Blog Alma Missionária

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sábado, 6 de julho de 2013

Procissoes
Fonte: site Apologetica catolica

A própria palavra de Deus nos apresenta a arca da aliança, revestida de ouro, com querubins (imagens) e levada em procissão.
“Josué disse ao povo, santificai-vos, porque amanhã o Senhor operará no meio de vós coisas maravilhosas. Depois falou aos sacerdotes: Tomai a Arca da Aliança e ide adiante do povo. Eles tomaram a Arca da Aliança e caminharam à testa do povo” (Josué 3,5-6)
“ O povo dobrou suas tendas e dispunha-se a passar o Jordão, tendo diante de si os sacerdotes que marchavam diante do povo levando a arca” (Josué 3,14)
“No momento em que os portadores da arca chegaram ao rio e os sacerdotes mergulharam os seus pés na beira do rio, o Jordão estava transbordante e inundava as sus margens durante todo o tempo da ceifa” (Josué 3,15)
“ Os sacerdotes que levavam a Arca da Aliança do Senhor, conservavam-se de pé sobre o leito seco do Jordão, enquanto que todo o Israel passava a pé enxuto. E ali permaneceram até que todos passassem para a outra margem” (Josué 3,17)
“Josué convocou os doze homens escolhidos, um por tribo, entre os filhos de Israel. E disse-lhes: Ide adiante da Arca DO Senhor, vosso Deus, ao meio do Jordão, e cada um de vós; segundo o número das tribos de Israel, carregue uma pedra no seu ombro” (Josué 4,4-5)
“Pôs também Josué outras doze pedras no leito do Jordão, no lugar onde estiveram parados os pés dos sacerdotes que levaram a Arca da Aliança. E elas estão ali ainda hoje. Os sacerdotes que levavam a Arca permaneceram de pé no meio do leito do Jordão até que se cumpriu tudo o que o Senhor tinha ordenado a Josué que dissesse ao povo, segundo as ordens que lhe deu Moisés. O povo apressou-se a atravessar o rio”. Logo que todos passaram, a Arca do Senhor e os sacerdotes puseram-se de novo à frente do povo” (Josué 4,9-11)
“O Senhor disse a Josué: Ordena aos sacerdotes, que levam a Arca do testemunho, que saiam do Jordão. Josué ordenou-lhes “Sai do Jordão”. E os sacerdotes, que levavam a Arca da Aliança do Senhor, tendo deixado o leito do rio, ao pisarem seus pés a terra firme, as águas do Jordão retomaram seu lugar e correram caudalosas como antes” (Josué 4,15-18)
“Colocarás a tampa sobre a Arca e porás dentro da Arca o testemunho que eu te der. Ali virei contigo ter contigo, e é de cima da tampa, do meio dos querubins que estão sobre a Arca da Aliança, que te darei todas as minhas ordens para os Israelitas” (Êxodo 25,21-22)
“A arca do senhor deu uma volta à cidade e, retornaram ao acampamento para ali passar a noite. Josué levantou-se muito cedo e os sacerdotes levaram a arca do senhor. Os sete sacerdotes, levando as sete trombetas retumbantes, marchavam diante da arca do senhor, tocando a trombeta durante a marcha. Os guerreiros precediam-no, e à retaguarda seguia a arca do senhor. E ouvia-se o retinar da trombeta durante a marcha”. (Josué 6,11-13)
“Partiram da montanha do senhor e caminharam três dias. Durante esses três dias de marcha, a arca da aliança do senhor os precedia, para lhes escolher um lugar de repouso. A nuvem do senhor estava sobre eles de dia, quando partiam do acampamento”. (Números 10,33-34)
“Sete sacerdotes, tocando sete trombetas, irão adiante da arca. No sétimo dia dareis sete vezes volta à cidade, tocando os sacerdotes a trombeta”. (Josué 6,4)
“Dando ao povo esta ordem: Quando virdes a arca da aliança do Senhor, vosso Deus, levada pelos sacerdotes, filhos de Levi, deixarei vosso acampamento e vos poreis em marcha, seguindo-a.” (Josué 3,3)
“Marcharam os guerreiros diante dos sacerdotes que tocavam a trombeta, e a retaguarda seguia a arca, e durante toda a marcha ouvi-se o retinir das trombetas” (Josué 6,9)
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Vemos claramente com a Bíblia nas mãos, que a arca da aliança, com seus querubins (anjos de ouro), não foi somente colocada num lugar de honra e destaque, onde se celebrava o culto, mas também levada pelos sacerdotes, solenemente, em procissão, dando voltas pela cidade, tocando trombetas.

O fato de uma Imagem ser carregada em procissão igualmente não configura “Idolatria”
Ora, se carregar um objeto em procissão fosse “Idolatria” como se afirma no Protestantismo, teríamos necessariamente que considerar inclusive o Povo de Deus como “Idólatra”. Afinal, também o povo de Deus fez procissões, carregando como objeto de Culto a Arca da Aliança. E isso é narrado diversas vezes no Antigo Testamento: (Ex 25,18) (Números 10,33-34) (Josué 3,3) (Josué 6,4) (Josué 6,9) etc.
Esta procissão, conduzindo inclusive imagens de Querubins, estabelecida por Deus na Bíblia, não é igual a uma procissão qualquer com “...imagens de esculturas feitas de madeira e rogando ao falso Deus que não pode salvar” (Isaías 45,20).
Repare bem: as Procissões que levam imagens dos heróis da fé não são imagens de Deuses, porém não tem como ser Idolatria. Também não é feito nenhum sacrifício a esses Santos, e Heróis da fé. Enquanto os Pagãos: Eles já carregavam suas imagens, considerando-as como Deuses e fazendo sacrifícios. Veja a diferença das duas procissões:
O Católico carrega a Imagem de pessoas virtuosas já falecidas com a mesma “audácia” dos Judeus ao carregarem a venerável Arca da Aliança.
Ainda hoje realizam-se procissões, caminhadas de louvor a Deus pelos santos da igreja, cujas imagens dos santos, a exemplo dos querubins, para lembrar-nos os heróis do cristianismo. Será isso idolatria?


Qual a origem da Procissão? Qual seu significado teologico?
Fonte: El Teologo responde
Autor: Responde el Pe. Miguel Ángel Fuentes, I.V.E.
Tradução: Rogério SacroSancttus

Pergunta:
Estimado Padre:
Estou fazendo uma tese de graduação optando por licenciatura de Comunicação Social o tema é procissão da sexta-feira santa: seminologia e historia.
É um tema muito interessante já que trata de subtemas como religiosidade popular, confrarias e irmandades, etc. Sem me alongar, não tenho encontrado algum dado bibliografico sobre a historia a nivel mundial e o significado dela.
Agradeceria muito se pudesse me ajudar a respeito de: Qual a origem da Procissão? Qual seu significado teologico? Qual a relação identidade-religião nela?
Muito obrigado
Francia Oblitas
Resposta:
Estimada
As procissões como rito religioso, quer dizer, como uma manifestação de culto publico a divindade, se encontra em todos os povos e religiões. Como ato de culto se celebravam também no Antigo Testamento. A Igreja adaptou e incorporou esta tradição religiosa natural e expontânea ao culto cristão, depurando-a e reservando-a para algumas ocasiões especiais. No código de direito canônico se encontra uma espécie de definição:
" Sob o nome das sagradas procissões se entende as solenidades rogativas que faz o povo fiel, conduzido pelo clero, indo ordenadamente de um lugar sagrado a outro lugar sagrado, para promover a devoção dos fiéis,para comemorar os benefícios de Deus e dar-lhe graças ou para implorar o auxílio de Deus" (canon 1290,1)
As procissões dos cultos pagãos eram, em geral, muito frequentada. Se davam tanto em religiões mistericas como nas religiões étnico-politicas ou nacionais. No Antigo Testamento, ao menos uma duzia de salmos fazem referência a uma procissão ou peregrinação. Também se pode ver em: 2 Sam 6,1ss e 1 Cro 16 aonde se descrevem solenes pompas, com cantos de salmos e grande júbilo do povo, que celebravam o translado da Arca da Aliança, e também em 1 Re 8 e 2 Cro 5. Os judeus realizavam procissões para Pascoa, Pentecostes e para a festa dos Tabernáculos, e se dirigiam a Jerusalém.
Nos primeiros séculos da era cristã foi muito comúm ver os cristãos reunidos, ainda no tempo da perseguição, para levar em procissão o corpo dos mártires até o lugar de seu sepulcro, assim é descrito nas Atas dos martirios de São Cipriano e de outros mais. Logo os fiéis começaram a frequentar em peregrinação os lugares santos: Belém, Jerusalém, etc. (existem testemunhos explicitos ja no seculo III) e também iam de diversas partes para visitar, em Roma, os sepulcros de São Pedro e São Paulo e os cemitérios dos mártires, na Ásia Menor, na Santa Terra; em Nola, em São Féliz e assim em muitos lugares mais. Dado a paz aos Cristãos por Constantino, surgiram outras formas processionais. Em Roma as procissões das "Estações" aonde o Papa celebrava a liturgia com grandes solenidades. Em Jerusalém, a peregrina Eteria fala de como toda a comunidade, nos dias citados (como Domingo de Ramos por exemplo) marchavam em procissão a um dos Lugares Santos (Calvário, Monte das Oliveiras,etc.) para comemorar um acontecimento da salvação e celebrar depois a Eucaristia. E assim existem inúmeros testemunhos desde os primeiros séculos cristão o costume de celebrar procissões.
Na Idade Media continuou a prática de celebrar procissões publicas. Os protestantes atacaram fortemente este costume, por isso o Concilio de Trento aprovou tão louvável costume. Depois de Trento, os papas tem mandado celebrar em diversas ocasiões procissões publicas.
Quanto ao sentido e valor das procissões temos que ter em conta que a Igreja nesta terra é um povo imenso que avança em procissão a Cidade Eterna, a Jerusalém Celestial (Ap 7,1-12). Assim pois, as procisões tem um alto significado de antecipar simbolicamente o mistério ultimo da Igreja que é a peregrinação até o céu. Alem disso, são atos de culto publico a Deus, que ao mesmo tempo leva consigo um carater de proclamação e manisfetação externa e publica da fé. E com tudo isso ajuda na oração e os desejos de melhor seguir adiante. A proibição das procissões tem sido sempre um dos episódios tristes e caracteristico da luta contra o cristianismo e a Igreja.

Para una nueva consulta: teologoresponde@ive.org



Significado das procissões

Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: Con. Vidigal
Transmissão: Vicente Gargiulo

Mariana (MG), 16/6/2004 - 08:30

Rito religioso, as procissões têm um simbolismo profundo. Trata-se de uma caminhada de oração que reforça o sentido comunitário entre os fiéis. O caminhar daqueles que rezam é um cerimonial imponente em honra de Cristo, sua mãe ou de algum santo protetor. Representa, além disto, a caminhada do ser racional rumo à Casa do Pai.

Todo homem é um viandante neste mundo, transeunte nesta terra em busca da Jerusalém celeste. Há ainda nas procissões o caráter penitencial não apenas no esforço físico daquela marcha processional, mas ainda no fundo de cada coração através do arrependimento pelas faltas cometidas e do desejo de purificação.
A procissão tem o mérito de afastar toda discriminação, pois, também nela, pobres e ricos se irmanam num mesmo objetivo, numa mesma prece, numa mesma fé. Cada um com seu problema pessoal, mas todos unidos na busca de uma solução divina para suas necessidades. Peregrinos nesta terra, todos, no dizer de Santo Agostinho, somos "mendigos de Deus" e, lá no céu, os nossos antepassados na crença se tornam poderosos intercessores, cuja benevolência se quer atrair através de uma demonstração pública de sua santidade e valimento.
No Antigo Testamento encontramos momentos singulares nos quais se deram famosos cortejos. A marcha do êxodo foi a procissão por excelência. Lemos nos primeiros capítulos do livro dos Números como o próprio Deus ordenou o modo como se devia realizar tais séqüitos. O livro de Esdras também se refere a caminhadas do povo de Deus (Esd 1,8-11;3,3-6). Nem se pode se esquecer da tomada de Jericó (Js 6,1-6), do transporte da Arca para Jerusalém (2 Sm 6,12-19), da procissão de Neemias (Ne 12,27-43), da procissão de Judite (Jt 15,12-16).
No Evangelho vemos a apoteótica procissão que foi a entrada de Jesus em Jerusalém, descrita com entusiasmo pelos evangelistas. No cristianismo merecem atenção especial as procissões que comemoram os mitérios cristológicos e, depois, as devocionais em honra de Nossa Senhora e dos santos.
Para atingirem seu objetivo religioso as procissões devem ser cultos profundamente teológicos, testemunhando uma fé autêntica, longe de qualquer tipo de superstição. O cortejo em si não atrai os favores celestes, mas sim o espírito religioso que anima cada fiel no seu decurso. No caso dos santos qualquer laivo de lenda deve ser afastado, de tal forma que, sejam evitados elementos espúrios que possam ter, através do tempo, contaminado uma religiosidade esclarecida e conducente ao mistério salvífico.
O culto de dulia cumpre seja sempre distinto de qualquer manifestação que pudesse parecer idolatria, sabedor o fiel de que somente se adora a Deus e que apenas Jesus é o único salvador. O culto das imagens é preservado nas procissões. No século VIII as forças do mal se uniram para destruir tão salutar demonstração de piedade. O imperador-soldado Leão III (717-741), chamado o Isáurico abriu luta contra as imagens em Constantinopla, hoje dita Istambul. Mandou retirar ou cobrir todas as imagens. O campeão da ortodoxia foi João Damasceno, monge no convento de São Sabas, próximo de Jerusalém. Em desacordo com a heresia iconoclasta, a combateu em diversas obras.
Citava São Basílio, bispo de Cesaréia: "A veneração prestada à imagem transita para o protótipo". Explicava: "Como nem todos têm conhecimento das letras nem tempo para ler, pareceu aos Padres que certas façanhas notáveis devessem ser representada em imagens que delas seriam uma breve recordação", ou seja, a imagem é a Bíblia dos iletrados.
Entretanto, que os cristãos mais instruídos compreenderam que contemplar a figura de um santo era um incentivo à imitação e mais um canal de bênçãos celestes. Assim, até os papas sempre veneraram os notáveis discípulos de Jesus, como o sábio João Paulo II que já visitou inúmeros santuários de Maria e dos Santos. O sétimo concílio ecumênico de Nicéia em 787 declarou que se podia e se devia tributar um culto de devota veneração com lâmpadas, incenso e prostrações à Santa Cruz, às imagens de Cristo, da Virgem, dos Anjos e dos Santos, pois essa veneração é dirigida ao protótipo mesmo, isto, é à pessoa representada. Adoração, firmaram os padres conciliares, só a Deus.
É de notar que no Oriente, no século IX a imperatriz Teodora, ante novo surto iconoclasta, repôs o culto das imagens num sínodo reunido em Constantinopla em 843. Como perene recordação daquele faustoso evento foi instituída a "grande festa da ortodoxia", que é celebrada antes do primeiro domingo da quaresma. Esta festa se dá até nossos dias na Igreja grega. Veneremos, pois, as imagens dos nossos santos e façamos das procissões em sua honra um momento de intensa reflexão bíblica, valorizando, porém, sobretudo as procissões eucarísticas!

Fonte: Font, Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho







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