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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Redes sociais e pedofilia: cada vez mais fotos de crianças na internet

O que para você é uma inocente foto do seu filho, tirada na praia, para outros poderia representar um verdadeiro objeto erótico

@DR
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Um simples clique, uma imagem compartilhada, e então começa um pesadelo. O que para você é uma inocente foto do seu filho, tirada na praia, para outros poderia representar um verdadeiro objeto erótico.

Ouvimos cada vez mais o alarme da pornografia infantil, mas a geração 2.0 parece não se preocupar muito com seus hábitos e costumes.

Segundo um estudo inglês dirigido por um grupo de pesquisadores, parece que mais de 60% dos novos pais britânicos publica noFacebook fotografias dos seus filhos recém-nascidos quando estes têm menos de uma hora de vida – verdadeira delícia para os pedófilos e maníacos obcecados pela busca constante de fotografias infantis na internet.

"Não há nada de errado em compartilhar o rosto sorridente de uma criança – comenta Fortunato di Noto, fundador de uma associação italiana contra a pedofilia, ao jornal Live Sicilia Catania. O problema começa quando estas imagens são de crianças nuas ou nas quais seus filhos, recém-nascidos ou já um pouco maiores, fazem determinadas posturas. O pedófilo busca isso constantemente e, ao ver a fotografia da criança, crescerá nele o desejo sexual de possuí-la."

Praticamente todos os dispositivos tecnológicos atuais possuem touchscreen. Mas o que isso tem a ver com apornografia?

"Não só a visão, mas também o tato permite o aumento do prazer – continua Fornunato. As fotografias, além de ser vistas, contempladas, podem ser observadas com zoom, aumentando, com os dedos, determinadas áreas íntimas, e isso traz mais satisfação à obsessão do pedófilo."

Os números: segundo dados oferecidos pelo Facebook Itália, em 2012 eram 300 mil os menores de 13 anos que tinham um perfil nesta conhecida rede social – um número que só tende a crescer. Cerca de 99% dos jovens de 13 a 17 anos têm sua própria conta.

Como explica o chefe da polícia civil da Sicília, Marcello La Bella, "é preciso prestar mais atenção às redes sociais. Nem todo mundo sabe que, no Facebook, é preciso estar muito atentos na hora de criar uma conta, pois há vários direitos concedidos pelo usuário à sociedade e a terceiros". É uma distração que poderia sair cara.

Segundo dados da polícia civil, há um claro aumento dos casos vinculados ao uso ilegal da própria imagem, bem como os ligados ao chamado "roubo de identidade".

"Recebemos dezenas de casos na delegacia; uma imagem que circula online pode ser adquirida e usada por terceiros, sem que haja uma autorização prévia do legítimo titular – que, no caso dos menores, são os próprios pais. Isso é um abuso, uma violação penal contemplada pela lei de proteção ao menor", comenta La Bella.

O que fazer, então?

"Se alguém publica ou compartilha nossas fotos, podemos fazer uma denúncia", afirma. Este é um caminho longo e complicado, muitas vezes incapaz de eliminar toda mancha de violência sofrida pelo menor, que às vezes é vítima da obsessão do pedófilo, mas também da desatenção dos seus pais.

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