Quarta-feira, 28 de novembro de 2012, 10h10
No diálogo inter-religioso, Igreja usa "armas de paz e perdão"
André Luiz
Da Redação
Arquivo
Dom Francesco é bispo na Diocese de Volta Redonda/Barra do Piraí e membro do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso
Criado em 1988 pelo Papa João Paulo II, o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso tem a missão de auxiliar o Santo Padre na promoção de relações de amizade com seguidores de religiões não-cristãs espalhadas por todo o mundo.
Dom Francesco Biasin, recentemente nomeado membro do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, acredita que a relação da Igreja Católica com religiões não-cristãs é boa. Para o bispo, não há maiores embates entre elas, mas sim, diálogos construtivos.
“A Igreja prefere continuamente um caminho de diálogo construtivo que favoreça a paz entre todos os povos, construída, inclusive através de um relacionamento amistoso,” disse.
Dom Francesco lembra que embora haja pessoas dispostas a construir a paz, ainda há fundamentalistas exacerbados. Neste caso é necessário um cuidado para que não haja conflitos, nem guerras, nem violência.
É preciso distiguir bem entre uma religião e quem as pratica, disse o bispo. Da mesma forma que existem extremistas nas Igrejas Cristãs, o mesmo acontece em outras religiões.
A mídia acompanha os recentes conflitos na Faixa de Gaza, entre o grupo palestino Hamas e as forças armadas de Israel. Estes conflitos não partem de todo o povo islâmico, mas de extremistas, o que acontece da mesma forma com Israel.
De acordo com Dom Francesco, a Igreja combate o extremismo com “armas de paz e de perdão". “Diante de situações de violência e de perseguição, por parte de extremistas, a Igreja procura ser prudente, manter sempre uma presença que não seja provocatória. E, quando ela mesma sofre violência e perseguição e no seus membros até a morte, a Igreja usa a arma de Jesus que é o perdão. Essa é a maneira que pode enfrentar situações limites,” disse o bispo.
Católicos e muçulmanos
Em mensagem para o encerramento do 8º Colóquio entre o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso e o Centro Islâmico para o Diálogo Inter-religioso, o Santo Padre pediu que se prosseguisse no caminho de diálogo autêntico e fecundo entre católicos e muçulmanos.
Dom Francesco acredita que o caminho para este diálogo autêntico e fecundo se dá no favorecimento das relações interpessoais com os representantes das religiões. Depois, seria importante reconduzir os diálogos aos textos sagrados, como a Bíblia e o Alcorão.
Um caminho para a boa relação
Para Dom Francesco, encontrar pontos comuns entre as religiões pode ser uma alternativa para crescer do diálogo inter-religioso.
Um ponto sugerido pelo bispo é a salvaguarda da obra da criação. “Todo esforço que as religiões fazem para guardar o meio ambiente, a casa do homem, é um esforço que une. Portanto, guardar a natureza é um ‘chão comum’ onde nós podemos trabalhar pacificamente.”
Outro ponto trata do reconhecimento de um “Pai comum”. “Pode se chamar com nomes diferentes, mas muitas religiões acreditam num ser subremo que criou todas as coisas por amor.”
Por fim, Dom Francesco sugere que as reflexões sejam feitas em torno da valorização da pessoa humana, por se tratar de um âmbito que muitas religiões conhecem e que pode ser aproveitado para se estabelecer uma boa relação.
Diálogo inter-religioso Paz extremistas islâmicos muçulmanos e católicos Dom Francesco noticias cancaonova Canção NovaDom Francesco Biasin, recentemente nomeado membro do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, acredita que a relação da Igreja Católica com religiões não-cristãs é boa. Para o bispo, não há maiores embates entre elas, mas sim, diálogos construtivos.
“A Igreja prefere continuamente um caminho de diálogo construtivo que favoreça a paz entre todos os povos, construída, inclusive através de um relacionamento amistoso,” disse.
Dom Francesco lembra que embora haja pessoas dispostas a construir a paz, ainda há fundamentalistas exacerbados. Neste caso é necessário um cuidado para que não haja conflitos, nem guerras, nem violência.
É preciso distiguir bem entre uma religião e quem as pratica, disse o bispo. Da mesma forma que existem extremistas nas Igrejas Cristãs, o mesmo acontece em outras religiões.
A mídia acompanha os recentes conflitos na Faixa de Gaza, entre o grupo palestino Hamas e as forças armadas de Israel. Estes conflitos não partem de todo o povo islâmico, mas de extremistas, o que acontece da mesma forma com Israel.
De acordo com Dom Francesco, a Igreja combate o extremismo com “armas de paz e de perdão". “Diante de situações de violência e de perseguição, por parte de extremistas, a Igreja procura ser prudente, manter sempre uma presença que não seja provocatória. E, quando ela mesma sofre violência e perseguição e no seus membros até a morte, a Igreja usa a arma de Jesus que é o perdão. Essa é a maneira que pode enfrentar situações limites,” disse o bispo.
Católicos e muçulmanos
Em mensagem para o encerramento do 8º Colóquio entre o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso e o Centro Islâmico para o Diálogo Inter-religioso, o Santo Padre pediu que se prosseguisse no caminho de diálogo autêntico e fecundo entre católicos e muçulmanos.
Dom Francesco acredita que o caminho para este diálogo autêntico e fecundo se dá no favorecimento das relações interpessoais com os representantes das religiões. Depois, seria importante reconduzir os diálogos aos textos sagrados, como a Bíblia e o Alcorão.
Um caminho para a boa relação
Para Dom Francesco, encontrar pontos comuns entre as religiões pode ser uma alternativa para crescer do diálogo inter-religioso.
Um ponto sugerido pelo bispo é a salvaguarda da obra da criação. “Todo esforço que as religiões fazem para guardar o meio ambiente, a casa do homem, é um esforço que une. Portanto, guardar a natureza é um ‘chão comum’ onde nós podemos trabalhar pacificamente.”
Outro ponto trata do reconhecimento de um “Pai comum”. “Pode se chamar com nomes diferentes, mas muitas religiões acreditam num ser subremo que criou todas as coisas por amor.”
Por fim, Dom Francesco sugere que as reflexões sejam feitas em torno da valorização da pessoa humana, por se tratar de um âmbito que muitas religiões conhecem e que pode ser aproveitado para se estabelecer uma boa relação.
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