SANTO DO DIA
23 de Janeiro - Santo João Esmoler
Este santo dava tanta importância à esmola, que não só dela vivia como com ela provia uma grande quantidade de famílias, e até cidades inteiras. Assim foi o apostolado do bispo João, chamado de "Esmoler".O século sete é tido, para a Humanidade, como uma época de opulência para os poderosos e de miséria para o povo, mas o bispo João nunca deixou de atender a quem quer que o tenha procurado. Os registros e a tradição mostram que a Providência Divina sempre vinha à sua ajuda e, de uma forma ou de outra, os mantimentos de que precisava acabavam chegando às suas mãos. Certamente Deus queria fazer dele um exemplo.
João pertencia a uma família cristã e nasceu no ano 556, na Ilha de Chipre, numa cidade chamada Amatunte, onde seu pai além de muito rico era o governador. João sentia-se chamado para a vida religiosa desde pequeno, alimentando esse desejo até a idade adulta. Como os pais o impediram de se tornar um sacerdote, com a humildade que lhe era peculiar, João obedeceu às suas ordens e se casou. Mas seu caminho já estava traçado por Deus. Pouco tempo depois do casamento a esposa faleceu. Embora, o sofrimento fosse muito grande com a perda, ele decidiu seguir seu chamado e se tornou um sacerdote.
Seu trabalho junto aos pobres deu tantos frutos que foi eleito bispo de Alexandria e, nesta posição de destaque, pôde fazer mais ainda pelos necessitados. Prontamente mandou cadastrar todos os pobres da cidade, onde se catalogaram mais de sete mil e quinhentos. Às quartas e sextas-feiras eram recebidos e auxiliados em tudo que estivesse ao seu alcance. Quando a população católica da Pérsia se viu perseguida por causa de sua fé, foi no Egito do bispo João Esmoler, que encontrou alimento e abrigo.
Na época em que Jerusalém foi arrasada pelos pagãos, também foi o bispo João quem para lá mandou comida e até recursos para a reconstrução das igrejas. Entretanto, consigo mesmo era o desapego em pessoa. Tinha uma única coberta, velha e maltrapilha. Quando um amigo de posses lhe deu um cobertor novinho e felpudo, jogando a velha coberta fora, João dormiu apenas uma noite com ele, em sinal de agradecimento, e no dia seguinte o colocou à venda. Sabedor do gesto do bispo, o doador comprou o cobertor e lhe deu de presente outra vez. Como seu admirador, lhe propôs um jogo: quantas vezes ele o colocasse à venda, tantas vezes o compraria para lhe dar de presente novamente. Assim, o lucro para os pobres foi grande.
Já sexagenário, em 619, decidiu viajar para Constantinopla aceitando o convite do imperador, que desejava vê-lo. Porém, ao chegar à cidade de Rhodes, recebeu uma mensagem profética, de que a sua morte estava bem próxima. João Esmoler chamou o discípulo que o acompanhava, disse-lhe que ia cancelar a visita ao imperador, "pois o Rei dos reis também o chamava" e Ele tinha prioridade. Assim, foi para sua Ilha de Chipre onde morreu serenamente no dia 23 de janeiro desse mesmo ano.
Em 1974, o cardeal de Veneza, Albino Luciani, que depois se tornaria o Papa João Paulo I, teve a honra de hospedar na Igreja Matriz de Casarano as relíquias do corpo de Santo João Esmoler e seu chapéu de bispo, este que continua guardado nessa igreja e localidade. Desse modo percebemos que o seu culto se mantém cada vez mais forte e vigoroso.
Outros santos e beatos:
Santo Agatângelo — martirizado em 309. Convertido e batizado por são Clemente, com este partilhou cárcere, exílio e martírio, em Ancira, no Oriente.
Santo Amásio (†356) — bispo grego, perseguido pelos arianos, tornou-se segundo bispo de Teano. Ainda hoje é venerado na Itália central.
Santa Ascla — martirizada em 287, lançada ao Nilo.
Santo Auremunde — abade em 587, na abadia de Saint Mairé.
São Bernardo (777-841) — abade beneditino, educado na corte de Carlos Magno; mais tarde, bispo de Vienne. Fundou a abadia de Romans.
São Clemente — bispo de Ancira, na Galácia, martirizado em 309.
Santa Emerenciana — virgem, martirizada entre os séculos III e IV. Um autor desconhecido do século V, num capítulo acrescentado à Paixão de santa Inês, relata que, durante os funerais da jovem mártir, alguns pagãos irromperam no local onde se celebravam as exéquias e dispersaram o grupo de cristãos. Só Emerenciana, amiga de Inês, desafiou os intrusos, mas pagou esse gesto de coragem com a lapidação. Os pais de Inês recolheram o corpo dilacerado da moça e o sepultaram ao lado do túmulo da filha, no cemitério situado na via Nomentana. No século IX, as relíquias das duas mártires foram depositadas na basílica que leva o nome de santa Inês. Algumas dessas relíquias foram trasladadas a igrejas de países distantes (Espanha, Alemanha, Bélgica), atestando a amplitude do culto dirigido à jovem mártir, objeto da perseguição de Diocleciano.
Santo Eusébio — eremita sírio do século IV, no monte Corife.
Santa Luftilde (também conhecida como Lufetilde, Leuctelde, Liutilde, Luftolde) (†850) — eremita nas proximidades de Colônia.
São Parmênio — um dos sete diáconos ordenados pelos apóstolos. Pregou na Ásia Menor e foi martirizado nas imediações de Filipos (Macedônia), sob o governo de Trajano.
Santos Severino e Áquila — marido e mulher martirizados em data imprecisa, em Júlia Cesaréia, na Mauritânia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário