14. setembro 2012 · Write a comment · Categories: Notícias da Terra Santa · Tags: exaltação da cruz, jesus, morte,ressurreição, sepulcro
Cris Henrique – Missionária da Canção Nova na Terra Santa
Vamos começar este artigo vendo Jesus como o Homem que é condenado a morrer numa cruz e ressaltando que este era um método usado pelos Romanos, e muitos morreram desta forma. Então, o que há de diferente na Morte de Cristo no madeiro? O que O identifica como Salvador?
Algumas desta dúvidas serão respondidas por padre Carlos Unterrichter de Melo, membro da Comunidade Obra de Maria e residente em Israel há 6 anos.
“A cruz era uma forma de suplício, de fazer sofrer os condenados; não era a única forma de se condenar alguém à morte, mas era uma delas, bem dolorosa e humilhante. Muitos morreram assim. A diferença que notamos em Cristo é que Ele se fez maldição por amor”, disse o sacerdote.
‘Maldito o que pende do madeiro…’.
“O Soldado Romano percebe esta particularidade”, continua o sacerdote, “Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus”.
“Exaltar a cruz não é exaltar a morte nem a violência. Não a exaltamos por ela mesma, mas sim a cruz com Cristo, isso é importante sublinhar. Nele, ela toma um sentido novo, um caminho de vida, de ressurreição. Eis o diferencial!”, ressaltou padre Carlos.
Segundo a tradição, a ‘verdadeira Cruz’ foi descoberta, no ano 326, por Santa Helena, mãe do Imperador Constantino I, durante uma peregrinação à cidade de Jerusalém. A Igreja do Santo Sepulcro foi construída no local da descoberta por ordem de Helena e Constantino. A igreja foi dedicada, nove anos após, em 335, com uma parte da cruz sendo exposta para a veneração dos fiéis.
No ano 614, os persas invadiram a cidade e tomaram a cruz, a qual foi recuperada pelo Imperador Bizantino Heráclio em 628. Após um ano, em Constantinopla, a cruz retornou ao Santo Sepulcro.
“O triunfo da Santa Cruz, eis o sentido desta celebração! Não é somente pelo fato de ter sido encontrada, mas porque ela é a árvore da vida, verdadeira fonte de conhecimento”, sublinha padre Carlos.
Hoje, vemos uma pequena relíquia que é exposta, todos os anos, para a veneração dos fiéis. Mas fica a questão: onde foi parar o resto da cruz?
“Naquele tempo, reis, príncipes, duques, dioceses, todos queriam uma relíquia da Santa Cruz, um pedaço dela, devido à sua preciosidade. Assim, cada um foi pegando sua parte. Era assim que acontecia naquele tempo”, respondeu o sacerdote.
Cruz, trono de Cristo que gera vida e culmina na Sua Ressurreição. A cruz Jesus atrai a todos: “Ela é glória para nós, vitoria do amor” .
Na celebração da Exaltação da Santa Cruz, somos convidados a renovar nossa fé no Redentor Crucificado. Sem duvida, Ele já está glorificado, mas permanece para nós o mistério da Sua Paixão. Somos chamados a caminhar como Ele caminhou.
São Paulo nos exorta a termos os mesmos sentimentos de Cristo na Sua humilhação, para chegar, assim, à glorificação. Contemplando Cristo na cruz, somos curados. Não nos esqueçamos que a história de Jesus não termina na morte.
Jesus ressuscita em nossos corações sempre, portanto, neste dia, não deixe de rezar a ‘Oração da Exaltação da Santa Cruz’.
Assista à reportagem produzida pelos missionários da Canção Nova na Terra Santa.
Terra Santa, a Basílica do Santo Sepulcro, local onde se dirigiu também Jesus, o Messias, vindo pela Via-dolorosa, para enfrentar seu último desafio, a morte de Cruz.
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