Blog Alma Missionária

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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

HOMILIA


Peçamos, hoje e sempre, um revigorar do dom da fé

Postado por: homilia

agosto 3rd, 2012
Irmãos e irmãs, no capítulo 13 do Evangelho de São Mateus, encontramosJesus Cristo em Sua plena atividade apostólica, a qual Ele estende para alocalidade de Nazaré, sua cidade e lugar escolhido pela Divina Providência paraa Sua vida oculta.
Ali, Cristo viveu e cresceu humanamente, cumprindo a vontade do Pai secretamente, em meio aos seus: “E Jesus ia crescendo em sabedoria,tamanho e graça diante de Deus e dos homens” (Lc 2,52). Embora o textosagrado correspondente ao Evangelho de hoje (cf. Mt 13,54-58) aparente umaadmiração daquele povo, inclusive dos familiares do próprio Jesus – ou seja,pessoas do seu clã -, eles desconheciam a origem da ação miraculosa e sábiado Nazareno: “De onde vêm essa sabedoria e esses milagres?” (Mt 13,54).
Nas entrelinhas, eles estavam testemunhando que a tradição religiosa e suasraízes culturais – tampouco a atividade laboral realizada na carpintaria – nãopoderiam servir como causa de tantas maravilhas na vida e na obra de Jesus, ou seja, de um concidadão.
De certa forma, podemos estar de acordo com as interrogações daquele povo.Mas existem causas profundas que o texto vai desvelando e que não podemosconcordar, caso queiramos ser os apóstolos dos tempos atuais. Vejamos:
Da parte de Jesus Cristo, Ele testemunhou que não negava em seu mistério eministérios as suas raízes religiosas, pois ensinava na sinagoga e sabiamenteacolheu a sua procedência, ainda que não fosse numa localidade louvada,como o mesmo evangelista deu a entender sobre a região, onde tambémestava Nazaré: Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, regiãoalém do Jordão, Galileia, entregue às nações pagãs! O povo que estava nastrevas viu uma grande luz, para os habitantes da região sombria da morteuma luz surgiu” (Mt 4,15).
Jesus sempre esteve no lugar certo e na hora certa, para iluminar e salvar… Mas houve aqueles que, em Nazaré, preferiram as trevas (a exemplo de muitosainda hoje). Uma reação que não correspondeu e nem está nos planos de Deuspara ninguém mas, nem por isso, estas atitudes são desconhecidas pela açãoda Palavra de Deus neste mundo: Ela estava no mundo, e o mundo não areconheceu. Ela veio para o que era seu, mas os seus não a acolheram” (Jo1,11).
Por isso, o último versículo do Evangelho de hoje é esclarecedor ao fornecer omotivo pelo qual Jesus havia se tornado um “escândalo”, uma pedra de tropeçopara aquele amado povo e não o orgulho da nação: E não fez ali muitosmilagres, por causa da incredulidade deles” (Mt 13,58).
De fato, em relação ao mistério e ministério do Verbo encarnado para asalvação dos povos e de cada um, passa ordinariamente pela resposta da  decada um. Uma verdade que a Igreja Católica e Apostólica pode constataratravés dos seus primeiros arautos, os quais não desistiram do anúncio, aindaque experimentando na própria pele o que significa ser profeta desvalorizado edesprezado pelos seus” (cf. Mt 13,57).
O exemplar São Paulo percebeu as consequências da incredulidade a nãopoupar nenhuma cultura ou nação: Pois tanto os judeus pedem sinais, comoos gregos buscam sabedoria. Nós, porém, proclamamos Cristo crucificado,escândalo para os judeus e loucura para os pagãos. Mas para os que sãochamados, tanto judeus como gregos, Cristo é poder de Deus e sabedoria deDeus” (1Cor 1,22-24). Isto também traz uma verdade subjacente: o dom da vem do Alto e não nasce naturalmente com cada pessoa. Não é fruto de umageração espontânea”. Fé, é antes de tudo, um dom da Misericórdia Divina. Aorigem é divina e a recepção é humana.
Por isso, neste tempo de Nova Evangelização, não podemos estranhar odesprezo de muitos e tampouco nos escandalizarmos com a incredulidade queainda existe no mundo atual. Mas que os apóstolos de hoje possam prosseguira missão segundo o zelo pela salvação das almas que ardia e – até o fim dos tempos - queima no Coração Sagrado e desprezado de Jesus Cristo, o qualsustenta o ministério apostólico de Sua Igreja, como fez com Paulo, o apóstolodas nações.
Peçamos hoje e sempre um revigorar do dom da  para todos os anunciadoresde Jesus Cristo, como Igreja enviada a uma Nova Evangelização, e umdespertar do mesmo dom aos batizados que não cultivam a fé.
Quanto aqueles que não possuem ainda a fé, ou a desprezaram por completo,não esqueçamos daquela atitude misericordiosa de Jesus Cristo, que não negouser de Nazaré e ali fez alguns milagres. Nesta reação de Cristo encontramostambém uma palavra de revelação da vontade do Pai das Misericórdias a todosos profetas que  experimentam o desprezo e a desvalorização por causa damissão cumprida nos tempos atuais.
Repito: para a Palavra de Deus, as piores reações humanas não são nemnovidade e muito menos desmotivação para a missão de salvar almas: Masnem todos obedeceram à Boa Nova, pois Isaías diz: ‘Senhor, quem acreditouem nossa pregação?’ Logo, a  vem pela pregação e a pregação, pela palavrade Cristo” (Rm 10,16).
Padre Fernando Santamaria
Comunidade Canção Nova

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