Blog Alma Missionária

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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013


10º Dia De Meditação Da Paixão De Cristo – REI DOS JUDEUS

10º dia de meditação da Paixão de Cristo – REI DOS JUDEUS
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10 – REI DOS JUDEUS

Levaram Jesus manietado à presença de Pilatos, que já sabia do caso. Era muito cedo (Jo) quando os judeus chegaram ao pretório; e tinham pressa de acabar, pois era a Parasceve, o dia de preparação da Páscoa.
São João diz-nos também que os judeus não entraram no pretório para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa. Pilatos, condescendendo com esse costume, saiu ao encontro deles e perguntou-lhes qual era a acusação que traziam acerca daquele homem. E os judeus, incomodados pela atitude reticente do procurador, responderam-lhe: Se este não fosse um malfeitor, não o teríamos entregue a ti. Pilatos, na opinião deles, devia confirmar o que o Sinédrio já tinha sentenciado. Apenas isso. Na realidade, não queriam um novo processo. Mas o procurador romano não estava disposto a envolver-se num assunto que já se previa apressado e faccioso. E devolveu o réu aos que o haviam trazido: Tomai-o vós e julgai-o segundo a vossa lei, disse-lhes.
Mas os judeus, dando por assente a culpabilidade do réu, pretendiam implicar o poder romano numa sentença de morte. Assim evitaram o risco de provocar um tumulto entre o povo, onde Jesus tinha tantos partidários. Ao mesmo tempo, queriam uma morte na cruz, que trazia consigo uma especial difamação do réu e muito mais publicidade. Tinham um grande interesse em que o povo compreendesse que Jesus era um falso Messias, como tanto outros. Isso era tão importante como a sua morte. E para levarem a cabo o seu propósito, pediam um processo rápido, montado sobre umas acusações diferentes daquelas pelas quais eles O tinham condenado.
Começaram então a acusá-Lo: Temos visto este homem concitando o povo à revolta e proibindo que se pague o tributo a César; e diz que é o Messias e Rei (Lc). Acusaram-No de delitos aos quais o procurador podia ser mais sensível: subleva o povo com os seus ensinamentos , desaconselha a pagar o tributo a César e erige-se num novo rei, que faz concorrência ao imperador (Lc).
Pilatos interrogou Jesus em particular. Perguntou-Lhe em primeiro lugar pela questão chave: se realmente era o Rei dos judeus.
Jesus declarou que a sua realeza transcendia as instituições humanas: a autoridade de Roma não tinha motivo nenhum para temer; Ele não vinha fazer concorrência a César. O seu Reino não era deste mundo; se fosse se os meus servidores lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus; mas meu Reino não é daqui.
Pilatos continuou com o interrogatório: Portanto, tu és rei?, disse-Lhe com certo tom irônico. O aspecto externo de Jesus, depois daquela noite terrível, estava bem longe do fausto da realeza.
No entanto, o Senhor afirmou de modo categórico: Tu o dizes: eu sou rei. Para isto nasci.
Jesus é o verdadeiro Rei-Messias.
Já o dissera o anjo na anunciação a Maria: Darás à luz um filho…a quem DEUS concederá o trono de Davi…e o seu reino não terá fim. Mas, como Jesus explica a Pilatos, o seu reino não é como os da terra. Durante os três anos de vida pública, nunca cedera ao entusiasmo das multidões, demasiado humano e misturado com esperanças meramente temporais: sabendo que O procuravam para proclamá-Lo rei, fugira. No entanto, aceitara o ato de fé messiânica de Natanael: Tu és o Filho de DEUS, tu és o Rei dos Israel. Mais ainda, poucas horas antes de ser preso, tinha invocado uma antiga profecia para confirmar e dar profundidade às suas palavras: Vereis o céu aberto e os anjos de DEUS subirem e descerem em torno do Filho do Homem. E agora, proclama-o abertamente diante do procurador romano.
O seu trono foi primeiro o presépio de Belém, e finalmente será a cruz do Calvário.
Jesus também tem um trono no nosso coração e reina na nossa vida. Embora seja o príncipe dos reis da terra (Ap 1,5), não exige senão o tributo da fé e do amor.
Mas, por outro lado, a fé e o amor abarcam tudo.
“Nunca vos arrependereis de tê-Lo amado”, costumava repetir Santo Agostinho (Cfr. Santo Agostinho, Sermão 51,2). O Senhor é bom pagador já nesta vida, quando Lhe somos fiéis. Que será no céu?!
Agora toca-nos estender esse reinado de CRISTO na terra, no meio da sociedade em que vivemos: na família, no trabalho, entre vizinhos, entre os clientes, entre os alunos… De um modo muito especial, entre aqueles que de alguma maneira estão sob os nossos cuidados.
Mas, para sermos instrumentos operantes da realeza de CRISTO, Ele “deve reinar, acima de tudo na nossa alma… Que resposta Lhe daríamos se nos perguntasse: como me deixas reinar em ti? Eu Lhe responderia que, para que Ele reine em mim, necessito da sua graça abundantemente: só assim é que o último latejo do coração, o último alento, o olhar menos intenso, a palavra mais intranscendente, a sensação  mais elementar se traduzirão num hosanna ao meu CRISTO-REI” (É Cristo que passa, n.181).
Necessito da sua graça, que nunca me falte, e necessito, sob o impulso dessa graça, de uma correspondência pessoal generosa e contínua.
Senhor, como nos dói não termos deixado que reinasses na nossa inteligência, nas nossas obras, no nosso coração, em tantas ocasiões…! Quando Tu estás presente, tudo é fácil e se enche de bondade; quando estás ausente, que dura pode ser a vida! Como tudo é difícil sem Ti! E como é simples ao teu lado! (fonte: “ A Cruz de Cristo” – Francisco Fernandez-Carvajal – Ed. Quadrante)

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