DATAS COMEMORATIVAS
Os antigos e complicados sistemas tarifários, foram, então, substituídos por uma tarifa única, em todo o território da Grã-Bretanha, ou por uma tarifa especial, caso a carta tivesse peso maior que o normal ou se destinasse ao exterior. O pagamento antecipado da tarifa mediante a aplicação de um pequeno recibo de papel gomado sobre os objetos confiados ao correio representou um sistema tão simples e inovador, que se manteve até hoje.
A reforma postal iniciou-se quando seu precursor, o inglês Rowland Hill, presenciou a chegada de uma diligência do correio e a distribuição da correspondência, quando estava numa hospedaria rural. O carteiro entregou uma carta a uma jovem camareira que, depois de olhá-la e revirá-la, devolveu-a sem a abrir, dizendo que não tinha dinheiro para pagar a tarifa. Gentilmente, Hill pagou a importância ao carteiro e para sua surpresa, ouviu a moça dizer que o dinheiro havia sido gasto inutilmente, pois ela já sabia tudo o que o irmão queria dizer-lhe: alguns sinais que ele havia colocado sobre o envelope permitiam-lhe saber que o remetente estava bem de saúde, sentia saudades e esperava revê-la em breve. Hill percebeu por meio desse episódio, que a reforma dos correios era indispensável, pois o sistema de pagar pelas cartas ao recebê-las estava ultrapassado e trazia prejuízos aos cofres do Estado.
Apresentou, então, um projeto em 1837, com o título de Post Office Reform, que foi aprovado em 1840, depois de muito esforço.
Criou-se, a partir daí, o primeiro selo. A primeira emissão foi dedicada à rainha Vitória, cuja efígie foi elaborada por meio de uma medalha cunhada pelo artista William Wyon. O artista Edward Henry Courbould reproduziu-a em aquarela, que depois foi impressa. Nasceu, assim, o penny black, juntamente com o selo de serviço, o two pence azul, com a sigla V.R. (Victoria Regina) no lugar das cruzes-de-malta.
O Brasil foi o segundo país do mundo e o primeiro das Américas a emitir selos adesivos postais, ao criar o famoso olho-de-boi, emitido em 1°. de agosto de 1843, no valor de 30, 60 e 90 réis. Daí por diante, todos os países civilizados passaram a empregar a selagem postal.
Posteriormente, surgiu a filatelia, que é o estudo do conjunto de selos, carimbos, franquias e chancela mecânicas, folhas comemorativas etc., que permitem que se observe a evolução, o desenvolvimento e os usos dos correios. Os interessados nesse estudo, assim como os colecionadores, são conhecidos como filatelistas.
Atualmente, os selos exigem muita paciência e talento para serem criados, constituindo verdadeiras obras de arte. Os correios estabelecem os temas, depois a Comissão Filatélica decide se o selo será ou não lançado. Em caso positivo, o tema é encomendado a um artista, que produz o selo e o submete à aprovação do Departamento de Filatelia. Caso seja aprovado é enviado à Casa da Moeda, para ser impresso. Finalmente, vai para os guichês de vendas das agências dos Correios.
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