Blog Alma Missionária

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terça-feira, 12 de março de 2013


IGREJA FERIDA

Acontecem hoje as previsões de La Salette.
 
A certa altura, nossa Senhora diz: 

"A fé extinguir-se-á em França: três partes da França já não praticarão a Religião ou quase nada, a outra parte praticá-la-á mas sem a praticar bem"

Há poucos anos atrás, numa livraria em Fátima, encontrei um livro francês que tinha por título (aproximado) "A França ainda é católica?" A avaliar pelo título, pode-se imaginar do que se trata…

O artigo seguinte, que fala do abandono dos templos católicos, já que em muitos deles não há pessoas a frequentá-los, recebi-a antes de Bento XVI visitar a França no ano passado (2008). Eis o artigo:
 
A falta de fiéis leva à demolição de igrejas em França

Os únicos seres que frequentam a igreja de S. Martinho, construída em 1829, são as pombas. Em 1989 desprenderam-se algumas pedras do campanário e o lugar deixou de ser seguro. Agora está despejado. O município a que pertence, Arc-sur-Tille – 2500 habitantes perto de Dijon, no nordeste da França – optou pelo prgmatismo. Devido à escassez de fiéis – hoje basta um barracão pré-fabricado para se celebrar a Santa missa – e ante a incapacidade de enfrentar o custo de uma restauração, decretou a sua "deconstrução", palavra com que se pretende suavizar a realidade de uma demolição pura e dura.

Indignados, os crentes montam uma campanha para salvaguardar o património do povo.

Elianne Ros/ElPeriodico) Nas vésperas da visita do Papa Bento XVI a Paris e Lourdes, sexta-feira e sábado próximos, casos como o da igreja fantasma de S. Martinho multiplicam-se no país. Algumas vezes a destruição resulta tão cara – entre 250.000 e 300.000 euros- como as obras da restauração, mas as juntas de freguesia preferem pagá-la a continuar a manter uns edifícios que pouco a pouco vão ficando sem pastor e sem paroquianos.
 

Aumenta a ameaça

"O número de igrejas ameaçadas aumenta todos os dias", constata Beatriz Andia, presidente do Observatório do Património Religioso". Dada a idade dos religiosos e a descida das vocações, metade dos mosteiros e de conventos podem fechar as suas portas daqui até 2015", adverte.

Calcula-se que em França há entre 60.000 e 100.000 igrejas, das quais 11.200 estão classificadas como monumentos históricos. O resto divide-se em duas categorias: as construídas antes da lei da separação da religião e do Estado, promulagada em 1905, e as posteriores. Os poderes públicos (juntas de freguesia, departamentos, regiões, Estado) devem encarregar-se da manutenção das igrejas construídas antes da legislação. As que são posteriores a 1905 estão a cargo da comunidade religiosa.

O dilema entre demolir ou restaurar a igreja resolve-se às vezes com uma consulta popular. Em princípios do ano, os 500 habitantes de Berville-en-Caux decidiram renovar a sua igreja. Outras, como as de Parisot, Saint-Georges-les Gardes y Fief-Sauvin, que também ameaçavam ruína, foram pasto dos bulldózers.
 
Umas quarenta igrejas podem seguir o mesmo caminho. "É um círculo vicioso. A Igreja não tem bastantes sacerdotes para oficiar em todos os centros, o Estado carece de dinheiro para investir e as pequenas povoações têm um pressuposto demasiado escasso para fazer frente aos gastos de manutenção", diz Andia, que recorda que "em França há 10.000 municípios com menos de 200 habitantes e todos têm o seu campanário. Também há localidades de 3.500 almas com mais de dois e três campanários".

Para evitar a destruição dos lugares de culto, a Igreja opta por vezes por desprender-se deles. A abadia de Bussière-sur-Ouche, que data do século XII, foi transformada em hotel de luxo, incluída na lista de descanso e castelos. E em Faverolles, a igreja familiar de uma grande propriedade de aristocratas foi reconvertida em albergue.

Em Nancy-Toul, vendem-se três das 46 igrejas da diocese. A primeira da lista é um edifício dos anos 60, com capacidade para 1.000 fiéis, construído num lugar onde deveria crescer um novo bairro que nunca viu a luz. O preço é confidencial.

Resistência

Apesar disso, as dioceses francesas resistem a vender o seu património a qualquer comprador. Desde 1905, 144 igrejas deixaram de ter culto, 30 foram destruídas e 44 voltaram a ser utilizadas para actividades alheias a acções culturais, geralmente relacionadas com a hotelaria. "Na Holanda uma igreja converteu-se em super-mercado. É deplorável e não deixaremos que isto suceda em França", afirma o arcebispo de Dijon, Roland Minnerath.
Uma sondagem dá-lhe razão. 53% dos franceses declaram-se desgostosos pelo desaparecimento de igrejas e 67% estimam que se deve preservar este património histórico e arquitectónico.
 
Para fazer frente à situação, a Igreja criou um grupo de trabalho com a missão de estudar o futuro dos edifícios religiosos. O resultado será exposto na conferência dos bispos do próximo mês de Novembro (do ano de 2008, entenda-se).

Talvez por isso, quando visitou a França pela primeira vez em 1980, João Paulo II perguntou ao povo francês: "França, filha primogénita da Igreja e educadora dos povos, para o bem dos homens, és fiel à Aliança com a Sabedoria Eterna?"

Mas não se fique a pensar que, na Europa, a França é caso único. Quando nossa Senhora aparece num certo país, é lógico que Se dirija em primeiro lugar aos habitantes desse país. Por isso em La Salette só fala da França, mas isso não significa que a falta de fé não atinja outros países. 
 
O ABANDONO DO MUNDO OCIDENTAL

Na Europa, por exemplo, países que, até pouco tempo, eram considerados exemplares dentro do catolicismo, estão lentamente a perder a fé. Vejamos alguns casos:

POLÓNIA - Sempre tive uma grande admiração pela Polónia católica. Quando leio o que os polacos passaram antes da queda do muro de Berlim, os exemplos de fé que nos deram, fico de boca aberta. Pois, no ano passado, li que 400.000 (quatrocentos mil) polacos abandonaram a Igreja.

ESPANHA - Outro exemplo de catolicismo: a Espanha. A Espanha, sim. Ela que dá tantos santos à Igreja Católica. Pois,  em 2007no ano passado  perdeu 16% de fiéis.
 
ALEMANHA- Cerca de 180.000 fiéis afastam-se da Igreja anualmente. Para sobreviver, as dioceses são levadas a fechar as portas e a adoptar uma nova política administrativa. A cidade de Duisburgo é um exemplo de como a saída dos fiéis obriga à reestruturação. Dezasseis estabelecimentos da dioceses não conseguem mais ser financiados pelos impostos pagos à Igreja.
 
Só na região do Ruhr, 10.000 pessoas deixam de contribuir todos os anos. E os que permanecem são, na sua maioria, aposentados ou desempregados, que pouco ou nada podem contribuir para a Igreja. Resultado: tal como em França, assiste-se ao encerramento dos templos.

HOLANDA- Como disse mais acima, a mesma coisa.
5 PAÍSES - Há cerca de 30 anos, na França, Bélgica, Holanda, Alemanha e Itália, cerca de 40% da população frequentava a Igreja. Hoje, essa percentagem reduziu-se para 20%.

PORTUGAL – Em Fátima, nossa Senhora disse que em "Em Portugal, conservar-se-á sempre o dogma da fé". O que quereria Ela dizer por isso? Quem lê esta frase, diria que em Portugal, no que diz respeito à fé, as coisas se passariam sempre no melhor dos mundos, sem problemas, que Portugal seria sempre um país fiel à fé católica. Mas quem vive em Portugal, sabe que as coisas não são assim. No que diz respeito à fé, Portugal é um país tão em crise como nos casos apontados acima. Vejamos alguns exemplos:

a) Por volta de 1980, os católicos que o eram apenas pelo
baptismo, rondavam os 96% - hoje rondam os 90%

b) Por volta de 1980, os chamados " cristãos dominicais" (ou seja, os que vão à Santa Missa ao domingo e se ficam por aí) eram cerca de 28%; cerca de 10 anos depois, eram cerca de 26%. E a tendência tem estado a diminuir, pois Bento XVI há coisa de 3 anos chamou a atenção aos bispos portugueses quando visitaram Roma na visita "ad limina"
Também aqui, por falta de vocações, corre-se o risco de se fechar conventos. E igrejas? É possível, mas não tenho dados.

E fora da Europa? Vejamos apenas o caso do BRASIL. Também aqui as coisas não são melhores.

Cristãos de batismo – aqui há anos – 95%; hoje – 72%

No Brasil cerca de 1% de fiéis abandonam anualmente a Igreja.
Não se pense que isto acontece apenas nestes países. Falo destes países porque recolhi dados na Internet e servem de exemplo. Pois isto acontece na generalidade dos países pelo mundo fora.

O abandono da Igreja dá-se :

a) Indo para o ateísmo (aqui incluo o indiferentismo)

b) Indo para outra religião: protestantismo, espiritismo, uma religião oriental…
Não se fique a pensar que por causa de tudo isto, e para que a Igreja Católica tenha mais fiéis, eu vá advogar que ela adopta coisas de outras religiões.
 
Não penso nisso. Acredito que a Igreja Católica seja a única verdadeira Igreja. Já li profecias que apontam para uma conversão mundial ao catolicismo. Só que para lá chegar a Igreja precisa de passar por uma verdadeira purificação, e que vai passar primeiro por esta provação porque está hoje a passar e depois por uma perseguição terrível, que vai ser muito pior do que todas as perseguições que a Igreja já passou, mesmo as do século XX. A Igreja de depois da purificação vai ser muito mais bonita do que a de hoje.

À Imitação de Jesus. Para ressuscitar com um corpo glorioso, Jesus teve que passar por uma paixão super-ultra-horrorosa e depois pela morte. É o que vai acontecer com a Igreja Católica: primeiro vai ser dada como uma instituição que pertence ao passado, só que vai reaparecer muito mais esplendorosa.
 
 
O ABANDONO NO MUNDO ISLÂMICO

Há ainda um outro abandono que se dá sobretudo por causa das perseguições religiosas que se estão a dar nos países muçulmanos e na Índia. Compreende-se as pessoas. Se nós no Ocidente não conseguimos resistir quando não há perseguição, quanto mais eles que são
submetidos a ela, se não pagam caro. Não falo da China, porque fico com a impressão (talvez me engane) que os chineses são mais fiéis mesmo com perseguição.

O que passo a transcrever é tirado de um livrinho intitulado "Via-Sacra dos mártires". A 14ª. estação, a  respeito a mundo muçulmano diz o seguinte:
Grande parte das antigas comunidades cristãs nasceram em regiões do mundo hoje conquistadas pelo Islão.
 
A aplicação da lei islâmica nesses territórios trouxe pesadas à consequências à vida dos cristãos, sistematicamente humilhados, discriminados, perseguidos e forçados a mudar violentamente de religião. Só no século XX, a diminuição do número de cristãos assume dimensões trágicas. No início do século, na Turquia, 32% da população era cristã. Hoje há apenas 0.6%. No Egipto, os coptas passaram de 20% para 10% e na Síria de 40% para 7.8%.
 
No Iraque, os cristãos caldeus atingiram os 35% e hoje (19 de Setembro de 2009) são menos de 1%. A Tunísia, após a independência, em 1957, expulsou 250.000 cristãos tunisinos e, desde então, é proibida a construção de igrejas e a actividade missionária.

Na Argélia, o fundamentalismo islâmico massacrou dezenas de sacerdotes e religiosos e, entre 1994 e 1996, assassinou 2 bispos, 7 monges trapistas e outros 12 sacerdotes e religiosas.
 
A presença secular da Igreja no mundo islâmico está a desaparecer. No início do século XX, o Próximo Oriente tinha 25% de cristãos. Hoje nem sequer chega aos 8%. No Líbano, milhares de cristãos foram mortos e muitos fugiram de uma terra que, até 1975, foi modelo de convivência entre católicos e muçulmanos. A progressiva islamização deste país cristão maronita levou à destruição de 375 igrejas, 45 conventos e 17 sedes episcopais. Aldeias cristãs inteiras foram evacuadas e, em 1983, em apenas 2 meses, foram massacrados 1200 cristãos por ódio à fé.

O fundamentalismo islâmico continua a fazer vítimas em países como a Indonésia, o Paquistão, a Mauritânia e a Nigéria. Neste último país, entre 2000 e 2004, foram mortos 10.000 cristãos.

No coração do mundo islâmico surge a Arábia Saudita onde, oficialmente, não há cristãos nem igrejas. Aqui é proibido usar a cruz, ter a Bíblia Sagrada em casa e falar do Natal e da Páscoa. No entanto, apesar das proibições, há centenas de casos documentados de cristãos presos por terem sido apanhados a rezar em casos em casas particulares.
Irmão João
 

O ABANDONO NA ÍNDIA

Fora do mundo islâmico, temos o caso da Índia. Ainda há poucos anos os missionários ficaram impressionados porque, apesar da pressão e das perseguições, milhares (senão milhões, tão grande era o número) de npessoas queriam converter-se ao catolicismo. Mas a pressão e a
perseguição eram tão grandes que muitas dessas pessoas em 2007,  aquando dos ataques aos cristãos,  atacavam e incendiavam as igrejas que frequentavam.
 

CONCLUSÃO

Quase sem se dar por isso, quer no mundo ocidental, quer no mundo islâmico, quer ainda de outras religiões, a grande perseguição á Igreja Católica está-se a montar. Parece estar em fase mais adiantada no mundo islâmico e de outras religiões do que no mundo ocidental. O abandono da Igreja vai levar ao ódio, e daí à perseguição vai ser um passo.
 
Muito lentamente, está a aparecer uma nova era de mártires. Se é verdade que muitos abandonam a fé devido à pressão dos muçulmanos,(como se viu acima, as razões para o abandono no mundo ocidental são outras) também há muitos que estão dispostos a sofrer tudo para serem cristãos. Muitos já deram a vida por quererem professar a fé cristã.

Outros, convertem-se ao catolicismo, sabendo que virão a ser perseguidos por causa disso pelos muçulmanos, mesmo no ocidente. Lembro, por exemplo, o caso do muçulmano que se converteu ao catolicismo e que Bento XVI baptizou em 2008. Quando chegar a altura, a coisa vai ser mesmo a doer. Por enquanto, diria que ainda estamos na fase preliminar.

Quando chegar a altura, vai estar tudo pronto para cairmos nas mãos do… ANTI-CRISTO

 PS. Apesar de tudo A IGREJA REVIVERÁ E PEDRO SERÁ VENCEDOR
 
 
 

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