Blog Alma Missionária

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sábado, 9 de março de 2013


O MALABARISMO SEMÂNTICO E A MANIPULAÇÃO DO DIREITO

Estou muito contente com a aprovação do nome do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Finalmente, a referida comissão será presidida por alguém que não é dado a malabarismos semânticos e não cede à pressão das minorias mimadas, muitas vezes respaldadas pela mídia, para impor uma legislação a seu gosto, à sua imagem e semelhança, em vez de leis que promovam o bem comum.
Se eu fosse o pastor Marco Feliciano processaria quem o chamou de homofóbico. De há muito as truculentas minorias – tenho ojeriza a esse nome! – vêm tentando impor a sua agenda, os seus caprichos legislativos, como meninos birrentos, na base do grito e da intimidação. Infelizmente, para isso contam muitas vezes com o apoio dos veículos de comunicação e dos seus patrocinadores, que, como nós sabemos, não vivem de fazer caridade, mas seguem a lógica das sociedades de consumo, as regras do mercado: a perseguição do lucro.
As minorias parecem não saber discutir, dialogar, argumentar. Partem logo para a detração, para a rotulação – fazem algo de que se dizem vítimas: o linchamento moral de seus opositores.
Um observador minimamente atento notaria que as minorias lançam mão – ou tentam lançar – do argumento de autoridade, em lugar de demonstrarem a autoridade do argumento. Em regra, os grupos de defesa das minorias servem-se de malabarismos semânticos com o objetivo de confundir e desconstruir o senso comum. Logo o senso comum que é verdadeiramente democrático, que permite o compartilhamento de visões de mundo, de compreensões do direito, do sentimento de justiça.
Às caprichosas minorias não serve o senso comum, porque lhes é contrário. Elas desejam que oitenta por cento da população curvem-se à sua singular visão de mundo, aos seus devaneios legislativos. Daí a criação do seu próprio vocabulário, da sua própria hermenêutica. Já é hora de desmascarar esse truque rasteiro. O da manipulação da linguagem e da instrumentalização do direito para fins escusos, isto é, para o cerceamento da liberdade religiosa e da livre manifestação do pensamento, inclusive em matéria sexual.
O emprego do termo “homofóbico” pelos grupos de defesa da causa gay é claramente injurioso, em muitos casos, criminoso. Infelizmente, os meios de comunicação dão guarida a esse tipo de abuso. A exploração do termo, com sentido distorcido, integra uma estratégia de intimidação dos opositores e de sensibilização da opinião pública, mais propensa à assimilação de discursos emotivos do que da argumentação racional.
Um aspecto que chama a atenção são as siglas utilizadas pelos grupos defensores da causa gay. Há algum tempo, utilizava-se a sigla “GLS”: gays, lésbicas e simpatizantes. Depois, começaram a utilizar “GLBS”: gays, lésbicas, bissexuais e simpatizantes. Posteriormente, GLBT: gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros, ou GLBTS, para incluir os simpatizantes. Depois, GLBTT: gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais. Agora, ao que parece, tem prevalecido a sigla LGBTTT(S): lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros (e simpatizantes), ou, simplesmente, LGBT, mais resumida, porque as lésbicas sofreram danos em sua autoestima ao ficar atrás dos gays.
A própria profusão e confusão das siglas é de uma eloquência que eu chamaria de brutal. Tal abundância de designações deveria dizer-nos algo sobre uma crise de identidade dessas minorias. Daqui a algum tempo nem o alfabeto inteiro será suficiente para a designação desses grupos. E, o que é pior, não haverá número suficiente de leis para proteger os seus supostos direitos. A cada dia uma nova lei se fará necessária. Um novo direito terá surgido. Um novo subgrupo dentro desse grupo terá nascido.
Para sufocar o senso comum, muito mais democrático e que lhe é ordinariamente contrário, as aguerridas minorias procuram fazer calar seus oponentes pela injúria, pela intimidação e pelo abuso de direito. Sim, pelo abuso de direito. Por que razão a oposição ao homossexualismo deve ser considerada crime? Qual é o fundamento lógico disso? Não há. E a liberdade de opinião, a liberdade religiosa e a livre manifestação do pensamento: onde ficam? Somente as minorias detêm liberdade de expressão e de pensamento? Parece que sim. Até o judiciário, às vezes, cai nesse engodo. O fato, porém, é que os argumentos daquelas são fracos, absurdamente fracos. É por isso que elas querem se impor pela força. Pela construção de teses jurídicas de fundo ideológico, judicializando um debate que deveria ser travado com toda a sociedade e não coibido por sentença, e pela aprovação de leis que calam os seus adversários.
Deixo aqui minha opinião bem clara: leis e decisões judiciais que atentam contra o senso comum têm o mesmo prazo de validade de um iogurte. Não se sustentam no tempo. São um modismo. Vão passar. Não há dúvida de que vão cair mais cedo ou mais tarde. A união civil entre homossexuais, o casamento gay e a adoção por homossexuais são artificialismos jurídicos. O sentimento do que é justo, o senso comum de justiça, é algo universal. Até uma criança sabe o que é justo ou injusto. Não existe senso de justiça exclusivo de gays. Algumas teses jurídicas estão azedando na geladeira dos tribunais e das casas legislativas. Só o senso comum possui força jurígena.
Espero que a chegada de Marco Feliciano seja um sinal de mudança. Parabéns, pastor, pela sua coragem! A natureza humana não é igual a um iogurte. A sua essência não muda. Valores eternos não envelhecem.

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