Blog Alma Missionária

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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013


11º Dia De Meditacão Da Paixão De Cristo – SEM CULPA

11º dia de meditacão da Paixão de Cristo – SEM CULPA
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11 – SEM CULPA
Jesus, com o semblante sereno, não parecia um homem capaz de fomentar uma rebelião contra Roma nem contra ninguém. Pilatos saiu ao local onde estavam os acusadores e disse-lhes: Não encontro nele culpa alguma.
Ao ouvir essas palavras, os sacerdotes aumentaram a pressão e passaram a acusar Jesus com maior empenho de delitos muito díspares. O procurador repetia-lhes: Não encontro culpa alguma neste homem. Mas eles insistiam cada vez com mais força: Subleva o povo… (Lc). De repente, tinham-se tornados defensores do dominador romano.
Pilatos voltou a perguntar a Jesus: Não respondes nada? Olha de quantas coisas  te acusam. Jesus permanecia em silêncio: Já não respondeu mais nada, de modo que Pilatos estava admirado (Mc). Esse silêncio firmou ainda mais no procurador a convicção de que o acusado era inocente.
Saiu outra vez e pôde verificar a diferença entre a serenidade do réu e a exaltação dos que pediam a sua morte. Estava plenamente convencido da inocência de Jesus; assim a manifestou de novo. Ao menos em três ocasiões repetiu que não encontrava nEle delito algum. No começo do julgamento estava claramente a seu favor. Depois, foi cedendo terreno, até se encontrar completamente perdido.
O Senhor será finalmente condenado por um homem covarde, depois de diversas declarações de inocência. Se o procurador romano se tivesse informado, teria verificado que Jesus não era um malfeitor. Pelo contrário, toda a sua vida pôde ser resumida nestas breves palavrasPassou fazendo o bem (At 10,38). “Curava os doentes, consolava os  aflitos, alimentava os famintos, libertava os homens da surdez, da cegueira, da lepra, do demônio e de diversas deficiências físicas; três vezes devolveu a vida aos mortos. Era sensível a todo sofrimento humano, tanto do corpo como da alma”(João Paulo II, Carta Apost. Salvifici doloris, 11-II-1984, n.16). Nunca fugiu das doenças tidas como contagiosas e mais desagradáveis.
Se tivesse querido, Pilatos teria podido encontrar abundantes testemunhas que teriam provado a inocência de Jesus: aquele cego a quem com um pouco de barro devolvera a vista; o paralítico de há trinta e oito anos que, com uma só palavra, se levantara e pudera levar aos ombros o seu próprio leito; a moça ressuscitada diante de três Apóstolos e de seus pais. Poderiam ter comparecido todos os habitantes de Naim, testemunhas da ressurreição do filho da viúva, e numerosos habitantes da própria Jerusalém que tinham presenciado a ressurreição de Lázaro. Poderiam ter saído em sua defesa todas aquelas pessoas, cerca de cinco mil, a quem dera de comer num lugar afastado. Poderia ter pedido que testemunhas  – sem os que tinham sido libertados de espíritos imundos, os doentes que tinham sido curados, os leprosos que tinham ficados limpos, os surdos que agora ouviam, os mudos que falavam, os cegos que viam, os mortos que tinham voltado à vida. Mas o procurador não estava tão preocupado com a verdade e a justiça como de sair logo daquela complicação .
Não encontro nele culpa alguma… Pilatos era um homem covarde.
O Senhor pede-nos, aos que somos seus, fortaleza e valentia perante o que os outros possam dizer ou perante um ambiente adverso. Não podemos esquecer que, em não poucas ocasiões, a nossa conduta e as nossas intervenções chocarão com o comportamento dos que criticam e torpedeiam a moral cristã – por vezes, dentro da própria família, nas relações conjugais ou na educação dos filhos adolescentes -, ou daqueles outros que se aburguesaram no seguimento de Cristo, ou ainda dos que : “relêem” os Evangelhos ao sabor de posicionamentos políticos e meramente humanos. Pode pedir-nos também – em circunstâncias extraordinárias – que renunciemos até o nosso patrimônio de honra, e mesmo à própria vida. E nós estamos dispostos a tudo isso, com a ajuda da graça. Tudo o que é nosso é do Senhor.
Foi com essa valentia que se manifestaram muitos fiéis seguidores de Jesus, como José de Arimatéia e Nicodemos. Assim se comportaram depois os Apóstolos, que se mostraram firmes ante o abuso do Sinédrio; e também incontáveis discípulos dos primeiros séculos, que caminharam para o martírio de cabeça erguida, bem persuadidos de que a doutrina da Cruz de Cristo é estultícia para aqueles que se perdem (1 Cor 1,18).
O próprio São Paulo, que nunca se envergonhou de pregar o Evangelho, escrevia ao seu discípulo Timóteo: Não nos deu Deus um espírito de temor, mas de fortaleza, de amor e de temperança. Não te envergonhes nunca do testemunho de Nosso Senhor (2 Tim 1,7-8). São palavras dirigidas também a nós, para que mantenhamos a fidelidade ao Mestre quando o ambiente se mostrar adverso, quando não for cômodo afirmar que queremos ser discípulos fiéis de Jesus Cristo.
 Hoje fazemos o propósito de seguir Jesus de perto, sem respeitos humanos, sem covardias. Estamos dispostos a chegar até onde Ele nos queira levar. Com Ele, poderemos caminhar contra a corrente, contra qualquer corrente, por mais forte que seja.
Foi condenado sem culpa… Na realidade, sim, carregava uma culpa, a nossa…, a dívida enorme devida pelos nossos pecados, pelas nossas omissões, pois todos podemos dizer:
      Eu sou a dor de Deus.
      Sou onde dói a Deus na sua infinitude.
      Sou a sua pena infinita. (J.M. Ibanez Langlois, Poemas dogmáticos II, Universitária, Santiago do Chile)
Mas também podemos afirmar que somos a alegria de Deus, quando estamos dispostos a segui-Lo, como agora. Somos o júbilo profundo de Deus no meio do mundo, porque procuramos andar sem vergonhas, com a alegria de quem encontrou um tesouro.
http://www.nossasenhorademedjugorje.com

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