domingo, 24 de novembro de 2013
Os telefonemas e as cartas de Francisco
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco continua a surpreender com seus telefonemas e respostas de cartas inesperadas. Nesta semana telefonou para uma professora, para um pai de família e escreveu para uma criança, após ter ficar tocado com o que leu entre as milhares de correspondências que lhe são enviadas de todo o mundo semanalmente.
Uma entre estas tantas cartas, lhe foi enviada há cerca de um mês por Matteo Rinaldi, de 8 anos, da cidade de Foggia, sul da Itália. “Querido Papa Francisco, me chamo Matteo Rinaldi e sou uma criança de 8 anos, de Foggia. Você parece ser um Papa bom e gostaria de conhecer você, abraçar-te, e depois gostaria muito que conhecesses a minha cidade, Foggia”. Matteo, que freqüenta o 3º ano primário do Instituto Vittorino da Feltre, de Foggia, convidou o Papa para visitar os monumentos da sua cidade e sobretudo “comer a boa pizza que eu faço”. E acrescentou “Escute – querido Papa – eu sou um grande torcedor da Roma. E você, para qual time torces?”.
A resposta da Santa Sé não demorou muito. Menos de dez dias após, Matteo recebeu um envelope do Vaticano com as palavras do Santo Padre, que além de abraçá-lo, enviou sua bênção a ele e a sua família. O Papa também matou a curiosidade do garoto, dizendo-lhe que torce pro San Lorenzo, time da Argentina.
Outra criança que tocou o Papa Francisco com as palavras escritas numa carta foi o garoto Marcon, de 7 anos. Em uma carta entregue ao Pontífice por ocasião da visita a Assis, em 4 de outubro, pelos ‘escravos do comércio’ - que não querem passar a vida atrás de um balcão por um salário de miséria -, o garoto reclamou da ausência do pai, obrigado a trabalhar aos domingos: “Não quero crescer com os avós, ver as outras crianças que vão ao parque com os pais e tornar-me adulto sem a presença do pai e da mãe durante as festas”. O Pontífice, segundo relatou ‘A Tribuna de Treviso’, sentiu a necessidade de pegar o telefone e ligar para o pai de Marcon, expoente do “Movimento domingo não, obrigado!”.
Outro telefonema de Francisco que chamou a atenção nesta semana foi aquele feito à Irmã Teresa, religiosa do Instituto Filhas de Sant’Anna, em Casal di Príncipe, pequena cidade de Casertano, pátria do clã da camorra dos ‘casalesi’. A cidade está situada na chamada “Terra dos fogos”, situada entre Nápoles e Caserta, cuja terra está contaminada por lixo tóxico.
Nos meses passados, o Santo Padre havia recebido cartões postais, enviados por 150 mil residentes em Nápoles, Caserta e províncias próximas. Num dos postais, a irmã Teresa deixou uma mensagem pelos meninos que aparecem em fotos no colo de suas mães e o número do seu celular. O Papa Francisco ligou para a religiosa enquanto estava na sala de aula, com as suas crianças, na escola elementar e maternal do Instituto. Inicialmente ela pensou tratar-se uma brincadeira. Após acreditar tratar-se do Papa Francisco, a sala de aula transformou-se numa festa. Todos queriam saudá-lo. Francisco manifestou toda sua preocupação pelas crianças do território. (JE)
Rádio Vaticano
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