Blog Alma Missionária

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quinta-feira, 7 de março de 2013


segunda-feira, 4 de março de 2013

Catequese e Juventude.



Estamos em plena Quaresma, tempo no qual somos convidados a olharmos para além de nossas fraquezas e incoerências com a certeza que após a entrega total de Jesus na cruz, no primeiro dia da semana, vamos mais uma vez fazer a experiência do túmulo vazio, pois Aquele que Vive e quer que todos tenham Vida Plena, não está mais entre os mortos: Ressuscitou!
Tenho certeza que a proposta de reflexão da Campanha da Fraternidade deste ano não está deixando as nossas Comunidades indiferentes ao tema da Juventude. É de grande importância podermos acreditar que também os jovens de hoje podem encontrar em Jesus Cristo a motivação principal de suas vidas, podem se inserir na Igreja como protagonistas que interagem com todos e nela têm condição de crescer na fé e que podem viver e testemunhar um jeito justo e fraterno de viver em qualquer ambiente que venham a frequentar.
Mas para se chegar a essa realidade, sinal da experiência da ressurreição, será necessário que nossas Comunidades estejam fazendo uma séria reflexão, a partir do material da CF-2013 e enfrentando os muitos questionamentos e desafios que nele são levantados.
Um primeiro problema é a nova realidade desse mundo em mudança que deixa a maioria de nós perplexos, mas que é vivida com grande naturalidade por nossos adolescentes e jovens. Parece que enquanto fazemos a experiência da cruz, achando que “este mundo de hoje não tem mais jeito”, que “está tudo perdido”, a juventude tenta nos mostrar que um outro modo de viver é possível.
Diante desta realidade é possível se comportar de vários modos. Por exemplo, podemos ter atitudes de imobilismo, ficando parados em nosso canto, sem saber o que fazer, da mesma forma que os apóstolos ficaram, após a crucifixão e sepultamento de Jesus. Ou, podemos ainda, tentar fazer alguma coisa, mesmo sem saber bem o que, e utilizando as ferramentas que conhecemos, assim como fizeram aquelas mulheres que de madrugada, com seus perfumes, tentaram fazer as últimas homenagens a Jesus morto.
Chegou o primeiro dia da semana e a novidade do túmulo vazio provoca profundas reflexões e novas atitudes: choca (ficaram sem saber o que estava acontecendo), questiona (“Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está aqui! Ressuscitou!”), mostra a inutilidade de nossas ultrapassadas ferramentas (os perfumes para embalsamar não servem mais, por isso as mulheres voltaram do túmulo, e foram anunciar a todos o que viram) e nos desinstala de nossos imobilismos (Pedro levantou-se, correu para o túmulo e fez a experiência da novidade).
Também a realidade juvenil do mundo de hoje está exigindo de nós profundas reflexões e atitudes novas. O próprio Texto Base da CF-2013 nos lembra que é necessário fazer acontecer de verdade um eficaz processo de Iniciação à Vida Cristã de nossos jovens e que seja assumido em parceria com os mais variados setores de cada Comunidade. Cabe a todos nós fazer acontecer a chegada desse “novo primeiro dia da semana”!

A Palavra de Deus provoca conversão: convido você leitor a dedicar um tempo para ler o texto bíblico proposto para a Vigília Pascal deste ano: Lc 24,1-12. Leia com calma, preste atenção e responda: Depois da experiência traumática da morte de Jesus, os apóstolos ficaram escondidos e as mulheres foram até o túmulo; diante da realidade do mundo de hoje qual dessas atitudes eu normalmente assumo? Sei reconhecer quando minhas ferramentas estão ultrapassadas? Onde procuro Jesus, num passado que já cumpriu a sua missão ou na novidade da Vida que Ele nos propõe hoje? Além da juventude, não seria hora de questionar em nossa Igreja como deve ser vivido o protagonismo das mulheres, destacado de forma tão evidente neste trecho do Evangelho? O que você, catequista, tem ensinado aos seus catequizandos sobre esse assunto?

Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C

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