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“Mulher, grande é tua fé”Depois da discussão com os fariseus acerca do descanso sabático (15,1-9) e a instrução às multidões sobre o puro e o impuro, e também aos discípulos, Jesus vai para a região de Tiro e de Sidônia, região pagã. Quem diz pagão, diz impuro.
Assim como os discípulos, que na barca ameaçada pelas ondas e pelo vento contrário gritam de medo, e Pedro, que grita: “Senhor, salva-me!” (14,30), a mulher grita: “Senhor, filho de Davi, tem compaixão de mim” (v. 22). O seu grito é uma profissão de fé no Messias, descendente de Davi. A razão de sua súplica veemente é sua filha “atormentada por um demônio”. Jesus nada diz – silencia. Silencia de admiração? De reflexão? O silêncio de Jesus deixo espaço para a intervenção dos discípulos, que desejam que Jesus a dispense, pois gritava atrás deles. A resposta de Jesus é coerente com as instruções do discurso sobre a missão. Mas, aqui, não é senão um recurso que valoriza a fé da cananeia, que continua a gritar: “Senhor, socorre-me!” (v. 25).
Jesus admirou-se da fé dela: “Mulher, grande é tua fé” (v. 28). Ao contrário de Nazaré, protótipo da rejeição de Israel, onde Jesus não pôde realizar muitos milagres por causa da incredulidade dos nazarenos, a fé da mulher permite a Jesus realiza o que ela suplica. A fé abre para os pagãos as portas do Reino dos céus. É a fé que permite à mulher cananeia ver e reconhecer Jesus como Messias de todos os povos.
Carlos Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Senhor Jesus, tira de mim todo preconceito que me impede de aceitar que muitas pessoas marginalizadas possam ter uma fé verdadeira em ti.LEITURA
Nm 13,1-2.25–14,1.26-30.34-35SALMO
Lembra-te de mim, Senhor, pelo amor do teu povo!Sl 106(105)
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