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A Missa de costas
para o povo?
Numa intenção de desprestigiar a Missa legitimamente
celebrada na forma extraordinária ou antiga do Rito
Romano, agora equiparada pelo Papa à forma ordinária
em vigor, costuma-se a ela se referir como sendo
aquela missa celebrada “de costas para o povo”.
Interessante que por quatro séculos a Missa foi assim
celebrada e só agora se notou isso?
Na verdade, a Missa na forma tradicional não é
celebrada pelo Sacerdote de costas para o povo, mas
sim pelo padre se postando na mesma direção do povo,
em direção ao Oriente, “versus Orientem”, que
representa Nosso Senhor. Todos em direção ao Senhor!
Para frente e para cima. Assim como o
comandante não marcha de costas para os seus
soldados mas na mesma direção deles, para frente.
Eis a explicação que nos dá o então Cardeal Joseph
Ratzinger, agora nosso Papa Bento XVI:
“No plano concreto, um erro grave atribuído à
reforma pós-conciliar foi o costume de o sacerdote
celebrar voltado para os fiéis. Dessa forma,
o Sacerdote torna-se o verdadeiro ponto de referência
de toda a celebração. Tudo acaba em cima dele. É ele
que se precisa olhar. A atenção é cada vez
menos voltada para Deus e é cada vez mais
importante o que fazem as pessoas que ali se
encontram e que não têm a menor intenção de
submeter-se a um esquema predisposto. O
sacerdote virado para o povo dá à comunidade
o aspecto de um todo fechado sobre si mesmo.
Sua postura não é mais aberta para frente e para
cima, mas fechada em si mesma.”
E ele recorda que, ao contrário do que muitos pensam,
do altar voltado para o povo não há menção
alguma no texto do Concílio Vaticano II. E, segundo ele,
“no costume antigo, a questão não era de virar
as costas ao povo, mas de adotar a mesma orientação
do povo”.
“Quem entender isso, diz ele, entende facilmente que
a questão não é olhar o sacerdote, mas olharmos
juntos o Senhor e ir ao seu encontro. Fiéis e sacerdote
não devem olhar um para os outros, mas
olhar juntos para Ele, o transpassado. A oração
comunitária litúrgica deve mirar a que oremos de
verdade, isto é, que não falamos um com o outro,
mas falamos com Deus e perante Deus.”
+ Dom Fernando Arêas Rifan Bispo Titular de Cedamusa - Campos – RJ.
(Lembrando que Deus está ali presente no
Sacrário e a Cruz que lembra o caráter Sacrificial da
Missa. Por isso devem estar no centro da Igreja
no lugar de honra e mais elevado em direção
ao oriente, para que todos possam ver e contemplar.
O que dizer quando muitos já não têm fé que Jesus
está ali vivo e real, porém invisível aos olhos
humanos? E pior ainda, quando Jesus no Sacrário
é atirado para o lado ou escondido, se
sentindo assim como que desprezado, rejeitado ou
um simples mais um, a olhar?)
"Neste nosso tempo a criatura é mais valorizada
que o Próprio Criador que a fez."
A Escritura diz: “A pedra que os pedreiros
rejeitaram tornou-se agora a pedra angular.”
Assim a Santa Madre Igreja Católica Apostólica
vai sendo despida de sua Sacralidade,
assim como despiram Nosso Senhor Jesus Cristo no
alto do calvário.
A Escritura também diz: “Quando voltar será
que encontrarei fé sobre a terra?”
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