A Semana Santa
Celebrando os últimos dias de Nosso Salvador na terra...
A primeira Semana Santa foi a semana mais importante da vida de
Jesus, e é o tempo mais importante da vida cristã: deve ser uma semana
de oração e meditação nos eventos da Paixão de Nosso Senhor, e termina
coroada com a grande alegria da festa da Ressurreição, a Páscoa.
Toda a paixão de Cristo ocorre em Jerusalém e arredores (aprox. ano 30),
durante a semana da Páscoa Judaica (março/abril). Jerusalém estava
lotada de peregrinos. Israel se encontrava dominada por Roma. Seu governador
era Pôncio Pilatos, e o legislador/sumo-sacerdote era Caifás, com o Conselho
dos 70 Anciãos. Na Galiléia, o rei era Herodes. Jesus de Nazaré, que por
três anos pregou o Reino de Deus, operou milagres e foi proclamado Filho
de Deus, crescia em popularidade, de tal forma que os sacerdotes judaicos
viram nele uma ameaça à sua autoridade. A ressurreição de Lázaro fez com
que muitas pessoas acreditassem em Jesus: os líderes judeus planejavam
matar Lázaro e também Jesus: assim acabariam com o surgimento de uma
possível revolta. Mas como estavam sujeitos aos romanos, apenas o imperador
de Roma possuía autoridade para condenar alguém à morte. Com a páscoa judaica,
surgia a oportunidade. Nessas circunstâncias começava a Semana Santa...
O Domingo de Ramos
Jesus sabe do perigo, mas não se esconde. Manhã de domingo , com os
peregrinos chegando a Jerusalém, saiu de Betânia pela estrada principal.
Enviou discípulos a buscarem um jumento, para com ele entrar em Jerusalém,
como se preparasse uma celebração. Seus seguidores, entusiasmados, mobilizaram
uma procissão triunfal! Vitorioso, Nosso Senhor entrou na cidade Santa.
Hosana! Grande momento: nosso Cristo proclamou seu Reino! Uma grande
exaltação tomou conta da cidade! No fim do dia, Jesus avisou sobre a sua
morte: “Ainda um pouco a Luz está entre vocês. Andem enquanto ainda possuem
a Luz, pois a escuridão não os alcançará”. Era o crepúsculo da Luz do Mundo.
Quinta-Feira Santa
Dia de preparação para a páscoa judaica. Jesus está em Betânia para a ceia pascal.
Se encontra com os discípulos ao anoitecer. Durante a celebração, lava os pés
de seus discípulos, numa demonstração de humildade sem igual. Próximo
ao final da ceia, Judas, o traidor, se retira. Nosso Senhor, então, instituiu o
Santo Sacrifício da Eucaristia em sua memória eterna. Em sua última pregação,
deixou seu Mandamento maior: amor incondicional. Indo ao Getsêmani, nos jardins
começou a sua agonia.
Sexta-Feira da Paixão
o acompanharam ao jardim. Judas e os soldados se aproximavam para
prendê-lo: era “a hora das trevas”. Na madrugada foi levado à casa de Anás,
para um interrogatório preliminar, onde foi humilhado e agredido. Depois
foi levado ao sumo-sacerdote Caifás. Este, com membros do Conselho (Sanhedrin
ou Sinédrio), pressionaram Jesus antes do julgamento que estava por vir.
Já amanhecia quando todo o Conselho se reuniu em seção extraordinária.
Houve testemunhos falsos e contraditórios.
O sumo-sacerdote então perguntou a Jesus se ele era o Messias, o Filho de Deus.
Nosso Senhor respondeu: “Eu o sou, e vereis o Filho do homem assentado
à direita do poder de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu...” - Todos gritaram
que isto era blasfêmia, e que por isso ele merecia a morte. Terminou o
julgamento religioso. Durante todas essas audiências, e no intervalo entre elas,
Nosso Senhor foi insultado e agredido pelos guardas. Pedro o negou e se
arrependeu. Judas, após ouvir a sentença de morte, suicidou-se. Por volta das
7 da manhã, Pôncio Pilatos ouviu as acusações políticas contra Jesus.
Não vendo culpa nele, enviou-o a Herodes, que o mandou de volta vestido
num manto de escárnio. Pilatos tentou libertar Jesus, mas foi forçado a libertar
Barrabás. Ainda tentou salvar Jesus, enviando-o para ser açoitado, e
apresentou-o ao povo, numa tentativa de aplacar sua sede de sangue. Mas
eles ainda queriam condenar o Cristo, pedindo a crucifixão. Pilatos então
lavou suas mãos, e o entregou para que fosse crucificado. Espancado,
massacrado e flagelado, Jesus carregou a sua própria cruz pelo caminho
até o Gólgota, e lá, foi pregado a ela, com grossos cravos, e levantado entre
dois criminosos. Ainda pedia perdão para seus carrascos. Por volta das três
da tarde, entregou seu espírito ao Pai. O corpo foi retirado e colocado num
sepulcro cavado na rocha, pertencente a José de Arimatéia.
A Crucificação
método oriental, muito cruel. A ideia era humilhar e assassinar o condenado
em público, da forma mais terrível possível: deveria ser um macabro espetáculo.
O condenado era açoitado para aparentar seu sofrimento; atravessava a cidade
com o motivo de sua condenação escrito, para todos verem. O local da execução
era público: próximo aos portões da cidade ou no monte, como lição para
todos. Quando fixado à cruz por pregos e/ou cordas, o condenado era elevado.
Os pés deveriam ficar ao nível das cabeças dos transeuntes. Nessas condições
aguardava a morte, ouvindo insultos e escárnios. Foi dessa maneira que Jesus
foi preso, condenado e executado; - por nossos pecados.
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