Blog Alma Missionária

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domingo, 11 de novembro de 2012


ONDE EU ACHO ESTA PASSAGEM?

Tenho por hábito citar a Bíblia, resumir o texto e torná-lo interessante por algum detalhe. Depois, aponto o livro e o autor. Faço como propôs o papa Bento XVI num dos livros de uma de suas trilogias. Ele propôs que voltássemos a mostrar o cristianismo de maneira que despertasse curiosidade nos ouvintes para que se tornassem leitores, mais do que admiradores.
Gosto quando, depois de explanar uma passagem e aplicá-la aos dias de agora sugiro a leitura da mesma e os ouvintes me procuram perguntando onde acho o teólogo, o livro e a passagem. É sinal de que despertei a curiosidade.
Dias atrás falei do capítulo 3 da epístola aos Efésios, atribuída a São Paulo. Mostrei que o autor propõe “conhecimento de quatro dimensões do mistério do Cristo no mundo”. A seguir, propõe “entendimento do que foi conhecido” porque uma coisa e conhecer e outra é entender. E só depois do entendimento é que Paulo fala da caridade que começa a fazer sentido para quem conheceu e entendeu.
Aí, o autor fala da imensa riqueza que é ter aberto o coração e a inteligência para captar a profundidade, a altura, a largura e o comprimento da fé. O fiel passa a entender melhor a caridade cristã e acaba recebendo muito mais do que pediu. Fica inundado porque abriu as comportas da mente. É a proposta de uma fé aberta e sem redomas e fechamentos.
Dez pessoas me procuraram pedindo que citasse de novo a passagem e os livros de Karen Armstrong que indiquei. Graças ao bom Deus não ficaram no que eu disse. Foram ler o que eu indiquei.
Penso que pregar seja isto. Se estiver errado, que me corrija quem sabe mais! Entendo que nem sempre nossas pregações trazem o novo. Não é que tenham que sempre trazer novidade, mas a mesmice é sinal de pouca leitura e preguiça intelectual. Não escondo se sou exigente com os padres que foram meus alunos e outros amigos quando vejo que passam muito tempo sem ler.
Esses dias cobrei de um pregador amigo que falasse do texto PALAVRA E SILENCIO de Bento XVI. É riquíssimo de conteúdo. Ele confessou que não havia lido. E ele é comunicador! Imaginem se não fosse! Precisamos despertar curiosidade nos leitores sem fazer concessões ao conteúdo.
Pe. Zezinho scj

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