| |
Jovens, Cristo não nos tira nada; Ele nos dá tudo Padre Adriano Zandoná Foto: Robson Siqueira/Cancaonova.com Hoje, vamos refletir, juntos, o tema do acampamento: 'Gente do bem. Deus faz, Deus junta'. Eu tenho certeza que o Senhor pode fazer uma obra nova na nossa vida; assim, também acredito que Ele pode juntar todas as partes dentro de nós. Ele vai juntar as nossas partes e vai integrar o todo da nossa vida para que sejamos pessoas do bem. Você acredita que existam pessoas que fazem o bem? Eu tenho certeza que você também acredita no bem e, se está unido conosco, é porque você acredita neste bem. Nós somos templos do Espírito Santo, consequentemente, existe, dentro de nós, a força de Deus. O ser humano é fundamentalmente bom, porque foi criado à imagem e semelhança do Senhor. Além deste bem, que é o Paráclito, existe também uma má tendência dentro de nós, por isso vivemos uma batalha entre o bem e o mal. Papa Paulo VI já falava da batalha que vivemos. Segundo ele, nós estamos em um constante campo de batalhas; e até quando dormimos essa batalha continua. Eu aprendi com o monsenhor Jonas Abib e com o Dunga que, quando acordamos, precisamos dizer: "Bom dia! O que vamos fazer juntos hoje Espírito Santo?". A partir do momento em que começarmos a confiar em nós mesmos e não em Deus, nós começaremos a perder esta luta; por isso, para sermos 'gente do bem' precisamos estar confiantes em Deus. Em um campo de batalha, você não pode dormir no ponto, porque, se não, leva um tiro. Então, acorde para esta realidade que nós estamos em batalha. "Tudo me é perdido, mas nem tudo me convém". Precisamos ter uma atitude de reflexão e repensar a nossa vida, porque é na conversão e na calma que está a nossa salvação. Eu digo isso, porque estamos diante de uma geração profundamente ansiosa e agitada. Muitas vezes, nós fazemos escolhas erradas, das quais nos arrependemos depois. Meu irmão e minha irmã, permita-me dizer que erramos, porque somos ansiosos e refletimos pouco na hora de tomar uma decisão. É na conversão, na calma e na reflexão que encontramos a nossa salvação. Deus nos pede para sairmos do ativismo da nossa vida e da agitação para escutá-Lo e repensar a sua vida. Deus o trouxe aqui, neste PHN, para que você possa escutá-Lo; portanto, em meios às suas atividades, não deixe de rezar. “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma” (ICoríntios 6,12).A palavra 'escravizar' é muito forte, mas posso lhe dizer, com propriedade, que a escravidão ainda existe, porque há muitos jovens escravos da pornografia, da bebida, das droga e da prostituição. São raras as famílias que não têm alguém que esteja envolvido nas drogas, porque, se não existe na sua família, você também conhece alguém que viva isso. Quantas formas de escravidão existem hoje? Quantos jovens vivem sendo escravos de um relacionamento? Faça uma reflexão e olhe para sua vida e para o seu coração, identifique o que o escraviza e de quais realidades Deus precisa libertá-lo. Quantos jovens são escravizados? Falar de escravidão é falar de liberdade; assim, vamos meditar as palavras do Papa Francisco do último domingo. "Jesus não quer cristãos egoístas que seguem o próprio 'eu' e não falam com Deus, nem cristãos fracos, sem vontade, cristãos 'telecomandados', incapazes de criatividade, que buscam sempre conectar-se com a vontade do outro e não são livres. Jesus nos quer livres, e essa liberdade acontece no diálogo com Ele por meio da própria consciência. Se um cristão não sabe falar com Deus, não sabe senti-Lo na própria consciência, não é livre". O Papa Francisco está dizendo que só é livre, verdadeiramente, aquele que mantém um diálogo com o Senhor. Quantas pessoas e jovens não têm iniciativa, hoje, porque estão escravos e se alienam entregando sua personalidade? Uma das realidade que escravizam os jovens, hoje, é a mentalidade de viver sem a presença do Pai. Há jovens, por aí, achando que 'Ser de Deus' é coisa de beata. Como é bom ver jovens na Igreja! Quando encontro com eles, faço questão de cumprimentá-los, porque ser de Deus é bom. Não tenha medo de ser um jovem da Igreja, portanto não tenha receio de viver o PHN. É bom fazer a vontade de Deus, mas, infelizmente, muitas pessoas acham que ser de Deus é um peso. O Senhor é realmente o que precisamos para sermos felizes! Devemos abrir os olhos para o banquete maravilhoso que Deus preparou para nós! O laxismo é esta mentalidade de fazer o quer e na hora quer. Hoje em dia, existem muitos jovens perdidos, porque não têm raízes, princípios e valores. Uma casa sem raiz é uma casa que qualquer vento derruba. Quem faz o que quer vai para onde não quer e colhe as coisas que não deseja. 'As maiores formas de escravidão estão no coração', disse padre Adriano. Foto: Robson Siqueira/Cancaonova.com Quantas pessoas fazem más escolhas! Principalmente os jovens; e colocam a culpa em Deus. Muitas pessoas não querem a liberdade, porque 'ser livre' é assumir responsabilidades. Muitas vezes, a juventude fica acomodada. Liberdade é sinônimo de Jesus Cristo, e Ele é sinônimo de liberdade; portanto, não podemos nos deixar escravizar. Muitas pessoas não têm paciência de repartir com os outros um pouco da sua vida. As pessoas acham que estão no centro do universo e pensam muito no 'eu', por isso muitos relacionamentos e pastorais estão acabando, pois as pessoas se esquecem do 'nós'. A nossa vida exige muito do nosso tempo, e as pessoas se perdem, porque se esquecem de priorizar o essencial. Portanto, pai e mãe, há coisas que só vocês podem fazer pelo seu filho; e caso não seja feito, vai gerar neles um vazio muito grande. Quantos se sentem machucados pelas feridas emocionais, porque as pessoas que mais amam e estão próximos deles são capazes de gerar estas feridas! Você já parou para pensar quantas feridas nós trazemos no coração? Por isso ninguém quer parar para refletir e acaba fugindo por medo de enfrentar a própria a vida. As maiores formas de escravidão estão no coração. Muitas vezes, queremos combater o vício, mas não sabemos quais feridas levaram a pessoa àquela escravidão. Devemos nos deixar ser amados pelos nossos familiares. O amor da família é capaz de retirar qualquer pessoa do inferno que esteja vivendo. Nós só somos amados quando nos abrimos para viver este amor. Fechar-se é sinônimo de ser infeliz, porque a felicidade não está no que você tem, mas no fato de amar e ser amado. Amor atrai amor. A partir do momento em que você começar a amar, vai encontrar um ambiente amoroso ao seu redor. Depende da sua fé e da sua luta, porque sempre é possível mudar e construir a sua felicidade. As pessoas só mudam de vida quando se sentem valorizadas e amadas. Como está seu relacionamento com seus familiares? Nossas famílias precisam voltar ao diálogo, sentarem-se juntas em volta da mesa. Uma pessoa vazia e carente é uma presa fácil para o adultério, para as drogas, a prostituição etc. O vazio de afeto e carinho é o que leva os jovens para a drogas, para o adultérios e os roubos; assim, é preciso voltar a conversar em casa. Jesus Cristo quer nos libertar de todo o cativeiro emocional e afetivo que nos faz cair em tantos vícios. Para encerrar nossa meditação, vamos refletir o Youcat no artigo 290:"Como nos ajuda Deus a sermos pessoas livres? Cristo quer 'libertar-nos para a liberdade' (Gn 5,1) e tornar-nos capazes do amor fraterno. Para isso, Ele concede-nos o Espírito Santo, que nos torna livres e independentes das forças mundanas, fortalecendo-nos para uma vida de amor e responsabilidade. [1739 -1742, 1748] Quanto mais pecamos, mais pensamos apenas em nós e mais dificilmente podemos nos desenvolver como pessoas livres. No pecado, tornamo-nos também inaptos para fazer o bem e viver o amor. O Espírito Santo, que mergulhou no nosso coração, concede-nos um coração cheio de amor a Deus e a todas as pessoas. Compreendemos o Espírito Santo com uma força que nos leva à liberdade interior, abrindo-nos ao amor e fazendo de nós instrumentos cada vez melhores do bem e do amor. Trascrição e adaptação: Alessandra Borges Assista um trecho desta pregação: -------------------------------------------------------------- Adriano Zandoná |
domingo, 7 de julho de 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário