Blog Alma Missionária

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domingo, 6 de outubro de 2013

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS DE ARARAQUARA

PALAVRA do PADRE
06/10 "A Palavra do Senhor permanece para sempre!"
Diante da agressividade violenta de mortes e injustiças, em nossos dias, alguém poderá sentir-se inadequado ao colocar sua força na fé. Será que vale a pena crer? Vale a pena ter fé quando esta é desconsiderada, ridicularizada? Em muitas partes do mundo, cristãos são perseguidos, mortos e expulsos de suas casas, por causa da fé, embora isto não seja noticiado na mídia internacional. São cristãos com um grande desafio para se manterem firmes na fé porque convivem com agressividade moral e física. Entre nós, a agressividade moral, pela ridicularização é crescente. Vivemos numa sociedade que ridiculariza a religião e, por isso, atacam nossos símbolos religiosos com brincadeiras de mau gosto, fazem verdadeiros atentados aos nossos valores religiosos, com acusações gratuitas e de menosprezo. De modo bem objetivo, nossa questão é essa: como crer, como testemunhar nossa fé diante dos desafios atuais?
A Palavra deste Domingo começa com uma análise da indiferença social a Deus. Habacuc, um homem cheio de fé, reclama do silêncio divino diante de situações violentas e agressivas. A violência já é um sinal da ausência de Deus, porque destrói o amor e anula a possibilidade de Deus habitar na comunidade. Habacuc fala também de iniqüidades, pecados que contaminam relacionamentos e promovem prepotência, maldades, discussões, discórdias... Esta era a situação da sociedade de Habacuc: uma sociedade sem Deus, que perdera o temor por Deus e vive de acordo com seus próprios princípios. O texto de Habacuc é muito atual. Também nós, no século XXI, em nosso Brasil, nos defrontamos com tantas formas de violências, que expulsam possibilidades de conviver com Deus. A análise de Habacuc é concluída com uma sentença divina: “quem não é correto, vai morrer, mas o justo viverá por sua fé”. Ou seja, existe a escuridão das maldades e a existe a luz da fé iluminando a mesma realidade existencial. Quem é justo e vive pela fé é um iluminado, ao passo que o descrente, o incrédulo, vive na escuridão... os resultados de um e de outro são vida e morte.
Jesus ajuda-nos a entender o significado do justo que vive da fé. O viver da fé refere-se à realidade presente do nosso momento histórico, fazendo com que a fé seja realmente luz, seja um caminho iluminado pelo próprio Senhor na história atual de nossas vidas. A oração dos Apóstolos, no início do Evangelho — “Senhor, aumenta a nossa fé” — acontece quando eles percebem o tamanho do desafio que lhes esperava na missão evangelizadora. Esta é também a nossa oração. Vivendo nesse mundo que desconsidera a religião, com tantas pessoas pisando nos valores religiosos que professamos, com tanta violência e tanta maldade... repetimos a mesma oração: “aumenta nossa fé”. A oração parece referir-se à quantidade da fé. Os Apóstolos pedem um aumento da quantidade de fé e Jesus responde com um diminutivo: “se tiveres fé como um grão de mostarda” (a menor de todas as sementes), poderão realizar coisas impossíveis, como transportar uma árvore até o mar. Jesus não está falando de quantidade, mas de autenticidade. Não se trata de medir a quantidade da fé, mas de ser autêntico na fé, de assumir a fé em todas as circunstâncias e em todos os lugares. Pela autenticidade da fé, é possível realizar o impossível.
Quando reflito este tema em palestras, em debates ou reuniões, sempre escuto o mesmo refrão: “não é fácil!” Depois desta constatação, que conhecemos e vivemos, surgem desculpas, como fez Habacuc em sua oração, reclamando do silêncio de Deus, ou como aconteceu com Timóteo, envolvido com pessoas que criticavam a fé e com outros que estavam realizando ensinamentos da fé em desacordo com o Evangelho. Paulo escreve a Timóteo para reavivar nele a força da fé. Orienta a beber sua fé nas fontes de onde a recebeu. No caso de Timóteo, a fonte da fé era sua família. Foi sua avó e sua mãe que transmitiram a fé a Timóteo. O conselho de Paulo vale para todos nós que recebemos a fé de famílias católicas, reavivando a fé que nossos avós e pais nos transmitiram de modo, talvez, simples, mas autêntico. Beber nas fontes da fé, lembrava Paulo, na 2ª leitura, tira de nós o espírito de timidez e de covardia, para colocar em nós a força do Espírito de Deus, que recebemos no Batismo. Mesmo que a realidade de nossa sociedade seja cruel para conosco e para nossos valores e princípios religiosos, continuemos firmes na fé e dispostos a fazer o melhor para o bem comum, não pela quantidade, mas pela autenticidade da fé. Isto se torna possível considerando a segunda parte do Evangelho, onde Jesus ensina que a autenticidade da fé não está em feitos milagrosos ou extraordinários, mas no serviço, fazendo aquilo que o Senhor nos pede para fazer, na realidade onde vivemos, sem jamais perder a fé.
Abençoada semana!
Pe. Edson

VISITE NOSSO SITE:http://www.nsgracasararaquara.com.br/
PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS DE ARARAQUARA

PALAVRA do PADRE
06/10 "A Palavra do Senhor permanece para sempre!"
Diante da agressividade violenta de mortes e injustiças, em nossos dias, alguém poderá sentir-se inadequado ao colocar sua força na fé. Será que vale a pena crer? Vale a pena ter fé quando esta é desconsiderada, ridicularizada? Em muitas partes do mundo, cristãos são perseguidos, mortos e expulsos de suas casas, por causa da fé, embora isto não seja noticiado na mídia internacional. São cristãos com um grande desafio para se manterem firmes na fé porque convivem com agressividade moral e física. Entre nós, a agressividade moral, pela ridicularização é crescente. Vivemos numa sociedade que ridiculariza a religião e, por isso, atacam nossos símbolos religiosos com brincadeiras de mau gosto, fazem verdadeiros atentados aos nossos valores religiosos, com acusações gratuitas e de menosprezo. De modo bem objetivo, nossa questão é essa: como crer, como testemunhar nossa fé diante dos desafios atuais?
A Palavra deste Domingo começa com uma análise da indiferença social a Deus. Habacuc, um homem cheio de fé, reclama do silêncio divino diante de situações violentas e agressivas. A violência já é um sinal da ausência de Deus, porque destrói o amor e anula a possibilidade de Deus habitar na comunidade. Habacuc fala também de iniqüidades, pecados que contaminam relacionamentos e promovem prepotência, maldades, discussões, discórdias... Esta era a situação da sociedade de Habacuc: uma sociedade sem Deus, que perdera o temor por Deus e vive de acordo com seus próprios princípios. O texto de Habacuc é muito atual. Também nós, no século XXI, em nosso Brasil, nos defrontamos com tantas formas de violências, que expulsam possibilidades de conviver com Deus. A análise de Habacuc é concluída com uma sentença divina: “quem não é correto, vai morrer, mas o justo viverá por sua fé”. Ou seja, existe a escuridão das maldades e a existe a luz da fé iluminando a mesma realidade existencial. Quem é justo e vive pela fé é um iluminado, ao passo que o descrente, o incrédulo, vive na escuridão... os resultados de um e de outro são vida e morte. 
Jesus ajuda-nos a entender o significado do justo que vive da fé. O viver da fé refere-se à realidade presente do nosso momento histórico, fazendo com que a fé seja realmente luz, seja um caminho iluminado pelo próprio Senhor na história atual de nossas vidas. A oração dos Apóstolos, no início do Evangelho — “Senhor, aumenta a nossa fé” — acontece quando eles percebem o tamanho do desafio que lhes esperava na missão evangelizadora. Esta é também a nossa oração. Vivendo nesse mundo que desconsidera a religião, com tantas pessoas pisando nos valores religiosos que professamos, com tanta violência e tanta maldade... repetimos a mesma oração: “aumenta nossa fé”. A oração parece referir-se à quantidade da fé. Os Apóstolos pedem um aumento da quantidade de fé e Jesus responde com um diminutivo: “se tiveres fé como um grão de mostarda” (a menor de todas as sementes), poderão realizar coisas impossíveis, como transportar uma árvore até o mar. Jesus não está falando de quantidade, mas de autenticidade. Não se trata de medir a quantidade da fé, mas de ser autêntico na fé, de assumir a fé em todas as circunstâncias e em todos os lugares. Pela autenticidade da fé, é possível realizar o impossível.
Quando reflito este tema em palestras, em debates ou reuniões, sempre escuto o mesmo refrão: “não é fácil!” Depois desta constatação, que conhecemos e vivemos, surgem desculpas, como fez Habacuc em sua oração, reclamando do silêncio de Deus, ou como aconteceu com Timóteo, envolvido com pessoas que criticavam a fé e com outros que estavam realizando ensinamentos da fé em desacordo com o Evangelho. Paulo escreve a Timóteo para reavivar nele a força da fé. Orienta a beber sua fé nas fontes de onde a recebeu. No caso de Timóteo, a fonte da fé era sua família. Foi sua avó e sua mãe que transmitiram a fé a Timóteo. O conselho de Paulo vale para todos nós que recebemos a fé de famílias católicas, reavivando a fé que nossos avós e pais nos transmitiram de modo, talvez, simples, mas autêntico. Beber nas fontes da fé, lembrava Paulo, na 2ª leitura, tira de nós o espírito de timidez e de covardia, para colocar em nós a força do Espírito de Deus, que recebemos no Batismo. Mesmo que a realidade de nossa sociedade seja cruel para conosco e para nossos valores e princípios religiosos, continuemos firmes na fé e dispostos a fazer o melhor para o bem comum, não pela quantidade, mas pela autenticidade da fé. Isto se torna possível considerando a segunda parte do Evangelho, onde Jesus ensina que a autenticidade da fé não está em feitos milagrosos ou extraordinários, mas no serviço, fazendo aquilo que o Senhor nos pede para fazer, na realidade onde vivemos, sem jamais perder a fé.
Abençoada semana!
Pe. Edson 

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