Blog Alma Missionária

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sábado, 2 de fevereiro de 2013


Gostar de mim no fundo do poço, cabeça a mil, coração a zero,
e ainda ser capaz de ouvir e respeitar as referências do meu próprio corpo,
como um amigo fiel, atento e carinhoso. Amar-me é descobrir que eu sou eu e o outro é o outro.

As vezes gostar de mim é um desafio,
uma prova de fogo que revela que eu realmente me amo ou finjo amar-me. Gostar de mim quando erro, quando fracasso, quando não dou conta,
quando não faço bem feito e ainda encontro quem me critique ou zombe de mim por eu ter sido apenas o que eu sou: limitado, vulnerável, imperfeito, humano.

Não é preciso que eu me justifique com você a todo momento, buscando a tua aprovação para o que eu faço e para o modo como eu estou fazendo: amar é reconhecer e aceitar as nossas diferenças e me amar é dar-me o direito de ser diferente.

Ainda que às vezes isso represente ser rejeitado por você. Amar é dar a mim o que é meu para dar a você o que é teu.
Para lhe dizer "Eu te amo" devo aprender a dizer-me "Eu me amo".
Do contrário meu amor por você é apenas uma desculpa, um artifício para conservá-lo na minha coleção de objetos úteis.

Antes de você, existe eu, sem que isso signifique presunção da minha parte ou menosprezo pela tua pessoa. E embora eu me sinta muito feliz com a tua presença, antes de estar com você,
estou comigo, não lá num lugar imaginário de encontro, mas aqui.
Não ontem ou amanhã, mas agora.


Gerldo Eustáquio de souza

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