ALTERIDADE E AUTORIDADE
São dois substantivos gêmeos. Perde autoridade quem não tem alteridade e demonstra falta de alteridade quem abusa da autoridade. Mais cedo ou mais tarde até os mais simples percebem que falta Deus na pessoa que escolhe demais a si mesma. Exagerado marketing e propaganda de si sob o pretexto de estar divulgando uma peça, uma canção ou uma obra, excesso de aparições na mídia pode apontar e aponta para uma forma errônea de espiritualidade. Se faltar simplicidade e desprendimento, será excesso de “eu”. Quem vive de lanterna em punho, mas não perde ocasião de mirá-la para o próprio rosto tem pouco de alteridade. Está mais para livros de autoajuda do que para os de alter-ajuda. Lembra o sujeito que, para cada laranja que dava para o grupo, ficava com cinco. Confundia armazenar com acumular.
Jesus combateu esta fé sem alteridade em doutrinas e parábolas como a dos homens de religião e o leigo samaritano ( Lc 10, 30-37); a do fariseu e do publicano ( Lc 18,10-14) e a do filho que foi embora do filho que ficou. Os homens de Deus afinal eram menos homens de Deus do que pareciam; o fariseu se achava mais crente do que o publicano. Um dos filhos não aceitava a autoridade do pai e foi ser livre de qualquer jeito; o filho bonzinho não aceitou o perdão ao irmão que pecara. ( Lc 15, 11-32 ) Na doutrina de Jesus o caminho espiritual de Jerusalém a Jericó oferece alguns tropeços…; o caminho da disciplina para a liberdade tem milhares de ciladas e o caminho da fé reserva surpresas. O mesmo Jesus afirma que alguns publicanos e prostitutas entrarão no céu antes de alguns piedosos e pomposos pregadores da fé. ( Mt 21,31) Aí, não! Aí Jesus foi longe demais!, dirão alguns desses puríssimos pregadores da verdade mais verdadeira!
Jesus não aceitava a fé fingida. E detalhou seu combate a esse tipo de fé desprovida de espiritualidade no capítulo 23 de Mateus. ( Mt 23,1- 39) Disse que quem a fingisse fé para ficarrico às custas dos fiéis pobres, ou fingisse orar longamente para se apossar “dos bens da viúvas” receberia punição maior. Deus reagiria! (Mc 12,40; Mt 23,14)
Você talvez tenha conhecido ou ouvido falar, nos últimos 50 anos, de alguns altruístas que tinham autoridade porque tinham alteridade, pessoas voltadas para o bem dos outros, nunca preocupadas consigo mesmas, defensoras dos pobres e oprimidos, praticantes de uma alteridade sincera, corajosa, honesta, incapazes de fazerem marketing de si mesmos. Promover uma ideia e um projeto, sim; um jeito de ser igreja, sim, mas promover-se, não!
Jesus aponta como modelos o pai que perdoou, o filho que se arrependeu, o publicano que pedia perdão, o samaritano que perdeu tempo para cuidar de um desconhecido vítima de assaltantes. Apontava como exemplo de falsa espiritualidade os dois homens de religião que nada fizeram pelo ferido; o fariseu que se gabava de ser bom dizimista, o filho bonzinho que ficou irado por ver que o pai perdoara seu irmão pecador. No contraste estava a doutrina. Ou praticamos a alteridade ou perderemos a autoridade!
Jesus combateu esta fé sem alteridade em doutrinas e parábolas como a dos homens de religião e o leigo samaritano ( Lc 10, 30-37); a do fariseu e do publicano ( Lc 18,10-14) e a do filho que foi embora do filho que ficou. Os homens de Deus afinal eram menos homens de Deus do que pareciam; o fariseu se achava mais crente do que o publicano. Um dos filhos não aceitava a autoridade do pai e foi ser livre de qualquer jeito; o filho bonzinho não aceitou o perdão ao irmão que pecara. ( Lc 15, 11-32 ) Na doutrina de Jesus o caminho espiritual de Jerusalém a Jericó oferece alguns tropeços…; o caminho da disciplina para a liberdade tem milhares de ciladas e o caminho da fé reserva surpresas. O mesmo Jesus afirma que alguns publicanos e prostitutas entrarão no céu antes de alguns piedosos e pomposos pregadores da fé. ( Mt 21,31) Aí, não! Aí Jesus foi longe demais!, dirão alguns desses puríssimos pregadores da verdade mais verdadeira!
Jesus não aceitava a fé fingida. E detalhou seu combate a esse tipo de fé desprovida de espiritualidade no capítulo 23 de Mateus. ( Mt 23,1- 39) Disse que quem a fingisse fé para ficarrico às custas dos fiéis pobres, ou fingisse orar longamente para se apossar “dos bens da viúvas” receberia punição maior. Deus reagiria! (Mc 12,40; Mt 23,14)
Você talvez tenha conhecido ou ouvido falar, nos últimos 50 anos, de alguns altruístas que tinham autoridade porque tinham alteridade, pessoas voltadas para o bem dos outros, nunca preocupadas consigo mesmas, defensoras dos pobres e oprimidos, praticantes de uma alteridade sincera, corajosa, honesta, incapazes de fazerem marketing de si mesmos. Promover uma ideia e um projeto, sim; um jeito de ser igreja, sim, mas promover-se, não!
Jesus aponta como modelos o pai que perdoou, o filho que se arrependeu, o publicano que pedia perdão, o samaritano que perdeu tempo para cuidar de um desconhecido vítima de assaltantes. Apontava como exemplo de falsa espiritualidade os dois homens de religião que nada fizeram pelo ferido; o fariseu que se gabava de ser bom dizimista, o filho bonzinho que ficou irado por ver que o pai perdoara seu irmão pecador. No contraste estava a doutrina. Ou praticamos a alteridade ou perderemos a autoridade!
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