejam numericamente minoritárias, conseguem desempenhar uma qualificada e apreciada acção no campo da educação e da saúde, através de escolas e hospitais, e podem professar com tranquilidade a sua fé, no respeito da liberdade religiosa, que é um direito humano fundamental, esperando vivamente que o mesmo seja tido em grande consideração em todo o Médio Oriente e no mundo inteiro.”
Por fim, Francisco fez votos de paz e prosperidade para o Reino da Jordânia e seu povo e desejou que esta visita contribua para incrementar e promover boas e cordiais relações entre cristãos e muçulmanos.
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