Blog Alma Missionária

Blog Alma Missionaria

domingo, 22 de dezembro de 2013

FORMAÇÕES

Imagem de Destaque

Qual o valor da mulher?

A mulher tem o papel de gerar vida
Eu faço parte das mulheres do século XXI e tenho convivido com os inúmeros conflitos e questionamentos que dizem respeito à mulher atualmente. Sinceramente, penso que nunca, em toda a história, nós tivemos tantas crises de identidade como hoje. Desde a Revolução Sexual, nos anos 60, a identidade e o lugar da mulher na sociedade são interrogados.

Qual o valor da mulher? Ela nasceu apenas para ser mãe e dona de casa? Ela tem os mesmos direitos que o homem? A mulher é proprietária do seu corpo e, por isso, tem direito de fazer dele o que desejar? 

Por outro lado, também são inquestionáveis as inúmeras conquistas femininas ao longo dos últimos séculos: o direito de votar, de participar ativamente na sociedade e no trabalho. É impossível não se lembrar da médica Zilda Arns, que trabalhou incansavelmente contra a mortalidade infantil e fundou a Pastoral da Criança e do Idoso. Com certeza, você também deve lembrar-se de outras grandes mulheres que fizeram a diferença na história do mundo. Hoje, elas já têm um vasto espaço conquistado e consolidado. Mas por que os conflitos continuam?

Em 1968, na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos da América, as mulheres queimaram seus sutiãs. Para elas, isso representou a "queima" da opressão feminina. Hoje, muitas continuam afirmando que otopless é uma maneira de serem livres e usarem do seu corpo como desejarem. Mas eu lhe pergunto: para você, isso é liberdade?

Entre a liberdade e a libertinagem existe um abismo. Sim, a Revolução Sexual trouxe um novo olhar sobre a mulher, mas trouxe também dilemas que tocam a própria dignidade humana. Usar a liberdade é o maior desafio existencial. Direito de ser mulher? Sim, é nosso direito assumir nosso ser feminino. Contudo, só quem sabe seus direitos é capaz de usá-los com a devida liberdade sem partir para a libertinagem. Quando somos libertinos, não há limites, tudo é válido e, por isso, não há mais o conceito de certo ou errado; qualquer coisa é relativa ou “normal”.

Relembro outra grande mulher dos nossos tempos, Madre Teresa de Calcutá. Ela ganhou o prêmio Nobel da Paz, teve reconhecidos seu valor e seu papel como mulher na sociedade, mas nunca precisou queimar o sutiã para mostrar sua dignidade. 


Explico-lhe, agora, o significado da palavra "dignidade" e a coloco no feminino. Segundo o dicionário, digna é aquela merecedora de elogios, honesta, honrada. Sinônimos para "digna" são: casta, correta, íntegra, imaculada. Quando nós deixamos de exercer a liberdade e passamos à libertinagem, ouso dizer que começamos a ser o antônimo de digna, ou seja, passamos a ser indignas, vis, inadequadas, inconvenientes, obscenas, indecentes, escandalosas, imorais, menosprezíveis, vergonhosas, baixas, pornôs (o dicionário relata 75 antônimos para digno). É o resultado do mau uso da dignidade, virtude a que somos chamadas a viver como mulheres.

Lutamos tanto para ser iguais aos homens, que esquecemos nossa feminilidade. Na Carta Apostólica Mulieris Dignitatem, João Paulo II escreve: "A mulher é forte pela consciência dessa missão, forte pelo fato de que Deus 'lhe confia o homem', sempre e em todos os casos, até nas condições de discriminação social em que ela se possa encontrar. Esta consciência e esta vocação fundamental falam à mulher da dignidade que ela recebe de Deus mesmo, e isto a torna 'forte' e consolida a sua vocação. Deste modo, a 'mulher perfeita' (cf. Prov 31, 10) torna-se um amparo insubstituível e uma fonte de força espiritual para os outros, que percebem as grandes energias do seu espírito. A estas 'mulheres perfeitas' muito devem as suas famílias e, por vezes, inteiras nações".  

A mulher tem o papel de gerar vida. Naturalmente, ela tem em si o dom da maternidade. Gerar vida e não morte; gerar alegria e não tristeza; gerar coragem e não medo; gerar união e não discórdia; gerar paz e não guerra; gerar amor e não o ódio.

Magda Ishikawa
Missionária da Comunidade Canção Nova

20/12/2013 - 08h00 

Nenhum comentário: