A VIDA DE NOSSA SENHORA – PARTE 1 -: Infância, Juventude e Aniversário de Maria
INFÂNCIA E JUVENTUDE
- A Sagrada Escritura não informa, mas por Tradição sabemos que os pais de MARIA de Nazaré chamavam-se Joaquim e Ana. Para confirmar, desde 1584 a Igreja comemora no dia 26 de Julho, a Festa de São Joaquim e Sant’Ana, ”Avós de JESUS”.
NOSSA SENHORA nasceu pura e sem qualquer mancha, isenta dos efeitos do Pecado Original e exuberante de graças pelo Altíssimo, pelo mérito de ter sido escolhida a MÃE DO SENHOR. O fato provavelmente ocorreu no ano 732 da fundação da cidade de Roma, isto porque, segundo o cálculo elaborado pelos especialistas baseados em documentos antigos, JESUS nasceu no ano 748. Assim sendo, vem confirmar que a VIRGEM MARIA tinha 16 anos de idade quando deu à luz ao REDENTOR na Gruta em Belém.
ANIVERSÁRIO NATALÍCIO DE MARIA
A Igreja celebra a Festa da Natividade da MÃE DE DEUS em 8 de Setembro, embora nossa MÃE SANTÍSSIMA, nas Aparições em Medjugorje (desde Junho de 1981), informou aos videntes que Ela nasceu no dia 5 de Agosto.
Para confirmar a data do Aniversário de MARIA, existem dois fatos ocorridos no mesmo dia, que colaboram de maneira efetiva para a aceitação do dia 5 de Agosto como a data Natalícia de NOSSA SENHORA, considerando que as “coincidências” existem, mas sem dúvida, elas são Obras da Providência Divina.
O primeiro fato aconteceu em Agosto do ano 352, na cidade de Roma, com uma nevada milagrosa no monte chamado Esquilino. Giovanni Patrício e sua esposa sonharam que aVIRGEM MARIA desejava que fosse construída uma Igreja em sua homenagem e “avisou” que marcaria o local, cobrindo-o com neve. No sonho, NOSSA SENHORA apareceu com o Menino JESUS ao colo e pedia ao casal que levasse a notícia ao Sumo Pontífice. Na audiência com o Papa Libério (352-366), o casal ao descrever o sonho, deixou o Sumo Pontífice surpreso e admirado, porque também ele havia recebido a mesma mensagem enquanto dormia. Por isso mesmo, determinado a verificar a maravilha, junto com o seu acompanhante, foi ao local e o encontrou coberto com neve em pleno verão na Itália. Era o dia 5 de Agosto de 352. No local indicado pela VIRGEM, o Papa iniciou a construção da BASÍLICA LIBERIANA ou IGREJA DE SANTA MARIA DAS NEVES e também na mesma data, instituiu a Festa de NOSSA SENHORA DAS NEVES, ou da VIRGEM BRANCA, em homenagem a MÃE DE DEUS.
O segundo fato, ocorreu no ano 431, quando por ordem do Papa Celestino I (422-432), foi instaurado na Ásia Menor, o Concílio de Éfeso, entre os dias 22 de Junho a 31 de Julho. Neste Concílio Ecumênico, foi reconhecida e proclamada oficialmente a MATERNIDADE DIVINA DE MARIA. No dia 5 de Agosto em Roma, Sua Santidade celebrou uma Santa Missa festiva e leu o texto do Dogma da MATERNIDADE DIVINA DE NOSSA SENHORA.
No pontificado do Papa Sixto III (432-440), sucessor do Papa Celestino I, foi edificado naquele mesmo local indicado pela VIRGEM MARIA, no monte Esquilino, em Roma, outro templo em honra de NOSSA SENHORA, com uma sólida e bem dimensionada estrutura, formosas colunas jônicas e três magníficas naves, que permanecem até hoje. A Igreja antiga construída pelo Papa Libério, desapareceu no tempo sem deixar vestígio. O novo templo foi denominado BASÍLICA DE SANTA MARIA MAGGIORE (Santa Maria, a Maior), referindo-se a grandeza das virtudes e o imenso poder de intercessão da MÃE DE DEUS, NOSSA SENHORA, SANTA MARIA DAS NEVES. Ao longo dos séculos, a Basílica recebeu muitos melhoramentos, admiráveis pinturas, artesanato com ouro no teto e nos altares, pisos cerâmicos com desenhos especiais, notáveis imagens e artísticas esculturas, que transformaram o Templo numa majestosa Basílica Mariana, uma das mais importantes e mais bonitas do mundo. Anualmente em Roma, no dia 5 de Agosto as homenagens a NOSSA SENHORA se renovam e se multiplicam em festas e celebrações, relembrando com entusiasmo e alegria o aniversário de construção da Basílica, um digno e precioso presente da humanidade em honra e como demonstração de fervoroso amor a NOSSA SENHORA, na data de seu Aniversário Natalício.
Sua infância foi normal, alegre e tranquila, como de todas as crianças que são cercadas pelos carinhos e atenções dos pais e parentes.
Aos três anos de idade em atendimento aos preceitos da lei judaica, foi levada ao Templo em Jerusalém para ser Consagrada e Apresentada a DEUS. A Lei mosaica (Lv 27,1-6) determinava obrigações para as crianças de ambos os sexos, as quais deveriam ser Apresentadas, Consagradas e Oferecidas a DEUS por toda a vida, e os pais, para resgatá-las, tinham que pagar um tributo em gramas de prata (ciclo de prata, moeda da época).
Passavam-se os anos, MARIA crescia em graça, beleza e formosura, mostrando grande interesse pelos rolos de pergaminho da Escritura Sagrada, que ficavam guardados num baú na casa que servia de sinagoga, para as reuniões semanais dos judeus em Nazaré.
A idade de 12 anos, tanto para os rapazes como para as moças israelitas, era um tempo de significado muito especial, porque de acordo com o costume e a lei, os rapazes passavam a gozar dos direitos civis, tornando-se cidadãos judeus, e as moças eram consideradas ”gedulah” , legalmente autorizadas a se casar. Assim, atingida esta idade, com o amparo da lei eram elaborados os contratos de casamento.
Foi então, que ao completar os doze anos de idade, aconteceu a primeira manifestação decidida de MARIA, quanto ao ideal de sua vida. Seus pais conversando sobre as formalidades da lei e o grande interesse dos jovens por ela, abordaram o assunto de um possível casamento. Presume-se que ela com o maior respeito e sem ferir a obediência, deve ter argumentado, dizendo que embora eles desejassem uma “aliança” , os seus sentimentos tinham evoluído em direção a um projeto mais sublime.
Com certeza eles não compreenderam as palavras da filha, contudo, mesmo sem entender a explicação, confiaram, conscientes de que ela sempre demonstrara um procedimento amadurecido, com atitudes responsáveis e um exato cumprimento das obrigações.
Na verdade, pelos manuscritos sagrados MARIA conheceu o CRIADOR e apaixonou-se por ELE, pela grandeza do Amor Divino e a incomensurável magnitude da misericórdia do SENHOR. Vivia imaginando em pensamentos as manifestações Divinas que lia nos papiros e seu amor crescia cada vez mais. Tanto evoluiu e cresceu que atingiu uma imensa grandeza, ocupando a sua mente e todas as fibras do coração. Ela sentia que era uma necessidade de sua alma agradar a DEUS em todos os momentos de sua existência, por isso, mesmo nos trabalhos diários, nas menores e mais modestas ocupações, procurava faze-las com interesse, zelo e perfeição, porque compreendeu também, que todos os seus atos eram parte do viver cotidiano e portanto, se os fizessem revestidos de mais atenção e amor, indubitavelmente ia agradar muito mais ao PAI ETERNO. E por isso, assim Ela procedia!… Sempre preocupada em inovar, em descobrir um novo modo, um gesto mais significativo ou mais carinhoso, que mostrasse a delicadeza e a grandeza de seu amor, para agradar ainda mais o CRIADOR, idealizou o cultivo de uma virtude que a conduziu a uma decisão séria e singular, qual seja, aquela de manter a virgindade, como a melhor maneira que encontrou para agradar o PAI ETERNO.
Mas naquele tempo, os costumes e a lei judaica não prescreviam a virgindade, simplesmente ela não existia, porque toda mulher devia se casar, ter os seus filhos e criar a sua prole. Então evidencia-se a coragem e a expressão máxima da força de vontade de uma mulher! Ela imaginou um modo mais santo e genuíno de agradar a DEUS e decididamente colocou-o em prática, tranquila e sem temor. Arriscava-se a ser escarnecida por sua comunidade, a ser considerada castigada pelo SENHOR, por não se casar e não ter filhos. Isto porque, segundo a lei, a mulher que não tivesse filhos era considerada desonrada, tratava-se de um fato ignominioso, considerado até mesmo um castigo Divino. (Gn 30,23)(1 Sm 1,5-8)
Entretanto MARIA permaneceu firme e inabalável em sua resolução, no ideal secreto que somente Ela e o PAI ETERNO conheciam.
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