Blog Alma Missionária

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sábado, 2 de março de 2013


São Gregório de Nissa.Segunda. Semana da Quaresma

02/03 Sábado da Segunda Semana da Quaresma 
Festa de Segunda Classe
Paramentos Roxos


  São Gregório nasceu na Cesárea da Capadócia, na Anatólia, Ásia Menor, hoje Kayseri Turquia entre os anos 330 a 335. Seus pais Basílio, apelidado de “o velho”, e Amélia, tiveram dez filhos dos quais: Gregório, Pedro, Basílio e Macrina, se tornaram santos. Sem contar o avô, que morreu mártir e a avó, da qual a irmã herdou o nome, e que a Igreja também venera.
  Irmão de Basílio de Nissa, destaque na consagração do pensamento cristão e um dos personagens mais significativos da idade de ouro da Patrícia e um dos precursores do trabalho de Santo Agostinho. Estudou em Cesaréia, Alexandria e Atenas e começou a vida como professor de retórica até que se voltou para os estudos religiosos e para a devoção cristã (360). Foi consagrado bispo de Nissa, pequena localidade da Capadócia (371) por seu irmão Basílio, bispo metropolitano de Cesaréia. Deposto (376) por Valenciano, imperador arianista, doutrina que negava a divindade de Cristo, mas reconquistou o cargo (378), após a morte do imperador. Nos anos seguintes desempenhou intensa atividade eclesiástica, visitou várias igrejas da Anatólia e participou do Concílio de Constantinopla (381), onde com seus textos anti-heréticos formulou a doutrina da Santíssima Trindade, utilizando argumentos inspirados na teoria das idéias de Platão. Sua obra teológica de maior destaque foi O grande discurso catequético. Também merece destaque o seu Criação do homem. A base de seu pensamento era: A Sagrada Escritura é a norma e a lei de toda doutrina. Na história do catolicismo ficou conhecido como um dos três padres capadócios, juntamente com o irmão São Basílio e São Gregório Nazianzeno, que reafirmaram no século IV a ortodoxia cristã frente às manifestações hereges.

"Nosso corpo unido ao Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, adquire um princípio de imortalidade, porque se une ao Imortal.

"O homem tem parentesco com Deus"

"O cristianismo é uma imitação da natureza de Deus"

"A Fé une intimamente ao divino. No sacramento do Pão e Vinho eucarístico, o Verbo Encarnado une a sua Carne divinizada à nossa, para divinizá-la"

"O objetivo da vida virtuosa é tornar-se semelhante a Deus"

"Se um problema é desproporcional ao nosso raciocínio, o nosso dever é permanecer bem firmes e irrevovíveis na tradição, que recebemos da sucessão dos Padres"

"A solidariedade com o pobre é lei de Deus, não um mero conselho"

"A fim que as disposições do Evangelho e a atividade do Espírito Santo se desenvolvam em nós, é necessário que Cristo nasça em nós"

"Doente, a nossa natureza precisava ser curada; decaída, ser reerguida; morta, ser ressuscitada. Havíamos perdido a posse do bem, era preciso no-la restituir. Enclausurados nas trevas, era preciso trazer-nos à luz; cativos, esperávamos um salvador; prisioneiros, um socorro; escravos, um libertador. Essas razões eram sem importância? Não eram tais que comoveriam a Deus ao ponto de fazê-lo descer até à nossa natureza humana para visitá-la, uma vez que a humanidade se encontrava em um estado tão miserável e tão infeliz?"

"Se o coração de um homem foi purificado de toda propensão carnal e de toda insubordinação, tal homem verá em sua própria beleza a natureza Divina... Isto está por certo ao nosso alcance; tendes dentro de vós mesmos o paradigma pelo qual aprendeis o Divino. Pois o que vos criou, ao mesmo tempo vos dotou com esta qualidade maravilhosa. Aí imprimiu Deus a semelhança das glórias de sua própria natureza assim como quem molda da cera a escultura. Todavia o mal que foi derramado na natureza, esta natureza que traz a imagem divina, tornou inútil para vós este feito maravilhoso que sob máscaras vis se oculta. Se, portanto, purificais vossa vida da imundície, que tal qual emplastro se vos apega ao corpo, a beleza divina em vós outra vez fulgirá".

"Deus [o Filho] não impediu a morte de separar a alma do corpo, segundo a ordem necessária à natureza, mas os reuniu novamente um ao outro pela Ressurreição, a fim de ser Ele mesmo na sua Pessoa o ponto de encontro da morte e da vida sustando Nele a decomposição da natureza, produzida pela morte, e tornando-se Ele mesmo princípio de reunião para as partes separadas."

"Deus fez o homem de tal modo que pudesse exercer a sua função de rei da terra... O homem foi criado à imagem daquele que governa o universo. Tudo manifesta que, desde o princípio, a sua natureza está assinalada pela realeza... Ele é a imagem viva que participa, pela sua dignidade, da perfeição do modelo divino"

"O que significa a entrada de Moisés e a visão que nela ele teve de Deus? Quão mais o espírito na sua marcha adiante consegue numa aplicação sempre maior e mais perfeita compreender o que é o conhecimento das realidades e se aproxima mais da contemplação, mais ele vê que a natureza divina é invisível. Tendo abandonado todos as aparências, não somente o que percebe os sentidos, mas o que ainteligência crê ver, ele vai sempre mais ao interior, pelo esforço do espírito até o Invisível e ao Incognoscível e que aí ele vê Deus. O verdadeiro conhecimento daquele que ele busca e sua verdadeira visão, consiste em ver que ele é invisível, apartado de tudo por sua incompreensibilidade como por trevas. (...) define por este negação que a essência divina é invisível não somente aos homens mas a toda natureza intelectual. Ele escapa a toda gnose e ao alcance do espírito."

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