Blog Alma Missionária

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domingo, 2 de junho de 2013

COMENTÁRIOS

Fé e universalidade da salvação
O tema deste nono domingo do tempo comum é a fé e a universalidade da salvação.
O trecho do primeiro livro dos Reis é a resposta à questão posta imediatamente depois do exílio na Babilônia, quando do retorno dos deportados à terra de Israel. Os que voltam do exílio encontram na terra um “povo mesclado”. A pergunta é: que atitude adotar quanto aos estrangeiros que habitavam a terra? Pode-se admitir na sinagoga todos os que o desejam? Se algum estrangeiro se aproxima do Templo e busca o Deus de Israel, é porque reconhece a sua grandeza. Deus não rejeitaria a sua oração, pois ele acolhe a todos. Se Deus assim procede, convém não fechar as portas a quem quer que seja.
O perícope de Lucas, situada na primeira parte do evangelho, em que a questão é a identidade de Jesus, vai para a mesma direção. A menção de Cafarnaum já é importante, pois, simbolicamente, esta cidade, às margens do Lago de Genesaré, abre a mensagem de Jesus aos pagãos, em face de Nazaré, cidade de Jesus (cf. 4,23). O centurião, chefe de cem soldados, é um pagão. A súplica do centurião a Jesus é por um servo seu, que ele estimava muito (v. 2). Para o centurião, o valor essencial parece ser a vida do seu servo (cf. v. 3). Estando a serviço do império romano, ele é considerado impuro. Mas ele mesmo não se diz impuro, pois isso é um conceito judaico-religioso; ele diz ser indigno: “Eu não sou digno de que entres sob o meu teto” (Lc 7, 6). Ele conhece as normas dos judeus quanto à pureza, por isso não vai pessoalmente ter com Jesus, mas envia anciãos judeus para intercederem por ele junto a Jesus. Dizer-se indigno é reconhecer a autoridade de Jesus. O Senhor acolhe a todos e toma a iniciativa de querer ir à casa do centurião. No entanto, o chefe pede que Jesus simplesmente dê uma ordem, pois é o poder da palavra que importa (cf. vv. 7-8). A fé do centurião causa uma profunda admiração em Jesus (v. 9). A fé do pagão ultrapassa a manifestada em Israel. A constatação da cura revela o poder vivificante e eficaz da palavra do Senhor (cf. v. 10).
Carlos Alberto Contieri, sj

ORAÇÃO

Pai,dá-me um coração misericordioso e humildade que me leve a compadecer-me do meu semelhante.

LEITURA

1Rs 8,41-43 e Gl 1,1-2.6-10

SALMO

Nações todas, dai glória ao Senhor!
Sl 117(116)

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