Quarta-feira, 01 de maio de 2013, 10h18
Responsável pela cerimônia de beatificação fala sobre Nhá Chica
Da Redação, com Rádio Vaticano
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Cerimônia de beatificação de Nhá Chica será presidida pelo Cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação das Causas dos Santos
Neste sábado, 4 de maio, acontece a beatificação de Francisca de Paula de Jesus, conhecida como Nhá Chica. Ela se tornará a primeira beata negra nascida no Brasil e possivelmente a terceira santa nascida no país. Antes dela, apenas Frei Galvão e Irmã Dulce, que aguarda a canonização.
A TV Canção Nova fará a transmissão ao vivo da cerimônia apartir das 15h, na cidade mineira de Baependi. A Missa será presidida pelo Cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação das Causas dos Santos.
Em entrevista à Rádio Vaticano, o cardeal destacou a riqueza dos valores do povo brasileiro, vividos plenamente por Nhá Chica e destacou o perfil da futura beata brasileira.
Leia mais
.: Confira as atividades da festa de beatificação de Nhá Chica
.: Conheça o milagre que levou Nhá Chica à beatificação
.: Postulador fala da santidade de Nhá Chica como modelo para todos
Segundo ele, a beatificação é um grande presente que o Papa Francisco dá à Igreja no Brasil.
"O Santo Padre, primeiro Papa latino-americano, conhece bem a bondade do povo brasileiro, seu espírito religioso, o amor por Jesus e seu Evangelho de vida e alegria, a devoção à Virgem Maria, o apego filial à Igreja, o amor pelo Papa, bispos e sacerdotes, o respeito pelos idosos, a disponibilidade de acolher a vida como um dom inestimável de Deus, a caridade para com os pobres, o seu senso de igualdade e fraternidade, e o respeito pela natureza. Esta riqueza de valores humanos e espirituais faz do Brasil uma terra abençoada por Deus e uma moradia digna de toda pessoa humana. Nhá Chica viveu plenamente estes valores, deixando-os como herança para todos os brasileiros, mas também para toda a Igreja"
O Cardeal Amato destacou que, na carta de beatificação, o Papa Francisco ressaltou que Nhá Chica era uma "mulher de oração assídua" e fiel testemunha da "misericórdia de Cristo para com os necessitados no corpo e no espírito".
O representante do Papa recordou também que, por unanimidade, as testemunhas afirmam que ela rezava muito e sempre tinha o rosário na mão. "Incansável adoradora do Santíssimo Sacramento e contempladora da Paixão de Jesus, tinha uma profunda devoção a Nossa Senhora, que chamava de Minha Sinhá. A Salve Rainha era a sua oração preferida".
"A nossa futura beata era humilde. Não atribuía nada à sua pessoa, mas tudo a Deus e a Nossa Senhora. Ela colocava os pedidos dos fiéis diante da Virgem Maria. Quando uma pessoa voltava para agradecê-la por uma graça alcançada, ela dizia: 'Eu peço a Nossa Senhora, que me escuta e me responde'. A fama de santidade de Nhá Chica sempre foi consistente e persistente. Ela era chamada a Santinha de Baependi. A sua beatificação é uma lição autêntica de vida cristã", destacou o cardeal.
Breve biografia
Francisca de Paula de Jesus, conhecida como Nhá Chica, nasceu em 26 de abril de 1810, na cidade de Santo Antônio do Rios das Mortes, distrito de São João Del Rey (MG). Era filha da escrava Izabel Maria, solteira. Tinha um irmão, Teotônio Pereira do Amaral, que se tornou muito rico. A futura beata herdou dele a herança que foi distribuída como esmola para os pobres e utilizada na construção de uma capela para a Imaculada.
Decidida a não se casar, Nhá Chica preferiu levar uma vida dedicada à caridade e oração, como sua mãe tinha lhe aconselhado antes de morrer. Não entrou no mosteiro, mas optou por fazer parte das mulheres beatas, que consagravam a vida ao Senhor, permanecendo em suas casas e fazendo a caridade aos necessitados. Morreu em 14 de junho de 1895 com fama de santidade.
Assista à reportagem de Otávio Baldim
A TV Canção Nova fará a transmissão ao vivo da cerimônia apartir das 15h, na cidade mineira de Baependi. A Missa será presidida pelo Cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação das Causas dos Santos.
Em entrevista à Rádio Vaticano, o cardeal destacou a riqueza dos valores do povo brasileiro, vividos plenamente por Nhá Chica e destacou o perfil da futura beata brasileira.
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Segundo ele, a beatificação é um grande presente que o Papa Francisco dá à Igreja no Brasil.
"O Santo Padre, primeiro Papa latino-americano, conhece bem a bondade do povo brasileiro, seu espírito religioso, o amor por Jesus e seu Evangelho de vida e alegria, a devoção à Virgem Maria, o apego filial à Igreja, o amor pelo Papa, bispos e sacerdotes, o respeito pelos idosos, a disponibilidade de acolher a vida como um dom inestimável de Deus, a caridade para com os pobres, o seu senso de igualdade e fraternidade, e o respeito pela natureza. Esta riqueza de valores humanos e espirituais faz do Brasil uma terra abençoada por Deus e uma moradia digna de toda pessoa humana. Nhá Chica viveu plenamente estes valores, deixando-os como herança para todos os brasileiros, mas também para toda a Igreja"
O Cardeal Amato destacou que, na carta de beatificação, o Papa Francisco ressaltou que Nhá Chica era uma "mulher de oração assídua" e fiel testemunha da "misericórdia de Cristo para com os necessitados no corpo e no espírito".
O representante do Papa recordou também que, por unanimidade, as testemunhas afirmam que ela rezava muito e sempre tinha o rosário na mão. "Incansável adoradora do Santíssimo Sacramento e contempladora da Paixão de Jesus, tinha uma profunda devoção a Nossa Senhora, que chamava de Minha Sinhá. A Salve Rainha era a sua oração preferida".
"A nossa futura beata era humilde. Não atribuía nada à sua pessoa, mas tudo a Deus e a Nossa Senhora. Ela colocava os pedidos dos fiéis diante da Virgem Maria. Quando uma pessoa voltava para agradecê-la por uma graça alcançada, ela dizia: 'Eu peço a Nossa Senhora, que me escuta e me responde'. A fama de santidade de Nhá Chica sempre foi consistente e persistente. Ela era chamada a Santinha de Baependi. A sua beatificação é uma lição autêntica de vida cristã", destacou o cardeal.
Breve biografia
Francisca de Paula de Jesus, conhecida como Nhá Chica, nasceu em 26 de abril de 1810, na cidade de Santo Antônio do Rios das Mortes, distrito de São João Del Rey (MG). Era filha da escrava Izabel Maria, solteira. Tinha um irmão, Teotônio Pereira do Amaral, que se tornou muito rico. A futura beata herdou dele a herança que foi distribuída como esmola para os pobres e utilizada na construção de uma capela para a Imaculada.
Decidida a não se casar, Nhá Chica preferiu levar uma vida dedicada à caridade e oração, como sua mãe tinha lhe aconselhado antes de morrer. Não entrou no mosteiro, mas optou por fazer parte das mulheres beatas, que consagravam a vida ao Senhor, permanecendo em suas casas e fazendo a caridade aos necessitados. Morreu em 14 de junho de 1895 com fama de santidade.
Assista à reportagem de Otávio Baldim
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