Blog Alma Missionária

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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Catequese
Justificação e Libertação
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: John Nascimento
Transmissão: Rogério Hirota
Diz o Catecismo da Igreja Católica :
1992 . - A justificação foi-nos merecida pela Paixão de Cristo, que na Cruz Se ofereceu como hóstia vivam santa e agradável a deus, e cujo Sangue se tornou instrumento de propiciação para os pecados de todos os homens. A jstificação é concedida pelo Baptismo, sacramento da fá. Conforma-nos à justiça de Deus, que nos torna interiormente justos pelo poer da sua misericórdia. E tem por fim a glória de Deus, e o dom da vida eterna.
JUSTIFICAÇÃO ! e Libertação
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Filho, lembra-te que recebeste os teus benefícios durante a vida, tal como Lázaro os infortúnios. E agora aqui, ele é consolado, ao passo que tu és atormentado.
A JUSTIFICAÇÃO é o processo pelo qual o pecador se torna reabilitado, puro e santo perante Deus.
Primária e simplesmente a Justificação, no conceito teológico cristão é a posse da graça santificante.
Todavia antes desta posse se completar, é necessário o Baptismo, o qual supõe a fé e a aceitação das consequências dessa mesma fé.
Assim o disse o Concílio de Trento :
- "A fé é o princípio da salvação do homem, o fundamento e a raiz de toda a Justificação; sem ela (a fé) é impossível agradar a Deus e obter a amizade de Deus com os Seus filhos".(Ses.III-8).
E o Catecismo da Igreja Católica, diz :
1266. - A Santíssima Trindade confere ao baptizado a graça santificante, a graça da justificação, que :
- o torna capaz de crer em Deus, esperar n'Ele e O amar, pelas virtudes teologais;
- lhe dá poder de viver e agir sob a moção e pelos dons do Espírito Santo;
- lhe permite crescer no bem, pelas virtudes morais.
Na Tradição Católica a Justificação considera-se como vinda da fé em Cristo e das boas obras da vida, vivida em resposta ao convite de Deus para crer.
Contra a doutrina clássica de Lutero, a Fé Católica mantém que a fé sem obras não é suficiente para obter o mérito da Justificação, porque as boas obras mostram o nosso desejo de cooperar com as iniciativas da graça.
A doutrina Católica rejeita qualquer noção de que a Justificação nos venha por um simples acto interior ou uma disposição íntima, mas também objecta que seja uma mera acção praticada sem uma disposição interior de fé, esperança e caridade.
O que é necessário para a salvação é a fé que se manifesta por actos exteriores os quais significam a fé interior, e assentam na Ressurreição de Cristo.
Diz o Catecismo da Igreja Católica :
654 . - Existe um duplo aspecto no mistério pascal; pela sua Ressurreição, abre-nos o acesso a uma nova vida. Esta é, antes de mais, a justificação, que nos repõe a graça de Deus, «para que, assim como Cristo ressuscitou dos motos(...) também nós vivamos uma vida nova»(Rom.6,4)...
Mas esta Justificação, para quem cometeu o pecado grave, não se pode realizar senão através do Sacramento da Penitência (Acto penitencial), como diz o Catecismo da Igreja Católica :
1446. - Cristo instituiu o sacramento da Penitência para todos os membros pecadores da sua Igreja, antes de mais para aqueles que, depois do Baptismo, caíram em pecado grave e assim perderam a graça baptismal e feriram a comunidade eclesial. É a eles que o sacramento da penitência oferece uma nova possibilidade de se converterem e reencontrarem a graça da justificação...
Desde que uma pessoa exista concretamente no Universo, torna-se necessário para a salvação que ocorreu objectiva e historicamente, que essa pessoa responda também, histórica e objectivamente a esse dom da salvação.
Uma vez que a pessoa humana é um corpo com uma alma tem que haver uma relação dialógica entre a pessoa e o mundo.
As obras são necessárias para a fé simplesmente porque elas realizam um acto pelo qual aceitam o dom da salvação que é necessário para a Justificação.
Essas obras são claramente exigidas no Novo Testamento para a união com Cristo, segundo as Suas parábolas, como a do Bom Samaritano, a do Pobre Lázaro e o Rico Avarento, e outras.
O verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que trabalha na vinha, o que cava a terra e o que prega a Boa Nova, segundo o plano da História da Salvação..
A Parábola do Pobre Lázaro e do Rico Avarento, é assim um protótipo da Justificação, a qual distingue as acções que condenaram o Rico Avarento, contra a situação de vida do Pobre Lázaro, pelo que o seu destino eterno foi diferente e, entre um e o outro, nem sequer é possível qualquer comunicação :
- "Além de tudo isto, entre nós e vós estabeleceu-se um abismo tão grande que não poderiam os que desejassem, nem passar daqui para junto de vós, nem atravessar daí para junto de nós".
Para além disso, está bem claro que é nesta vida que as nossas acções nos podem condenar ou justificar :
- «Rogo-te que mandes Lázaro à minha casa paterna, pois tenho cinco irmãos. Que ele os previna, para não virem ter também a este lugar de tormentos.» Disse-lhe Abraão : «Têm Moisés e os profetas. Que os oiçam».(Evangelho).
Portanto, a Justificação vem pela fé e pelas obras praticadas na vida.
Esta é a doutrina da Igreja católica, para os católicos, mas que por vezes parece que incomoda outras facções religiosas que têm e apregoam as suas ideias aos seus adeptos, o que nós compreendemos perfeitamente, em virtude da liberdade religiosa.
Por isso não vale a pena atirar pedradas aos católicos, porque nem nós estamos dispostos a mudar de religião nem os outros estão também dispostos a virar para o catolicismo.
Mas podemos ser amigos, respeitando cada um a religião do outro e Deus dará a cada um o que merecer.
A Igreja nos vai acompanhando e guiando com a Liturgia da Palavra de cada Domingo, para a prática das boas obras que, com a fé, nos hão-de garantir a nossa Justificação.

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