UNÇÃO, FUNÇÃO E MISSÃO
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Na vida, no lar, na política, na fé e nas empresas há ungidos, há missionários, há funcionários e há funcionários-missionários. Alguém pode exercer o múnus sem ser ungido e sem ter espírito missionário. Pode-se ter filhos e não sentir a missão de educá-los, pode-se entrar na política não por unção nem por missão e sim pelas vantagens da carreira e pode-se enveredar pela caminho da fé sem unção e sem assumir a missão.
Na vida, no lar, na política, na fé e nas empresas há ungidos, há missionários, há funcionários e há funcionários-missionários. Alguém pode exercer o múnus sem ser ungido e sem ter espírito missionário. Pode-se ter filhos e não sentir a missão de educá-los, pode-se entrar na política não por unção nem por missão e sim pelas vantagens da carreira e pode-se enveredar pela caminho da fé sem unção e sem assumir a missão.
Uma coisa é a função, outra a unção e outra a missão. Função supõe serviço e funcionamento, unção supõe entrega a uma causa e missão supõe o ato de sentir-se enviado. E é a falta dessas noções que tem levado muitos a fazer política sem vocação, fundar família sem vocação nem unção de pai e mãe e ser ordenado padre ou pastor ou tornar-se religioso sem realmente querer todas as conseqüências desta opção.
Pode acontecer e acontece a qualquer um. Entra-se com entusiasmo, e no decorrer dos acontecimentos vai-se o óleo da unção, o zelo da missão e fica apenas a função exercida sem amor algum pelos outros. Políticos, religiosos ou casais acabam desistindo de tudo ou levando a vida por levar porque para eles acabou a alegria, a unção e a missão.
Encontra-se vez por outro os que, nos hospitais, agem como meros funcionários. O doente é um mero detalhe. Não estão lá por causa dele. Mas encontra-se, e muito, a moça, o senhor, que junto com as irmãs que foram ungidas para esta missão agem como funcionários-missionários. Estão lá pelos enfermos. Medicina, farmácia e enfermagem para eles é um chamado. Sentem que Deus os quer lá.
Pode acontecer e acontece a qualquer um. Entra-se com entusiasmo, e no decorrer dos acontecimentos vai-se o óleo da unção, o zelo da missão e fica apenas a função exercida sem amor algum pelos outros. Políticos, religiosos ou casais acabam desistindo de tudo ou levando a vida por levar porque para eles acabou a alegria, a unção e a missão.
Encontra-se vez por outro os que, nos hospitais, agem como meros funcionários. O doente é um mero detalhe. Não estão lá por causa dele. Mas encontra-se, e muito, a moça, o senhor, que junto com as irmãs que foram ungidas para esta missão agem como funcionários-missionários. Estão lá pelos enfermos. Medicina, farmácia e enfermagem para eles é um chamado. Sentem que Deus os quer lá.
Quando grupos dedicados ao lucro ou políticos que precisam dar empregos se apossam de um hospital até ontem organizado e à duras custas mantido por pessoas ungidas, a diferença é brutal. Falta unção. Foi o que vi dias atrás quando visitei um hospital no qual cinco políticos da região tinham interesse. Separaram a pediatria deixando-a para as religiosas porque este setor não pode ser tocado por quem não tem unção nem missão. Assumiram as outras áreas. Mesmo com menos recursos para a maternidade e a pediatria era nítida a diferença entre as casas. É que com unção e em missão se operam-se milagres. Quando, porém, a casa vira cabide de empregos, e lá se colocam pessoas sem unção nem missão, a queixa dos pacientes é contundente: faltam coisas, falta aconchego e falta respeito: enfim, falta o essencial.
No caso das religiosas lembrei que foi sempre assim. Entramos com a unção, a função e a missão. A cidade se desenvolve, a região não mais precisa da abnegação missionária das irmãzinhas e lá se vai a Congregação para algum território pobre começar tudo de novo. Quando lá, tiverem feito milagres pelos pobres, ao chegar o progresso terão que partir porque também a saúde vira jogo econômico e político. Vi isso acontecer muitas vezes ao longo de minhas viagens. Unção, função e missão nem sempre andam juntas. Feliz da cidade onde funcionários se sentem ungidos e missionários. Lá o povo sofre menos.
No caso das religiosas lembrei que foi sempre assim. Entramos com a unção, a função e a missão. A cidade se desenvolve, a região não mais precisa da abnegação missionária das irmãzinhas e lá se vai a Congregação para algum território pobre começar tudo de novo. Quando lá, tiverem feito milagres pelos pobres, ao chegar o progresso terão que partir porque também a saúde vira jogo econômico e político. Vi isso acontecer muitas vezes ao longo de minhas viagens. Unção, função e missão nem sempre andam juntas. Feliz da cidade onde funcionários se sentem ungidos e missionários. Lá o povo sofre menos.
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