A nova Lei: Cristo Jesus que nos salva |
Estudos Bíblicos |
Sáb, 16 de Abril de 2011 23:54 |
Em Gl 2,16.19-21 São Paulo mostra aspectos essenciais da fé cristã:
“Sabendo que ninguém é justificado por observar a Lei de Moisés, mas por crer em Jesus Cristo, nós também abraçamos a fé em Jesus Cristo” – Esta é uma das convicções centrais do Apóstolo: o homem torna-se justo diante de Deus, torna-se amigo do Deus de Israel não por
cumprir a Lei de Moisés, mas pela fé em Jesus. A porta de acesso ao Pai não é o cumprimento dos preceitos legais do judaísmo, mas o acolhimento do Evangelho de Cristo com tudo que ele traz de exigência e de salvação. Exata “fé em Jesus” de que fala São Paulo não é um sentimento do tipo que se vê nas pregações das seitas protestantes, mas uma fé como adesão a Cristo e a tudo que ele significa: fé, batismo, vida cristã, eucaristia, boas obras nascidas do amor ao Senhor. Uma fé que seja simplesmente um “creio” sentimental não tem nenhum valor salvífico e nem mesmo pode ser chamada fé.
“Assim, somos justificados pela fé em Cristo e não pela prática da Lei, porque pela prática da Lei ninguém será justificado” – É importante compreender que São Paulo está rebatendo os cristãos judaizantes: aqueles que pensavam que o cristianismo seria apenas uma continuação do judaísmo – judeus que acreditavam em Jesus, mas tendo como centro de sua fé não o Evangelho de Cristo, mas a Lei de Moisés. São Paulo responde a tal visão afirmando que em Cristo, Deus cumpriu o que prometera na Lei, de modo que a esta já cumpriu seu papel.
“Aliás, foi em virtude da Lei que eu morri para a Lei, a fim de viver para Deus”. – Paulo superou a Lei de Moisés a abraçou o Cristo para cumprir a Lei, que prometia o Messias e já anunciava que ele estabeleceria uma nova Aliança, com uma nova lei, esculpida no coração e não em tábuas de pedra.
“Com Cristo, eu fui pregado na cruz. Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim. Esta minha vida presente na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho de Deus, que me amou a por mim se entregou” – A Lei, agora, já não é a de Moisés, mas a de Cristo: a lei daquele que deu a vida por amor e derramou no nosso coração o Espírito de amor. Na potência do Espírito, Cristo vive no cristão, vivificando-o, sustentando-o e dando um novo sentido à sua vida. A Lei para Paulo é o amor a Jesus e o amor de Jesus: Paulo em Jesus e Jesus em Paulo, unidos no Espírito, amor de Deus derramado no nosso coração.
“Eu não desprezo a graça de Deus. Ora, se a justiça vem pela Lei, então Cristo morreu inutilmente” – A santidade, a amizade com Deus vem por Jesus Cristo, pela adesão a ele, não pela Lei. Se viesse pela Lei, não haveria necessidade de Cristo: bastaria cumprir a Lei! A graça é graça, é presente de Deus e nos é dado por Jesus Cristo na sua cruz e ressurreição! Sem Cristo, o homem jamais seria justo diante de Deus, mesmo com todas as boas obras do mundo; só no Senhor Jesus a nossa justiça e salvação!
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