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| 23:59 - 04/08/2012 |
Cidade do Vaticano - Quando, no deserto, o povo judeu começou
a sentir fome e sede, pôs-se a lamentar-se, lembrando o
passado recente, no Egito, quando, apesar da escravidão,
estava sempre bem alimentado com muito pão e muita
panela cheia de carne.
Deus os ouviu e como Pai providente, saciou-os com maná
e codornas. Afinal fora Ele quem providenciara a libertação
do senhorio egípcio, do mesmo modo que havia, séculos
atrás, providenciado a ida e a ascensão de José, filho de
Jacó, ao posto de vice-rei daquela terra dos faraós.
Agora, ao ouvir este novo clamor de seu querido povo, o
Senhor fez coincidir as migrações daqueles pássaros com
a fome dos judeus, como também fez coincidir o goteja-
mento de um arbusto típico do deserto sinaítico com a
passagem do mesmo povo. Portanto, as aves e os pingos
açucarados, ou seja, o maná, atividade normal da natu-
reza naquele período, foram vistos e acolhidos pelos
judeus como milagre.
Deus não respondeu ao povo com recriminações e
castigos, mas ao contrário, dando alimento em abundância.
Por outro lado, Deus, como pedagogo, trabalhou o ponto
frágil do povo que era a confiança em Sua Providência. Os
israelitas deviam, a cada dia, esperar o alimento das
mãos de Deus. As aves deveriam ser abatidas; não era
possível criá-las e o maná, por sua vez, não podia ser
armazenado, pois se estragava. A cada dia dispunha de
alimento físico e também espiritual, isto é alimentar-se
de fé na Providência.
No Evangelho, Jesus proporcionou ao povo alimento em
abundância. Apenas viu frustrado seu objetivo, quando
alimentou o povo com peixes e pão. O Senhor desejava,
com esse sinal, mostrar o valor da partilha de todos os
bens, isto é, alimentá-los com o dom de serem
generosos, de partilharem seus bens, mas o povo
queria apenas o alimento perecível.
Jesus, então, alertou o povo dizendo: “Esforçai-vos
não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento
que permanece até a vida eterna, e que o Filho do
Homem vos dará.” O Senhor sabe que os alimentos
comuns - comida, viagens, estudos - nada nos satisfaz,
mas apenas Sua Palavra, que é Palavra de Vida. “Eu
sou o pão da vida. Quem vem a mim, não terá mais
fome; e quem crê em mim nunca mais terá sede.”
A segunda leitura se refere à nossa inconstância,
apesar do compromisso radical feito no Batismo.
Deveremos diariamente, possibilitar o crescimento
do homem novo, renovando nossa fé em Jesus,
buscando o alimento que não perece, confiando
sempre em sua Providência.
Se algo nos falta ou aos nossos irmãos, saibamos
que de há muito Deus providenciou, mas alguém o
subtraiu, não partilhando. A carência material de
alguns denuncia a pobreza espiritual de outros.
Fonte: Rádio Vaticano |
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