Blog Alma Missionária

Blog Alma Missionaria

terça-feira, 6 de novembro de 2012












A Missa de costas
 para o povo?

Numa intenção de desprestigiar a Missa legitimamente
 celebrada na forma extraordinária ou antiga do Rito
 Romano, agora equiparada pelo Papa à forma ordinária 
em vigor, costuma-se a ela se referir como sendo 
aquela missa celebrada “de costas para o povo”. 
Interessante que por quatro séculos a Missa foi assim 
celebrada e só agora se notou isso?

Na verdade, a Missa na forma tradicional não é 
celebrada pelo Sacerdote de costas para o povo, mas
 sim pelo padre se postando na mesma direção do povo,
 em direção ao Oriente, “versus Orientem”, que
 representa Nosso Senhor. Todos em direção ao Senhor! 
Para frente e para cima. Assim como o 
comandante não marcha de costas para os seus
 soldados mas na mesma direção deles, para frente.

Eis a explicação que nos dá o então Cardeal Joseph
 Ratzinger, agora nosso Papa Bento XVI: 
“No plano concreto, um erro grave atribuído à 
reforma pós-conciliar foi o costume de o sacerdote
 celebrar voltado para os fiéis. Dessa forma, 
o Sacerdote torna-se o verdadeiro ponto de referência
 de toda a celebração. Tudo acaba em cima dele. É ele
 que se precisa olhar. A atenção é cada vez 
menos voltada para Deus e é cada vez mais 
importante o que fazem as pessoas que ali se 
encontram e que não têm a menor intenção de 
submeter-se a um esquema predisposto. O
 sacerdote virado para o povo dá à comunidade
 o aspecto de um todo fechado sobre si mesmo.
 Sua postura não é mais aberta para frente e para 
cima, mas fechada em si mesma.”

E ele recorda que, ao contrário do que muitos pensam,
 do altar voltado para o povo não há menção 
alguma no texto do Concílio Vaticano II. E, segundo ele,
 “no costume antigo, a questão não era de virar
 as costas ao povo, mas de adotar a mesma orientação 
do povo”.

“Quem entender isso, diz ele, entende facilmente que
 a questão não é olhar o sacerdote, mas olharmos 
juntos o Senhor e ir ao seu encontro. Fiéis e sacerdote 
não devem olhar um para os outros, mas
 olhar juntos para Ele, o transpassado. A oração
 comunitária litúrgica deve mirar a que oremos de
 verdade, isto é, que não falamos um com o outro,
 mas falamos com Deus e perante Deus.”

+ Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo Titular de Cedamusa - Campos – RJ.


(Lembrando que Deus está ali presente no
 Sacrário e a Cruz que lembra o caráter Sacrificial da 
Missa. Por isso devem estar no centro da Igreja 
no lugar de honra e mais elevado em direção 
ao oriente, para que todos possam ver e contemplar.
O que dizer quando muitos já não têm fé que Jesus
 está ali vivo e real, porém invisível aos olhos
 humanos? E pior ainda, quando Jesus no Sacrário 
é atirado para o lado ou escondido, se 
sentindo assim como que desprezado, rejeitado ou 
um simples mais um, a olhar?)

        "Neste nosso tempo a criatura é mais valorizada 
que o Próprio Criador que a fez."

A Escritura diz: “A pedra que os pedreiros 
rejeitaram tornou-se agora a pedra angular.”

Assim a Santa Madre Igreja Católica Apostólica 
vai sendo despida de sua Sacralidade, 
assim como despiram Nosso Senhor Jesus Cristo no
 alto do calvário.

A Escritura também diz: “Quando voltar será 
que encontrarei fé sobre a terra?”



Nenhum comentário: