Blog Alma Missionária

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sábado, 5 de outubro de 2013

A Refutacao sobre a Besta do apocalipse
Fonte: Agnus Dei
prof. Carlos Martins Nabeto

O primeiro problema é de natureza histórica: nenhum papa jamais usou o título de Vigário do Filho de Deus, como alegam os protestantes. Os títulos que os papas usam são os seguintes:
1-Bispo de Roma ,
2-Primaz da Itália ,
3-Patriarca do Ocidente,
4-Vigário de Jesus Cristo,
5-Servo dos Servos de Deus,
6-Sumo-Pontífice da Igreja Universal ,
7-Sucessor do Príncipe dos Apóstolos,
8-Soberano do Estado da Cidade do Vaticano,
9-Arcebispo e Metropolita da Província Romana,
Porém, nenhum deles, nem mesmo quando convertidos para o latim, totalizam o número 666 que os protestantes tanto querem atribuir ao Papa.
Outra inverdade histórica é dizer que o título "Vicarius Filii Dei" - ou qualquer outro o protestante atribui na sua "versão pseudo-latina" - figura na túnica do Papa. O Papa é uma das pessoas (pra não dizer que "é a") mais fotografadas do mundo; se sua afirmação fosse razoável, no mínimo você ou qualquer outro protestante poderia provar isso com uma foto em que tal expressão apareceria em um de seus paramentos. Existem milhares de fotos do papa, usando centenas de paramentos diferentes, nenhum deles, porém, portando tal expressão. Essa é a mentira mais deslavada de todas...

E mesmo que o papa usasse o título de "Vicarius Filii Dei", ainda assim não seria possível demonstrar que a soma das letras em algarismos romanos totalizaria 666, em virtude das combinações possibilitadas pelos encontros entre as letras que possuem algum valor numérico. Em outras palavras:

VI (6) C (100) ARIV (4) S FI (1 )L (50) II (2) D (500) EI (1 )=664 e não 666!!!
Na verdade, vemos que o título "Vigário do Filho de Deus" nada mais é do que uma invenção protestante, de conceito extremamente radical, tratando-se, na verdade, de simples corruptela de um dos verdadeiros títulos do Papa: Vigário de Jesus Cristo. Isso visa simplesmente enganar os incautos, corrompendo a verdade - e parece-me que você foi apenas mais um dos enganados!!!!
O latim é uma língua sintética cujo sentido da palavra dentro da frase é determinado pela declinação usada no final do radical da palavra. Não existe a declinação 'ivis' (=iuis) para o radical 'vicar'. E, mesmo que existisse tal declinação, estando correta a grafia latina de vigário, o fato das duas últimas palavras "fili" e "dei" estarem grafadas dessa maneira, já não significaria "Filho de Deus", pois "Filho de Deus" em latim se escreve "Filii Dei".
Não significa nada pois também não existe a declinação "ives" para o radical latino "vicar"... Se você ficer um curso de latim, terá a oportunidade de se beneficiar em três coisas:
1. vai ter a oportunidade de conhecer muitos documentos da Igreja, por ser essa a língua oficial da Igreja católica desde o séc. IV;
2. vai poder conhecer melhor a língua portuguesa já que esta é derivada do latim ;
3. vai saber decifrar qualquer mentira que tente se apoiar no latim.
Quanto à interpretação do 666, vários teólogos, inclusive protestantes, concordam de que se trata de um imperador romano e não de um suposto papa X ou Y...O Poder Romano do séc. I (quando o Apocalipse foi escrito) provinha dos Imperadores Romanos * pagãos *, que se auto-afirmavam deuses (você já viu algum papa afirmar que é o próprio Deus, como faziam estes imperadores). 
Se não levarmos em consideração o contexto histórico em que foi escrito o Apocalipse, podemos chegar às mais estranhas conclusões. Por exemplo, a grande mestra do adventismo poderá ser considerada a besta do Apocalipse:
Ellen Gould White (= 666).
Até mesmo, Jesus poderia ser considerado a Besta, pois "Jesus de Nazaré" em hebraico (YRSN VSY) é 666. Por outro lado, "Jesus", escrito em grego (IHSOYS) perfaz 888 que simboliza a perfeição e santidade. A própria "besta" em grego (= Thérion) escrita com letras hebraicas (= TRYVN) perfaz 666.
SOBRE O APOCALIPSE DE JOAO E A BESTA, QUEM É? ANALISANDO A EPOCA
De fato, o Ap 13,18 diz que o número da besta é 666 e que é o número de um homem. Mas, para descobrirmos quem é esse homem, devemos ter em mente várias coisas, em especial a mentalidade do autor do Apocalipse. Já disse que o Apocalipse foi escrito por João. Outros dados que devemos considerar é a língua e a data em que foi escrito, bem como o contexto histórico da época. Isso faz parte da verdadeira exegese; devemos fazer um estudo sério...
O Apocalipse foi escrito no final do séc. I (~95 dC), em grego e tinha como destinatário as comunidades cristãs da Ásia Menor (Ap 1,4; 2,1-3,22); nessa época, a Ásia Menor estava sob o domínio do Império Romano e o Cristianismo era duramente perseguido pelo imperador Domiciano (81-96 dC). Para piorar a situação, o imperador se considerava um deus e exigia que todos os seus súditos o adorassem, ato completamente impensável para o cristão. João, assim, escreve o Apocalipse - divinamente inspirado - e proclama que, no final, o Cristianismo sairá vencedor. Querendo dizer quem era a Besta - sem declará-lo expressamente, para não se complicar ainda mais (afinal estava desterrado na ilha de Patmos por causa da Palavra de Deus - cf. Ap. 1,9) - João fez uso da gematria, que consistia em atribuir um número formado pela soma das letras de certo alfabeto para expressar uma verdade conhecida pelos interlocutores.
Note-se que, naquela época, os povos antigos não usavam o sistema arábico (que adotamos hoje) para expressar os números, mas sim as próprias letras do alfabeto. Os romanos, como já disse, usavam apenas 7 letras (na verdade 6, pois a letra M, que designava 1000, na verdade era a combinação das letras CI, que, manualmente, na sua escrita, se aparentavam a um M). Também os judeus e os gregos atribuíam números às letras de seus respectivos alfabetos, mas de forma muito mais ampla que os romanos, já que toda letra (grega ou hebraica) possuía um certo valor agregado.
João é de origem hebraica e escreveu o Apocalipse em grego. As comunidades para as quais foi dirigido o Apocalipse (cf. Ap 1,4;2,1-3,22) situam-se, todas, na Ásia Menor. Embora a Ásia Menor estivesse sob domínio romano, a língua falada em toda aquela região era, também, o grego (na verdade, o latim estava praticamente restrito à capital do Império, isto é, Roma; e ainda assim, o grego também era muito usado por lá). Vemos, assim, que não teria o mínimo sentido de se usar a língua latina pois os destinatários imediatos do Apocalipse jamais compreenderiam a mensagem do apóstolo e, além disso, tornaria muito mais perigoso para todos caso o escrito atingisse a capital romana e fosse facilmente compreendido pelas autoridades do Império (contra quem era dirigido, como veremos mais adiante).
A solução para o problema, portanto, está em considerarmos a mentalidade do autor e o entendimento das comunidades destinatárias, sem se desviar, entretanto, do contexto histórico; desta forma, devemos considerar somente as línguas grega e/ou hebraica.Assim, se fizermos a gematria da expressão grega "NVRN RSQ" (favor leia da direita para a esquerda) que, traduzida para o português significa "César Nero", usando porém - e isto é importante - o alfabeto hebraico, totalizaremos 666, pois:
N(50)V(6)R(200)N(50) R(200)S(60)Q(100)=666
Ora, o grego era de conhecimento do apóstolo e das comunidades destinatárias e justifica a forma da expressão; os caracteres hebraicos usados, de pleno conhecimento de João, em virtude de sua origem judaica, certamente poderia ser compreendido pelos cristãos, já que vários deles provinham do judaísmo (como nos prova os livros dos Atos dos Apóstolos e as epístolas de Paulo em diversas passagens) e também conheciam os valores das letras hebraicas.
Se acaso o livro caísse nas mãos das autoridades romanas - que tinham conhecimento do latim e do grego, mas não do pensamento judaico de João - não exporia em risco seus leitores, pois a atenção seria certamente desviada. E, mesmo que descobrissem o real significado do número 666, ainda assim estaria o apóstolo se referindo a um imperador já falecido e, portanto, sem muito significado para as autoridades governantes, mas, mesmo assim, manteria grande significância para os cristãos, já que Nero foi o primeiro grande perseguidor dos cristãos e, agora (naquela ocasião, pelos anos 90), Domiciano voltava a perseguir os cristãos com mais força e crueldade... paródia de Nero ressuscitado.
Mas ainda tem mais: se quisermos, na expressão grega, empregar a forma latina do nome de Nero, basta-nos retirar a letra Num final e escrever a expressão: VRN RSQ (favor leia da direita para a esquerda). Neste caso, deduz-se 50 de 666 e totalizamos 616. Ora, e não é que existem alguns manuscritos antigos do Apocalipse que trazem o número 616 ao invés do 666? Isso simplesmente contribui - teologica e historicamente - para a interpretação de que a Besta do Apocalipse nada mais era do que o próprio Imperador Romano, perseguidor dos cristãos! Imagina a situação do apóstolo e das comunidades destinatárias se ele tivesse denunciado explicitamente o Imperador perseguidor ou empregado simplesmente o alfabeto latino ou grego para tal propósito... Estariam, de fato, todos "encrencados"!










O Ap 17,10-11 reafirma, mais uma vez, a nossa interpretação do número 666. Este versículo diz, 'in verbis': "São também sete reis, dos quais cinco já caíram, um existe e o outro ainda não veio, mas quando vier deverá permanecer por pouco tempo. A Besta que existia e não existe mais é ela própria o oitavo e também um dos sete, mas caminha para a perdição". Ora, referindo-se ao Império Romano, logo percebemos que os reis de que trata a citação são os imperadores romanos. Deve-se considerar cronologicamente os imperadores a partir da vinda de Cristo, Verdade Plena, até a época da redação do livro do Apocalipse: 5 já caíram - Augusto (31aC-14dC), Tibério (14-37dC), Calígula (37-41dC), Cláudio (41-54dC) e Nero (54-68dC); 1 existe - Vespasiano (69-79dC); e 1 que durará pouco - Tito (79-81dC: durou apenas 2 anos!); a besta é o oitavo - Domiciano (81-96dC) - e, ao mesmo tempo, um dos sete anteriores, ou seja, Nero, pois NVRN RSQ = 666!

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