Maria Simma e as almas do purgatório
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Queridos irmãos, queridas irmãs, a paz! Passaremos a publicar alguns relatos de Maria Simma, uma alma mística dos nossos dias que, durante quase toda a sua vida, teve – e ainda tem – um contato frequente com as almas do purgatório. O autor do livro, do qual esses relatos foram tirados, fez a seguinte declaração:
“Antes de decidir-me a editar este livro, quis verificar tudo com muito cuidado. Fui à cidade de Sonntag, na Groben Walsertal, Áustria, onde mora Maria Simma, e tive uma longa conversa com seu diretor espiritual, Padre Alfonse Matt. Este autorizou-me a publicar no livro, em versão resumida, o relatório sobre Maria Simma que ele havia dirigido ao bispo auxiliar. Pudemos também tirar fotocópias de um parecer que incluía um teste psicológico do Dr. Ewald Böhm, solicitado por um professor de teologia de Innsbruck. O importante, segundo esse parecer, é que, no caso Maria Simma, não se pode falar de qualquer traço de histeria, de psicopatia.”
Queridos irmãos, queridas irmãs, Maria Simma nasceu em 1915, tendo sido favorecida com um carisma que encontramos em algumas almas escolhidas, por exemplo, em Santa Faustina.Recentemente, a Ir. Emmanuel, que todos conhecemos, fez uma entrevista com ela e publicou um pequeno livro, ainda não traduzido para o português, mas que tive a oportunidade de adquirir em Medjugore. O Pe. Matteo La Grua também realizou uma longa entrevista com Maria Simma, e declarou que ela havia encontrado, “pouco a pouco, sob a guia do seu diretor espiritual, Pe. Alfonso Matt, a estrada da sua verdadeira vocação: o apostolado em favor das almas do purgatório”.
São João Maria Vianney declarou: “Se soubéssemos o poder que essas queridas almas têm sobre o coração de Deus, se soubéssemos as graças que podemos conseguir através de sua intercessão, elas não seriam tão esquecidas; é preciso rezar muito por elas, para que elas também rezem muito por nós”.
Passemos então a alguns trechos do relato entregue a seu bispo, Monsenhor Franz Tschann, bispo auxiliar de Feldkirch, pelo abade Alfonse Matt, pároco da vidente:
“Já desde criança, Maria Simma ajudava as almas, através de orações e indulgências que ganhava para elas (Nota: os grifos são meus). A partir de 1940, algumas almas do purgatório vieram pedir-lhe o auxílio de suas orações. Em 1953, dia de Todos os Santos, começou sua ajuda às almas pelos sofrimentos expiatórios. As expiações são tão duras quanto o purgatório. E foi preciso todo seu espírito de sacrifício e a consciência dos votos que fez de aceitar voluntariamente sofrer pelos outros.
Em agosto de 1954, começou uma nova maneira de ajudar as almas: manifestou-se a ela um certo Paul Gisinger, de Goblach, pedindo que seus sete filhos (dos quais indicou os nomes) dessem por ele 100 schilings às Missões e mandassem celebrar duas missas, mediante às quais ele seria salvo. Em outubro, repetiram-se, por 42 vezes, pedidos de menores ou maiores contribuições às Missões, honorários de missas ou reza de terços. Todas essas almas manifestaram-se pessoal e espontaneamente, sem que Maria as tivesse questionado.
Em outubro e novembro, até o dia da Imaculada Conceição, vieram, todas as noites, almas pelas quais devia rezar ou sofrer. No começo, ela mesma devia fazer todas as orações. Quando, porém, os pedidos se tornaram muito numerosos, foi-lhe permitido solicitar a ajuda de outras pessoas dispostas a rezar conscienciosamente. Para os padres que se manifestavam, era preciso que os pedidos de orações fossem atendidos por padres.
As almas do purgatório aparecem sob diferentes formas e maneiras. Algumas batem à porta, outras surgem de repente. Algumas aparecem sob forma humana, visível e clara, como durante a vida terrena, na maioria das vezes com roupas de todo dia; outras ainda sob uma forma vaga; almas que têm pesadas penas a pagar dão uma horrível impressão.
Quanto mais purificadas pelos sofrimentos, mais radiosas e afáveis se tornam. Muitas vezes, contam como pecaram e como escaparam do inferno pela misericórdia de Deus. E, não raro, acrescentam ensinamentos e advertências.
Em outros casos, Maria Simma sente que elas estão presentes e tem necessidade de rezar e sofrer por elas. Na quaresma, certas almas só se manifestam através de sofrimentos que Maria Simma tem que suportar à noite ou durante o dia.
Maria Simma distingue claramente aquilo que lhe aparece em sonho daquilo que lhe acontece em vigília. As almas do purgatório a acordam, dirigem-lhe a palavra, veem a ela com seus sofrimentos. Não raro, deve sofrer durante o dia, em seu trabalho e afazeres. A prova de que não se trata de doenças comuns é que esses sofrimentos, que lhe são às vezes anunciados, cessam imediatamente uma vez decorrido o número de horas fixadas.
Desejou-se muitas vezes que Maria Simma fosse observada durante a noite, sem que ela o percebesse, para ver se existia realmente ‘alguma coisa’. Foi o que fizeram por curiosidade alguns meninos, julgando tratar-se de impostura: F.N., A.N., W.B., E.B., W.B. e, em parte, a menina K.B.. Por duas noites, antes da festa da Imaculada Conceição, em 1954, eles subiram por uma escada até a jardineira diante da janela aberta de seu quarto. Ouviram como Maria Simma, em seu sofrimento, gemia e chorava; viram-na pegar o lenço para enxugar as lágrimas; ouviram-na falar com as almas do purgatório, fazer-lhes perguntas e tomar notas. Das almas, os observadores nada viram, nem ouviram. Mas, desde então, cessaram de zombar e rir das aparições das almas do purgatório. Tornaram-se refletidas. O mais velho dos meninos me contou suas impressões e observações. Maria Simma soube, por uma alma do purgatório, que havia sido observada durante duas noites, mas que o fato havia sido proveitoso para os ‘espiões’.” (a ser continuado)
Fonte: Maria Simma, Segredos revelados pelas almas do Purgatório, Associação Maria Porta do Céu.
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