DATAS COMEMORATIVAS
A organização bancária propriamente dita, com o objetivo do comércio de dinheiro, só surgiu no Brasil quando o país deixou de ser colônia, com a sua transformação em sede da monarquia portuguesa. Em 12 de outubro de 1808, instituiu-se o primeiro Banco do Brasil; em 1836, fundou-se o primeiro banco particular do país, o Banco Comercial do Ceará, na província do Ceará.
Desde 1857, havia divergências no Império sobre as posições a serem tomadas acerca da política econômica. O projeto de reforma bancária foi aprovado em 22 de agosto de 1860, com a promulgação da lei no 1.083.
A partir de 1860 (acentuando-se em 1864), uma legislação rigorosa e uma decidida execução governamental restauraram no país o sistema de unidade bancária de emissões. Nesse ano começava a guerra contra o Paraguai. Esse período, até 1869, contribuiu para aprofundar a crise na economia.
Entretanto, em 1922, já existiam em todo o Brasil 249 estabelecimentos bancários.
Em 1930, Getúlio Vargas instituiu o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, e a "lei dos dois terços", que obrigava todas as empresas estrangeiras, incluídos os bancos, a terem em seus estabelecimentos um mínimo de dois terços de empregados brasileiros.
Em 1932, começou o movimento dos bancários pela jornada de trabalho de seis horas, junto ao Ministério do Trabalho. Com a política de urbanização e industrialização no país, intensificou-se o crescimento da rede bancária.
No início do século XXI, após inúmeros ajustes estruturais no sistema político- econômico brasileiro, destacaram-se as globalizações do sistema financeiro internacional, o acirramento da concorrência internacional e nacional, as mudanças institucionais, os planos econômicos - particularmente, o Plano Cruzado e o Real - e, não menos importante, a redução do patamar da inflação.
O processo de globalização da economia mundial tem como uma de suas principais características a internacionalização do sistema financeiro. As decisões são tomadas em tempos cada vez menores, e a informação é a variável determinante.
Os bancos são a ponta-de-lança desse processo, arquivando, catalogando e processando informações, de modo a identificar as possibilidades de investimento para seus clientes. Por isso, é fundamental não só o acesso à informação, como também a capacidade de interpretá-la, visando satisfazer as necessidades dos clientes.
O bancário tradicional, que tinha como principal meio de trabalho a moeda, começa a ceder espaço para um novo profissional, que tem na informação sua principal ferramenta de trabalho. A mão-de-obra bancária está cada vez mais qualificada; alguns cargos, como os de escriturários e de chefias intermediárias, estão rapidamente sendo substituídos pelos serviços automatizados.
O processo de ajuste nos bancos tem sido doloroso para a categoria, marcado por demissão em massa de trabalhadores, intensificação do processo de trabalho, flexibilização da jornada e do salário. A perspectiva é que esse processo seja constante, exigindo a atualização permanente do bancário.
O movimento sindical pode ter um papel-chave nesse cenário, não só ao discutir a questão do emprego, mas também a da formação profissional, a da saúde do trabalhador, a da sua remuneração.
O Dia dos Bancários é comemorado em 28 de agosto, como lembrança da greve de 1951, ocasião em que a categoria colocou em xeque a Lei de Greve do presidente Dutra que, desde 1946, proibia greve em vários setores, incluídos os bancos.
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