Blog Alma Missionária

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quinta-feira, 7 de março de 2013


20º Dia De Meditação Da Paixão De Cristo – AS SANTAS MULHERES

20º dia de meditação da Paixão de Cristo – AS SANTAS MULHERES
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São Lucas diz-nos que Jesus era seguido por uma grande multidão de povo e de mulheres que choravame o lamentavam. No meio da turbamulta, também havia gente muito boa que O amava!
Jesus detém-se um instante e, esquecendo-se das suas próprias dores, consola aquelas mulheres compassivas. Ao mesmo tempo, adverte-as sobre a ruína da cidadeFilhas de Jerusalém, não choreis por mim, mas chorais por vós mesmas e pelos vossos filhos… São as únicas palavras do Senhor que conhecemos no seu caminho para o Calvário.
Não é a sua própria dor o que preocupa Jesus; são as nossas enfermidades e os nossos pecados, essas feridas mais profundas que infligimos a nós mesmos quando O ofendemos e nos afastamos dEle.
Não choreis por mim… Que rasto tão profundo não teriam deixado essas palavras naquelas mulheres!
Nós queremos, Senhor, que deixes em nós uma marca que não possamos esquecer nunca mais: a certeza de que, no caminho da nossa vida, no meio das sombras e pesadelos da nossa vida, sempre haverá alguém que precise mais do que nós de um sorriso, de uma palavra de ânimo e de consolo, de um consolo que o aproxime de Ti. Que a nossa dor, se chega, nunca nos encerre em nós mesmos. Concede-nos a tua capacidade de esquecimento próprio para que nos abramos aos outros, mesmo nessas horas em que, como Tu, a caminho do Calvário, possamos sentir-nos despedaçados e no limite das nossas forças. Faz Senhor, que nos convertamos em poderosos centros de irradiação do teu Amor aos homens, sejam quais forem as circunstâncias em que nos encontremos.
Quando amamos os outros, na realidade é o Senhor quem os ama em nós. Ser participantes da natureza divina (2Pe 1,4) significa, de certo modo, que participamos da ação divina, do amor de Deus pelos homens: Eu lhes dei a conhecer o teu nome e o darei a conhecer, para que o amor com que Tu Me amaste esteja neles… (Jo 17,26).
O Senhor, como a essas mulheres, consola-nos em todas as nossas tribulações, para que também nós sejamos capazes de consolar os que se encontram em alguma tribulação, mediante o consolo com que nós mesmo somos consolados (2 Cor 1,4). A nossa própria dor, aceita por amor a Cristo, desenvolve em nós uma grande capacidade de compreensão e um coração compassivo e misericordioso para com a desgraça alheia.
Uma antiga tradição, de que se faz eco uma das estações da Via Sacra, fala de uma mulher que enxugou com o seu véu o rosto de Jesus, desfigurado pelas pancadas e cheio de sangue e de suor. E em três partes daquele véu – diz a tradição – ficou impressa a figura do rosto de Jesus. Esses mesmos testemunhos nos deixaram o nome de Verônica como o nome dessa mulher, que devia ser bem conhecida dos cristãos da primitiva comunidade de Jerusalém. Foi um presente do Senhor, uma prova da sua gratidão. Ele agradece tudo e não deixa sem prêmio a menor mostra de amor para com Ele ou para com os que nos rodeiam.
Esta cena recorda-nos também que, se procurarmos de verdade o Senhor, veremos o seu semblante, que brilha sempre diante de nós como um sinal de esperança e de salvação. Procurai o meu rosto (Sl 27,8), alenta-nos o Espírito Santo. Encontramos o rosto de Jesus quando contemplamos nas cenas que os Evangelhos nos transmitem.
Procura o trato íntimo com a Humanidade Santíssima de Jesus… E Ele porá na tua alma uma fome insaciável, um desejo  <disparatado> de contemplar a sua Face” ( Via Sacra, estação VI, n.2)
“O rosto bem-amado de Jesus, que sorrira às crianças e se transfigurara de glória no Tabor, está agora como que oculto  pela dor. Mas essa dor é a nossa purificação; esse suor e esse sangue que embaçam e esfumam as suas feições, a nossa limpeza.
“Senhor, que eu me decida arrancar, mediante a penitência, a triste máscara que forjei com as minhas misérias… Então, só então, pelo caminho da contemplação e da expiação, a minha vida irá copiando fielmente os traços da tua Vida. Ir-nos-emos parecendo mais e mais Contigo”.
Seremos outros Cristos, o próprio Cristo, ipse Christus” ( Via Sacra, estação VI). E os outros verão também em nós o verdadeiro rosto de Jesus, que se refletirá mesmo nas ações humanas mais pequenas, feitas com perfeição e por amor, ainda que estejamos cansados ou doentes e menos dispostos a sorrir ou a falar. Então mostraremos a imagem de Cristo dolente a caminho do Calvário.
 (fonte: “ A Cruz de Cristo” – Francisco Fernandez-Carvajal – Ed. Quadrante)

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