Blog Alma Missionária

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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Perguntas e respostas sobre os fetos e embriões à Luz da Igreja Católica

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embriãoDando continuidade ao nosso estudo baseado na Cartilha de Bioética, distribuída aos peregrinos da JMJ – Rio de Janeiro 2013, quero repassar alguns dos questionamentos que normalmente são levantados sobre embriões e fetos. As respostas também aparecem na cartilha, porém elas vem com um “plus” bem característico do blog Dominus Vobiscum… :)
1. O embrião não é na verdade um aglomerado de células?
Assim como eu e você, o embrião possui um aglomerado de células. A questão é saber se este pequeno aglomerado de células é de fato um ser vivo. Ora, se você leu o texto A história de um pequeno ser humano sabe que a igreja à luz da biologia defende que o embrião é um ser vivo, pois consegue organizar-se de modo contínuo. Esta organização é tão intensa e perfeita, que quando o ovócito é penetrado pelo espermatozoide, este já orienta a posição do embrião dentro do ovo (cabeça, pés, etc).
Biologicamente falando, já na fecundação, o embrião desencadeia uma série de atividades relacionadas ao seu desenvolvimento (expressão de genomas, sínteses de proteínas, etc), além de produzir hormônios que interrompem o ciclo menstrual da mãe e começar a preparar os seios maternos.  Será que se o embrião fosse apenas um aglomerado de células ele teria a capacidade de fazer tudo isso?
2. Podemos dizer que o embrião é um ser humano desde a fecundação?
Sim podemos. Entenda que um homem e mulher (seres humanos), só podem conceber um outro ser humano. Além disso o embrião conta com todo um patrimônio genético que desde a fecundação lhe é passado. Este patrimônio é quem garante o ser humano ser o que é. Se a vida não começasse neste momento, não lhe valeria de nada toda carga genética que ela dispõe. No entanto a vida é fruto desta herança…
3. Tudo bem… o embrião é um ser humano. Mas será ele uma pessoa?
Bom, eu nunca conheci um ser humano que não fosse uma pessoa. Você conhece algum ser humano que não seja pessoa? A história diz que em um dado momento os negros não eram considerados pessoas e sinceramente isto é muito humilhante se olharmos com os olhos de hoje. Se a sociedade em que vivemos começar a definir que tipo de ser humano pode ser considerado ou não uma pessoa, aonde iremos parar?
4. Mas eu como católico não posso simplesmente ter uma opinião pessoal e considerar que o embrião não seja um ser humano?
Bom, poder você até pode. A questão é que se você considerar a opinião dos biólogos (cientistas que estudam a vida), fica difícil não aceitar o fato de que a fecundação não seja o ponto de partida de uma nova vida. Cientificamente falando, não existe experiência que mostre o contrário. Você pode até defender esta ideia usando como base ideias políticas e filosóficas, mas a ciência mostra que a vida começa na fecundação.
5. O que faz com que o embrião seja um ser humano?
Esta é uma pergunta que para ser respondida é necessário encontrar um ponto de partida. Um erro neste ponto de partida e todo caminho estará perdido. Não se pode definir um ser humano por ter essa ou aquela capacidade. Também não se pode definir o que é ou não humano em razão de suas performances. A definição de um ser humano se dá em função da sua natureza. A espécie humana traz todas as características biológicas definidas. Quem traz estas características ainda que de forma de desenvolvimento é considerado um ser humano. Em biologia estudamos os gêneros, classes, famílias e categorias. Tanto o embrião quanto o homem biologicamente desenvolvido tem as mesmas características. A diferença é que o homem (mulher) já tem características desenvolvidas, enquanto os embriões tem os mesmos traços em desenvolvimento.
6. Um embrião sente dor?
Antigamente a medicina afirmava que o feto sentia dor a partir do sexto mês. Hoje a ciência fala que a partir do segundo trimestre (4º mês) a criança sente dor. No entanto já existem estudos para verificar se antes disso existe dor para a criança, haja visto que o coração do embrião começa a bater a partir do 21º dia.
7. O embrião não é dependente da mãe? Se ele é dependente não seria então um ser humano!
Como todos os seres vivos o embrião precisa se desenvolver em um ambiente adequado. Todos os seres humanos são dependentes do meio ambiente para viver (precisamos de água, oxigênio, luz, calor). O adulto tem uma boa resistência a situações desfavoráveis. Mas o adolescente não. A criança menos ainda. E os bebês? Nem por isso o adulto, o adolescente, a criança e o bebê deixam de ser seres humanos. O fato da criança estar se desenvolvendo no útero materno não faz dele parte do corpo da mulher. Nenhuma célula da mulher contém os mesmos elementos genéticos do embrião, pois são seres humanos diferentes.
8. O embrião não parece em nada com um ser humano. Seria ele um ser humano então?
Não é apenas pela aparência que se reconhece o ser humano. Sabemos que a espécie humana comporta diversos estágios da vida, onde cada um deles conta com a sua aparência particular. O embrião, o bebê, a criança, o jovem, o adulto e o idoso são todos da espécie humana. O embrião é um ser humano com a aparência física própria da sua idade.
No próximo post continuamos… Dominus Vobiscum

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