Blog Alma Missionária

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sexta-feira, 9 de novembro de 2012


A IGREJA QUE CASTIGA


Engenheiro consciente, represa o rio, mas deixa que ele corra.
Jesus foi exigente, mas soube dosar sua exigência com sábia pedagogia de mestre e
 educador. Os que perguntam porque a Igreja castiga, passam a idéia de que a Igreja
 é má. Nós respondemos que a Igreja tem o direito de punir, sem por isso, ser má.
 A mãe pune a criança que pôs a mão num fio elétrico, para que ela nunca mais
 faça isso. Nem por isso é má. Da mesma forma, a mãe exige que a criança evite 
determinados comportamentos. Se encontra a criança a fazer o que não devia, 
dá-lhe uma punição. Dá-se o mesmo com adultos inteligentes que desviam bilhões
 do tesouro nacional. O país inteiro quer vê-los punidos. Sabiam o que faziam!
Existe uma pedagogia da punição que precisa ser justa. Na Igreja, -aliás, em todas
 as Igrejas-, há uma pedagogia da punição que não pode ser excessiva e nem 
branda de mais. A religião que pregasse que Deus é cruel e castiga, estaria 
deturpando a idéia de Deus. Mas estaria também, deturpando essa idéia, se
 dissesse que Deus deixa passar tudo e que Ele não está nem um pouco 
preocupado com nossas injustiças. É só abrir a bíblia para perceber, que a
 noção de um Deus que pune foi evoluindo para a noção de um Deus que educa.
A noção de um Deus terrível e castigador foi evoluindo para a de um Deus que
 orienta, educa e converte, mas não deixa de exigir. Portanto, segundo os
 cristãos, existe um Deus misericordioso, exigente, paterno, mas capaz de cobrar
 coerência dos filhos. Esse Deus que mais ama, que mais apóia do que castiga é o
 nosso Deus. A religião que dissesse que não existe nenhum castigo, estaria 
deturpando o sentido fundamental de toda e qualquer religião. O prêmio, o
 incentivo, a motivação são fundamentais para uma pregação religiosa. Mas, o
 castigo a punição, e a penitência também são fundamentais.
Toda a religião que se preze, precisa ensinar a perdoar e a ser perdoado, a punir
 sem exagero, mas também a não deixar as coisas seguirem seu curso, pura e 
simplesmente, como qualquer riacho selvagem. Engenheiro consciente represa
 o rio, mas deixa que ele corra. Quem quiser luz e irrigação provavelmente vai
 aprender a disciplinar o rio. As Igrejas devem disciplinar os seus fiéis e canalizar
 as suas energias para o bem. É por isso, que o castigo pode fazer parte desse 
processo, sem excesso, mas também, sem liberdade demais.
A moral prega a liberdade, mas faz exigências. Ninguém é livre para fazer o que
 bem entende. Se fizer isso, terá rompido com o próprio Deus. Foi Ele quem 
disse “Eis que te ponho diante da vida e diante da morte…, se queres viver 
escolhe a vida” Dt 30,19.

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