A Realeza de Maria
A realeza pode ser entendida tanto em sentido próprio como em sentido análogo. Em sentido análogo, refere-se à superioridade em relação aos demais membros de uma classe. P. ex.: Pelé é o rei do futebol; já em sentido próprio, é entendida como a dignidade suprema conferida a alguém, compreendendo o exercício de autoridade sobre os demais membros do corpo social.
Assim, a realeza é exercida pelo rei ou pela rainha, sendo compartilhada a sua dignidade com a rainha consorte ou com a sua mãe. Sendo Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo (conforme proclamação do Papa Pio XI na encíclica Quas primas), devido à sua preeminência em relação a todas as criaturas e ao seu poder sobre todas as coisas, Maria também merece tal distinção por ser sua Mãe.
Este título é conferido a ela também em sentido metafórico e estrito. Por sua santidade, Maria é a criatura mais favorecida por Deus, tendo recebido em plenitude todos os privilégios concedidos aos santos. Em sentido estrito, a Virgem é rainha do Reino de Cristo. Suas prerrogativas decorrem do reino de seu Filho, superando em dignidade todas as rainhas terrenas, pois origina-se do lugar especial ocupado por Maria no plano de redenção da humanidade.
Esta realeza é acima de tudo espiritual (não apenas, mas principalmente), pois o próprio Cristo afirmou que Seu reino não era deste mundo, e não pode ser compreendida senão a partir do reinado de Nosso Senhor.
Salve Regina!
Fonte: Mariologia. Ed.: Biblioteca de Autores Cristãos. Madri: 1964.
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