Blog Alma Missionária

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sábado, 14 de julho de 2012


Desde a plenitude dos tempos, as palavras de Maria têm ajudado seus filhos a compreenderem o caminho da fé. Por isso, todas as vezes que ela aparece para trazer uma mensagem, o mundo para para escutá-la. Conheça um pouco mais sobre as aparições de Nossa Senhora, um tesouro da nossa Igreja.
Santuário de Nossa Senhora de Lourdes

Todo mundo já se perguntou um dia por que existem tantas “nossas senhoras” diferentes. Afinal, é Nossa Senhora de Fátima, do Carmo, de Lourdes, de Guadalupe... E a lista segue. Na verdade, estas nomenclaturas as quais Maria recebe se devem, muitas vezes, às aparições da Virgem pelo mundo, haja vista que Fátima, Lourdes e Guadalupe correspondem às cidades em que ela apareceu.
É claro que a Igreja se comporta com muita cautela no que diz respeito ao reconhecimento de uma aparição como autêntica. Com muito carinho e cuidado, a Santa Igreja analisa cada caso, dando seu aval ou não.
Cabe a nós abraçarmos as aparições reconhecidas como um presente da Mãe de Deus, escutando o que ela nos diz e amando cada vez mais a Virgem Santa por estar sempre perto de nós.
Nessa matéria vamos conhecer um pouco mais sobre três aparições: a de Fátima, de Lourdes e de Guadalupe. Em cada uma delas a Mãe fez questão de surpreender seus filhos.

A Dama da Gruta
França, 1858
Cidade de Lourdes
Fiéis oram no local das aparições 
de Lourdes, na França

Bernadette Soubirous tinha quatorze anos quando Nossa Senhora lhe apareceu pela primeira vez. Estava ela recolhendo galhos secos para sua família, quando se deu conta de que para seguir o caminho precisaria tirar os sapatos e atravessar a água que se colocava à sua frente. A própria Bernadette descreveu com detalhes como se deu seu primeiro encontro com a Virgem:“Então, regressei diante da gruta e comecei a tirar os sapatos. Tinha acabado de tirar a primeira meia, quando ouvi um barulho como se fosse uma ventania. Então girei a cabeça para o lado do gramado, do lado oposto da gruta. Vi que as árvores não se moviam, então continuei a tirar meus sapatos. Ouvi mais uma vez o mesmo barulho. Assim que levantei a cabeça, olhando a gruta, vi uma Dama vestida de branco. Tinha um vestido branco, um véu branco, um cinto azul e uma rosa em cada pé, da cor da corda do seu terço. Eu pensava ser vítima de uma ilusão. Esfreguei os olhos, porém olhei de novo e vi sempre a mesma Dama. Coloquei a mão no bolso, para pegar o meu terço. Queria fazer o sinal da cruz, mas em vão. Não pude levar a mão até a testa, a mão caía. Então o medo tomou conta de mim, era mais forte que eu. Todavia, não fugi. A Dama tomou o terço que segurava entre as mãos e fez o sinal da cruz. Minha mão tremia, porém tentei uma segunda vez, e consegui. Assim que fiz o sinal da cruz, desapareceu o grande medo que sentia, e fiquei tranqüila. Coloquei-me de joelhos. Rezei o terço, tendo sempre ante meus olhos aquela bela Dama. A visão fazia escorrer o terço, mas não movia os lábios. Quando acabei o meu terço, com o dedo Ela fez-me sinal para me aproximar, mas não ousei. Fiquei sempre no mesmo lugar. Então desapareceu imprevistamente.”
Na segunda aparição, Bernadette levou uma garrafa cheia de água benta até a gruta e se pôs a aspergir a “Dama”. Dizia que se viesse da parte de Deus, que permanecesse, se não, que fosse embora. Quanto mais a menina jogava água, mais Nossa Senhora sorria para ela.
Uma cena, no mínimo, engraçada.
Nossa Senhora apareceu outras dezesseis vezes a Bernadette e cada vez mais pessoas se juntavam à jovem, de manhã bem cedo, na gruta. Apesar de só Bernadette ver e ouvir Maria, todas as pessoas ao redor sentiam uma imensa paz durante as aparições. Por várias vezes o delegado e o pai da menina a proibiram de ir à gruta, mas não conseguiam impedi-la por muito tempo.
Nossa Senhora constantemente recomendava que Bernadette dissesse ao povo que rezasse pela conversão dos pecadores e fizesse penitência.
Em uma das aparições, a Virgem pediu à jovem que bebesse e se lavasse com a água que brotava da gruta. Inicialmente, havia apenas uma água suja, que mal dava para lavar as mãos.
No entanto, conforme o tempo foi passando, a cada dia em que Bernadette repetia o gesto pedido por Maria, mais água límpida brotava da gruta, até que as pessoas começaram a imitá-la. Ainda hoje, milhares de pessoas visitam a gruta e recebem curas através da água proveniente daquele lugar.
Numa das últimas aparições, Bernadette perguntou à Virgem qual era seu nome, a mando do pároco. Juntando as mãos à altura do peito, Nossa Senhora então lhe disse: “Eu sou a Imaculada Conceição”. Providencialmente, o papa Pio IX havia proclamado o dogma de que Maria fora concebida sem o pecado original quatro anos antes. A resposta da Virgem em Lourdes então, serviu apenas como mais uma confirmação.
Próximo ao local das aparições foi construído um Santuário dedicado à Nossa Senhora de Lourdes que recebe anualmente a visita de seis milhões de peregrinos. Bernadette se tornou religiosa e, no ano de 1933 foi proclamada santa.

Senhora do Céu e da Terra
Portugal, 1917
Cidade de Fátima

A Virgem de Fátima
Lúcia, 10 anos, Francisco e Jacinta Marto, 9 e 7 anos, apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria em 13 de maio de 1917 quando, por volta do meio dia, avistaram um clarão. Da luz, apareceu-lhes uma senhora vestida de branco com um terço nas mãos, em cima de uma azinheira.
A senhora disse aos três pastorinhos que era necessário rezar muito pela conversão dos pecadores. E repetia: “Penitência, penitência, penitência! Rezem o terço todos os dias”. Ela lhes pediu que retornassem ao mesmo local por mais cinco vezes, todo dia treze de cada mês.
E assim o fizeram. A cada mês, mais pessoas se ajuntavam às crianças. Até que em sua última aparição, em 13 de outubro, Nossa Senhora cumpriu a promessa que havia feito a Lúcia, Francisco e Jacinta tempos antes: “Em outubro direi quem sou, o que quero, e farei um milagre, que todos hão de ver para acreditarem” – 13 de junho de 1917. Diante de 70.000 pessoas na Cova da Iria, ela declarou ser a “Senhora do Rosário” e pediu que construíssem ali uma capela em sua honra.
Ainda no mesmo dia, a Virgem realizou, na frente de todos, o chamado “Milagre do Sol”.
Diante de uma multidão embasbacada, Nossa Senhora fez com que o sol adquirisse uma cor prateada, assemelhando-se a um disco que girava sobre si mesmo e caía em ziguezague, fazendo movimentos extraordinários. Do sol ainda emanavam raios brilhantes de todas as cores, e a luz do astro não cegava. Para observar o fenômeno, bastava olhar para o céu. O milagre pôde ser observado até mesmo por pessoas que estavam a quarenta quilômetros do local.
Os camponeses apelidaram o acontecimento como “O dia em que o sol bailou”. De fato, milhares de pessoas relataram testemunhos praticamente idênticos, atestando a veracidade do episódio.
“Era como um disco de vidro fosco iluminado por detrás e girando sobre si mesmo, dando a impressão que estava caindo sobre nossas cabeças”, relatou para o jornal “O Século” o Sr. Mario Godinho, que não acreditava nas aparições de Fátima até o dia do milagre.
“Olhei fixamente para o sol que parecia pálido, não feria meus olhos. Parecendo uma bola de neve, ele girava sobre si mesmo; de repente pareceu cair em ziguezague”, disse o Pe. Joaquim Lourenço, que se decidiu pelo sacerdócio após a experiência.
Pouco antes do milagre, chovia no local. A partir do momento em que o sol começou a dançar, a chuva parou e as roupas dos presentes ficaram completamente secas: “Até nossas roupas tinham secado. Não sentimos absolutamente nada. As roupas estavam secas e pareciam que tinham acabado de vir da lavanderia. Pensei: ou estou louco ou isto foi um milagre, um verdadeiro milagre”, relatou ao jornal o Sr. Dominic Reis.
Jornal portugûes de 15 de outubro de 1917
relata o milagre do sol

Até hoje, nenhum pesquisador conseguiu explicar cientificamente os movimentos do sol e os fenômenos que ocorreram em Fátima naquele dia.
A aparição também deixou como herança os chamados “três segredos de Fátima”, revelações que Nossa Senhora confiou aos pastorinhos e que foram divulgadas ao longo do tempo segundo a vontade do Santo Padre. Sabe-se que os três segredos tratam de assuntos de interesse global como: guerras, situação política e a devoção ao Imaculado Coração de Maria.
O Santuário de Fátima recebe cerca de cinco milhões de pessoas por ano. Os três pastorinhos morreram santamente e seus corpos se encontram no Santuário.

Nem a NASA explica
México, 1531
Cidade de Guadalupe

No dia 9 de dezembro, Nossa Senhora apareceu a um índio chamado Juan Diego, pedindo-lhe que dissesse ao bispo que construísse uma igreja em sua honra. Ao transmitir a mensagem ao bispo, este lhe exigiu uma prova concreta de que Maria de fato lhe aparecera.
Então, três dias depois, a Virgem novamente apareceu a Juan e fez brotar, em pleno inverno, várias flores em uma colina semi-desértica. O índio então colocou as flores em um manto e levou-as ao bispo.
Para o espanto de todos, ao abrir o manto diante de todos que se encontravam na sala do bispo, havia estampada no tecido uma imagem de Nossa Senhora.
O manto de Juan Diego

A história da Virgem de Guadalupe assombra o mundo científico até os dias de hoje, tamanhos os fenômenos que cercam a misteriosa estampa no manto de Juan Diego.
Comecemos a lista dos atributos simplesmente inexplicáveis referentes à imagem.
Primeiramente, devemos levar em conta a própria conservação do tecido. A tilma em que a imagem apareceu é constituída por um material barato, grosseiro, que normalmente se conservaria por, no máximo, vinte anos. No entanto, o manto de Nossa Senhora tem hoje 478 anos desde o acontecimento e se conserva em perfeito estado. Convém lembrar que antes de ser preservado somente para visitação do público, o manto foi beijado e tocado por milhares de pessoas, o que contribuiria ainda mais para sua decomposição. O simples fato de o tecido existir até hoje já é o primeiro dos muitos fatos inexplicáveis que rondam a história de Guadalupe.
Em 1936, o bispo da cidade do México pediu que o Dr. Richard Kuhn analisasse três fibras do tecido para descobrir que tipo de pintura foi utilizada para imprimir a imagem no pano. Para surpresa de todos, o doutor, que mais tarde receberia o Nobel em Química, concluiu que as tintas utilizadas na imagem não possuíam origem nem animal, nem vegetal, nem de qualquer um dos 111 elementos conhecidos pelo homem. Incrível? Pois o mais incrível ainda está por vir!
Em 1979, o biofísico Phillip Serna Callahan, da Universidade da Flórida, juntamente com especialistas da NASA, analisaram a imagem novamente.
O estudo concluiu, através de fotografias infravermelhas, que (pasmem!) a imagem não se encontra colada ao manto, mas sim “flutuando” sobre a tilma numa distância de 0,3 milímetros. E mais. Descobriram que ao aproximar o rosto a menos de 10 cm da tilma não se vê mais a imagem nem as cores, mas sim apenas as fibras do manto.
Mas as surpresas não param por aí. Com toda certeza, o que mais intriga os cientistas são os olhos da Virgem. Em 1929 o fotógrafo Alfonso Marcué Gonzalez descobriu uma figura minúscula no olho direito da imagem (convém lembrar que o tamanho da pupila da imagem corresponde a uma superfície de apenas8 milímetros de diâmetro).
Mais tarde, os estudiosos comprovariam que, no olho da Virgem aparecem nada menos que treze figuras que correspondem à cena exata do momento em que Juan Diego estendeu o manto na frente do bispo. Nos olhos dela estão refletidos Juan, o bispo com cara de espanto e várias outras pessoas que estavam presentes. E o mais impressionante é que, aumentando-se a imagem milhares de vezes, consegue-se identificar dentro dos olhos do bispo a figura de Juan Diego estendendo o pano em sua frente. Uma imagem com o tamanho de um milímetro dividido em quatro milhões de vezes. Que ser humano seria capaz de pintar algo tão minúsculo?
O cientista José Aste Tonsmann, engenheiro de sistemas da Universidade de Cornell e especialista da IBM no processamento digital de imagens, ainda veio a descobrir que as treze figuras se repetem nos dois olhos, e o tamanho de cada uma delas depende da distância do personagem em relação ao olho esquerdo ou direito de Nossa Senhora.
Outros estudos ainda atestam que há na figura um tipo de tom dourado jamais produzido pelo homem.
Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, no México
Quando João Paulo II visitou a Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, no México, dirigiu-se a ela como Mãe das Américas. A Basílica recebe por ano cerca de 10 milhões de fiéis, ocupando assim a posição de segundo santuário católico mais popular do mundo, perdendo apenas para o Vaticano. 

(por Tássila Maia)

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