Vigiar pelo Dia de Cristo |
Estudos Bíblicos |
Ter, 23 de Novembro de 2010 22:46 |
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 26“Como aconteceu nos dias de Noé, assim também acontecerá nos dias do Filho do Homem. 27Eles comiam, bebiam, casavam-se e se davam em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Então chegou o dilúvio e fez morrer todos eles. 28Acontecerá como nos dias de Ló: comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam.29Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, Deus fez chover fogo e enxofre do céu e fez morrer todos.30O mesmo acontecerá no dia em que o Filho do Homem for revelado.31Nesse dia, quem estiver no terraço, não desça para apanhar os bens que estão em sua casa. E quem estiver nos campos não volte para trás. 32Lembrai-vos da mulher de Ló.33Quem procura ganhar a sua vida vai perdê-la; e quem a perde vai conservá-la. 34Eu vos digo: nesta noite, dois estarão numa cama; um será tomado e o outro será deixado. 35Duas mulheres estarão moendo juntas; uma será tomada e a outra será deixada. 36Dois homens estarão no campo; um será levado e o outro será deixado”.37Os discípulos perguntaram: “Senhor, onde acontecerá isso?” Jesus respondeu: “Onde estiver o cadáver, aí se reunirão os abutres”. (Lc 17,26-37)
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Algumas ponderações:
Jesus está falando do final dos tempos:
1. Será como nos dias de Noé e de Ló: quando menos se esperar. O Senhor vem ao nosso encontro no vai-e-vem da vida, nocurso aparentemente banal da história. O Senhor não nos pedirá licença, não consultará nossa agenda... É necessário, portanto, estar preparados; é preciso não enterrar o nariz e o coração na cotidianidade. Ser atentos aos nossos projetos e compromissos, sim; mas, sem perder de vista que estamos caminhando para o Senhor, para Aquele que vem! A vida não é nossa de modo absoluto: não pedimos para nascer, não nos escolhemos e, tampouco, poderemos marcar o momento e o modo do encontro com Aquele que é nosso Juízo e Sentido último do nosso existir. Vigiemos, portanto!
2. O Dia do Senhor virá com toda a sua urgência. Haverá de nos colher na situação de vida em que nos encontrarmos. Por isso mesmo o Senhor nos exorta a que estejamos preparados! Não haverá tempo para nos prepararmos, para voltar atrás! Aliás, quem põe a mão no arado e olha para trás, não serve para o Reino. Neste sentido, é impressionante o exemplo da mulher delo: olhou para trás e petrificou-se, virou estátua de sal, enrijeceu-se! Na vida, é necessário sempre olhar para frente, para Aquele que vem no tempo e no modo que ele mesmo decidir soberanamente.
3. A Aparição gloriosa do Senhor, que é Juízo de cada um de nós e de toda a história humana, terá um caráter discriminatório: uns serão levados com o Senhor, outros serão deixados fora, onde só há choro e ranger de dentes! Não se pode invocar de modo leviano e irresponsável a misericórdia de Deus: nós colheremos por toda a eternidade o que plantarmos nos dias de nossa existência neste mundo. Será o fracasso absoluto da nossa vida ser deixado, tendo escutado do Senhor a pior sentença: “Afastai-vos de mim! Não vos conheço!” Jesus é claro: uns serão levados e outros, deixados...
4. Assustados pela urgência e gravidade da palavra do Senhor, os discípulos perguntam pelos sinais. Jesus dá um sinal feio – o mais feio do Evangelho! Ele que falou dos lírios dos campos e das aves dos céus, das redes jogadas no mar, do pai do filho pródigo, agora fala em abutres e em cadáver: “Onde estiver os abutres, aí estará o cadáver!” Ou seja: como a presença de abutres é sinal da presença de algum cadáver, também os sinais indicados no evangelho de ontem e de outros textos (perseguição aos cristãos e à Igreja, falsos messias, apostasia generalizada, convulsões naturais e históricas, etc) são sinais da gravidade e proximidade da vinda do Senhor. Aliás, sobre isso, veja o estudo bíblico-catequético da Liturgia da Palavra do próximo Domingo, que coloquei mais abaixo e veja também, no site, a homilia para o Domingo vindouro...
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