Blog Alma Missionária

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domingo, 1 de dezembro de 2013

Pascom Das Graças
Pascom Das Graças1 de dezembro de 2013 08:56
PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS DE ARARAQUARA

PALAVRA do PADRE
01/12 "Ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor!"
O novo Ano Litúrgico, que estamos iniciando hoje, ilumina este primeiro Domingo com duas palavras fortes: esperança e vigilância. Uma se remete a outra. A esperança mantém a vigilância acesa e, a vigilância ajuda-nos a não perder a esperança. Para nós, cristãos, a esperança é uma virtude, quer dizer, uma força espiritual. Por isso, ao falar de esperança, estamos no campo da espiritualidade cristã e, neste sentido, podemos dizer que a esperança é uma energia interior que nos impulsiona a viver, agindo e reagindo sem desanimar. Sejam quais forem as condições de vida, sejam as circunstâncias existências, graças a esperança, nós não desanimamos. Na 1ª leitura, o profeta Isaias está com o povo no exílio, longe de seu país e encoraja o povo com profecias de esperança dizendo: “acontecerá”. Não apenas propõe um acontecimento, mas garante com certeza que acontecerá, que será realidade o que ele profetiza. Mesmo passando por momentos difíceis, a esperança é a energia espiritual que não nos deixa desanimar.
Sendo uma energia espiritual, a esperança não é uma expectativa que criamos dentro e nós, nem um simples pensamento positivo. A diferença é que as expectativas são criadas em nossos projetos pessoais e necessitam de forças humanas e sociais para dar certo. Na expectativa nós fazemos previsões. Por exemplo: você cria a expectativa de que economizando uma quantidade X por mês, poderá comprar um carro novo, no final do ano. Mas, no decorrer do ano aparecem fatos que não estavam previstos e o seu plano não dá certo; as expectativas se frustraram. Então, por causa disso, você fica triste, resmunga, diz que nada dá certo para você... Ao contrário disso, mesmo fazendo expectativas, por causa da esperança — dessa energia espiritual que temos dentro de nós —, você não desanima e nem perde a serenidade. Claro que pode ficar chateado, triste, reclamar um pouco, mas você continua firme no seu trabalho, na sua proposta, porque está fortalecido pela esperança. Por isso, quem perde a esperança se candidata a viver depressivo.
O exemplo que eu trouxe é muito simples, mas ajuda a entender uma dimensão mais profunda da esperança cristã, que está relacionada com o sentido da vida e a finalidade de viver. Vivemos para Deus e esperamos nos encontrar com Deus, no final dos tempos. A questão de fundo é esta: qual o sentido e a finalidade de minha vida? Para que eu vivo? Jesus nos ensina que a vida tem sentido quando vivemos em Deus, quando buscamos a Deus, quando vamos ao encontro de Deus e quando nos deixamos tocar por Deus. Mas, como isso é possível nas condições da nossa sociedade, quando tudo conspira para se viver buscando o bem-estar social, a segurança econômica, buscar a riqueza, buscar um emprego estável... Aqui entra a esperança e a vigilância. O tempo que passa, na normalidade de nossas vidas, é o mesmo do tempo de Noé, dizia Jesus, no Evangelho: casamento, trabalho, comer, beber... fazemos as mesmas coisas que se faziam no tempo de Noé. E é ai que mora o perigo. Do ponto de vista espiritual, essa normalidade da vida pode nos conduzir ao comodismo espiritual; deixamos de buscar Deus e, em vez de caminhar nos caminhos que nos conduzem ao encontro do Senhor, caminhamos em outros caminhos. É aqui que entra a vigilância.
Papa Francisco tem falado e repetido a todos nós um pedido: “não deixem que vos roubem a esperança”. Não permitir que a esperança que existe em nós seja roubada. Por isso, é importante a vigilância. Viver vigiando, prestando atenção nas propostas de vida que nos conduzem a Deus ou naquelas que nos afastam de Deus. Existem ideologias e pensamentos sociais que vêm embrulhados em pacotes bem feitos e atraentes. Mas, cuidado; fique vigilante e se pergunte: eles nos atraem para Deus ou nos afastam de Deus? Estão de acordo com o projeto do Reino de Deus ou agridem o projeto do Reino? Paulo, na 2ª leitura, orienta-nos a viver honestamente. A viver acordados, para não se deixar envolver pela noite do mundo, que promete uma vida exterior fantástica, mas não garante nada interiormente. Por isso, mesmo parecendo que estamos perdendo tempo, que estamos vivendo fora da realidade, é preciso vigiar para não perder a esperança em Deus, vigiar para não trocar Deus por algum ídolo, que julgamos ser mais poderoso que ele. Para concluir, vale a advertência do Senhor: “ficai preparados! Porque na hora que menos pensais, o Filho do Homem virá”.
Abençoada semana!
Pe. Edson

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