Blog Alma Missionária

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terça-feira, 13 de maio de 2014

DE QUE TE ARREPENDES, SANTA ALMA DO PURGATÓRIO? - LITURGIA DIÁRIA , 13 DE MAIO DE 2014

terça-feira, 13 de maio de 2014

Foto : São João Bosco confessando

DE QUE TE ARREPENDES, SANTAALMA DO PURGATÓRIO?

 
Essa meditação é baseada em uma Novena às Santas Almas do Purgatório. Além de nos lembrar da necessidade urgente de rezar por elas, nos remete a um exame de consciência profundo. Colóquio - De que te arrependes, santa alma do Purgatório? Que fizeste na terra que deixaste?
 
ARREPENDO-ME DO TEMPO PERDIDO
 
“Não o julgava nem tão precioso, nem tão rápido, nem tão irreparável... Se eu o soubesse!... Se eu pudesse ainda repará-lo!...Tempo precioso!... Aprecio-te agora como  o  mereces.  Tu fostes dado para empregar-te no amor de Jesus, em minha santificação, no consolo e na edificação do próximo; empreguei-te porém no pecado, no prazer, em obras que agora me causam amargos pesares. Tempo tão rápido na terra e tão lento nesta purificação! Passava outrora como o relâmpago; minha vida fugia como um sonho; e agora as horas me parecem anos, e os dias são como séculos!     Tempo irreparável! Na terra parecia jamais acabar; e a morte cortou o fio de meus dias, no momento em que menos o pensava
 
Ó tempo perdido, eis que passaste sem esperança de voltar! Ó vós que viveis ainda na terra, consagrai por nós ao Coração de Jesus algumas dessas horas em que a graça vos é oferecida em tão grande abundância e com tanta felicidade”
 
ARREPENDO-ME DOS BENS DISSIPADOS
 
“Minha fortuna, minha saúde, meus talentos, minha posição no mundo: tudo isto poderia ter sido para mim um poderoso meio de salvação, se eu o tivesse aplicado à glória de Deus.  Quantas graças eu atrairia então sobre mim! Mas eu não quis. E todos os meus bens desvaneceram-se a meus olhos, no momento da morte. Ah! se eu dispusesse hoje desses bens perecíveis, como eu me aplicaria em adiantar um momento que fosse a minha libertação, para aumentar um degrau na glória que Deus me reserva no céu, e para fazer conhecida na terra, a mais uma alma, a devoção ao Sagrado Coração
 
Vós que, na terra, dispondes ainda de alguma fortuna, lembrai-vos de que dela haveis de dar contas... Pensai nisto... Usai dela segundo a justiça, a piedade e a caridade. Pagai vossas dívidas para com os vivos e para com os mortos; dai generosas esmolas aos pobres; trabalhar pela glória do Sagrado Coração esforçando-vos, por uma piedosa liberalidade, pela difusão do seu culto até as extremidades do mundo que lhe foi inteiramente consagrado”
 
ARREPENDO-ME DAS GRAÇAS DESPREZADAS
 
Elas me foram oferecidas em tão grande abundância, a cada instante de minha vida, com tão insistentes solicitação... Regeneração cristã pelo batismo, vocação, sacramentos, palavras de Deus, inspirações santas, bons exemplos, favores insignes de preservação do perigo, de socorro na tentação, de perdão depois da queda. Quesoma incalculável de escolhidas graças! A umas eu recusei; aceitei friamente outras; abusei da maior parte delas. Ah! Se eu tivesse hoje,  num só momento, a liberdade de estancar  minha sede nas fontes de misericórdia que jorram do Coração Sagrado de Jesus, e que os pecadores e os indiferentes desprezam!
 
Escutai o que santa Margarida Maria vos diz do alto do Céu, como nós vô-lo dizemos: Não há ninguém no mundo que não experimente toda espécie de socorros, uma vez que não falte para com Jesus Cristo um amor reconhecido tal como é aquele que lhe é testemunhado pela devoção a seu Sagrado Co-ração (Obras de Santa Margarida Maria, tom. II, 86)”
 
ARREPENDO-ME DO MAL COMETIDO
 
“Outrora parecia-me ele tão sem importância e tão agradável! E por isso eu sufocava os remorsos em meio dos prazeres... Hoje seu peso me esmaga, sua amargura faz o meu tormento, sua lembrança me persegue e me dilacera. Pecados graves perdoados, mas não expiados; faltas leves, só muito tarde eu compreendo agora a vossa malícia! Ah! se eu pudesse voltar à vida... nenhuma promessa, por fascinante que fosse, nenhuma honra, nenhum prazer, nenhuma palavra sedutora seria capaz de me incitar a cometer o pecado
 
Vós que ainda tendes a liberdade de escolher entre Deus e o mundo, contemplai os flagelos, os espinhos, a cruz, que torturaram Jesus; eles vos dirão o que nossos pecados lhe custaram. Pensai nos arrependimentos tardios e dolorosos que haveis de ter de vossas faltas no Purgatório, e nada vos custará confessar, no Sacramento da Penitência, todas as do passado, para sofrer no presente a pena que ainda lhes é devida, e para evitá-las no futuro”
 
ARREPENDO-ME DOS ESCÂNDALOS DADOS
 
“Se, ao morrer, eu tivesse podido eliminar as tristes conseqüências de meus escândalos!... Se eu pudesse deter daqui, no declive do abismo, tantas pobres almas que seguem meus tristes exemplos e meus maus ensinamentos!... Mas não é possível, e por minha culpa ainda se comete o mal e isto se dará durante anos, séculos, e me são exigidas contas da parte que me cabe sobre todos os pecados de que me fiz a causa. Se me fosse permitido fazer chegar minha palavra insistente até as extremidades da terra, e percorrer como missionário o mundo inteiro, como esforçar-me-ia para desviar as almas do vício e conduzi-las à virtude
 
Vós que vindes visitar-me em minha prisão tenebrosa, e que fazeis brilhar a meus olhos um raio de luz, possuis no Sagrado Coração o meio mais seguro e mais fácil, cooperando com a sua graça, reproduzindo suas virtudes, animando-vos de seu zelo de converter muitas almas, em número maior ainda do que o número daquelas às quais escandalizei”
 
ARREPENDO-ME DA PENITÊNCIA OMITIDA
 
“Como ela teria sido fácil, ontem, no mundo!... Como ela é penosa, hoje, no Purgatório!... Aqui o menor dos meus sofrimentos está acima das maiores dores da terra. Lá eu não teria então outra coisa a fazer senão aceitar com resignação o trabalho, a dor, a contradição; privar-me de alguns bens supérfluos, para com eles ajudar os pobres; praticar obras satisfatórias; fazer uso das práticas de piedade. Que poderia haver de mais fácil?!... Ah! se Deus me permitisse voltar à terra, nenhum regulamento me pareceria exigente demais, nenhum martírio me causaria terror. Não haveria para mim senão suavidade nas mais rigorosas penitências, ante a idéia deste grande sofrimento, que eu evitaria por meio delas
 
Vós que sofreis nesse vale de lágrimas, alegrai-vos: a mais leve pena cristãmente suportada em vista de vossos pecados, para satisfazer à justiça de Deus, e oferecida ao Sagrado Coração em espírito de reparação, pode poupar-vos um longo e penoso Purgatório”
 
ARREPENDO-ME DA POUCA CARIDADE QUE TIVE NA TERRA PARA COM AS ALMAS DO PURGATÓRIO...
 
Poderia ter-lhes sido tão útil durante minha vida. Orações, penitências, esmolas, boas obras, Comunhões, santas Missas, devoção ao Sagrado Coração; de quantos meios eu dispunha para consolar estas pobres almas, retidas como prisioneiras nesta morada de trevas e sofrimentos! Se eu tivesse utilizado bem desses meios, teria alcançado para mim graças poderosas para evitar o pecado e para ir diretamente ao céu; teria ao menos merecido um Purgatório mais ameno, mais rápido, e também teria uma maior participação no fruto das orações que de toda parte se oferecem por nós
 
Ah! se eu pudesse voltar à terra, ninguém seria mais devotado do que eu às almas sofredoras! De quantas Missas participaria e quantas faria celebrar por elas! Quantas orações encaminharia aos céus em favor delas!... que esforços não faria para suscitar em seu favor a compaixão de todos! O que eu não fiz, quando podia, vós, almas cristãs, não deixeis de fazê-lo enquanto ainda tiverdes tempo”
 
ARREPENDO-ME DOS PECADOS DE OMISSÃO, ESPECIALMENTE DE NÃO TER PARTICIPADO BEM DA SANTA MISSA
 
“Não apreciava bem o valor da santa Missa, renovação do santo sacrifício de Jesus no Calvário. Como é importante participar bem e freqüentemente da santa Missa. Morreu Jesus para salvar as almas, e cotidianamente renova esta morte de modo incruento no santo sacrifício da Missa. E eu não a estimava bastante. Não ia buscar aos pés do altar remissão dos meus pecados pelo preciosíssimo Sangue de Jesus. Não ia buscar as forças necessárias para resistir às tentações; não vivia em constante união com o Deus dos nossos altares. Por isso, estou agora aqui e sofro com paciência e merecidamente; mas podia ter sido de outra maneira. O santo sacrifício da Missa é de um valor infinito, e eu poderia ter aproveitado. Se o tivesse feito, agora já estaria no céu, perto de Jesus
 
Se na terra eu tivesse recorrido mais às graças que emanam do Sagrado Coração de Jesus na hora da santa Missa, quão grande seria agora a minha santidade. Que tesouro de graças teria tido em minha alma fia hora da morte! Como estaria agora perto do trono de Deus! Se eu pudesse voltar!... Mas, pelo menos, tu podes participar freqüentemente da santa Missa, enriquecer-te com as graças divinas, aplicá-las também a nós, pobres almas do Purgatório”
 
ARREPENDO-ME DA VIDA MATERIALISTA QUE LEVEI
 
“Quando ainda estava na terra, vivia esquecido do meu último fim. Criado para servir a Deus, e assim ganhar a felicidade do céu, procurava demasiadamente o bem-estar do corpo, os divertimentos, as comodidades. Ouvia os avisos e os ensinamentos dos sacerdotes, mas não lhes dava importância. Sufocava a voz de minha consciência, e continuava numa vida de tédio espiritual. E ainda que evitasse o pecado grave, não procurava Deus, meu sumo bem; não me enriquecia com as graças divinas pela freqüência dos sacramentos, não me alimentava constantemente com o Corpo e Sangue de Cristo na santa Comunhão. A minha vida foi uma vida mundana, em que a vida da graça definhava cada vez mais. Hoje vejo, como foi vã esta vida
 
Tu, que ainda estás na terra, aprende de mim! Dirige tua vida conscientemente ao fim para a qual foi criada! Procura a glória de Deus, também quando custa sacrifícios. Domina os desejos do corpo, para que tua alma não venha a sofrer no Purgatório”
 
Santas Almas do Purgatório Rogai por nós
 

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