Blog Alma Missionária

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sábado, 20 de abril de 2013


A oração do Papa de Fátima ( I )



 Não há dúvidas que o Beato João Paulo II é um dos Papas de Fátima. Há sinais que a Divina Providência se dignou de por diante de nossos olhos para que pudéssemos identificar este grande Papa Mariano, a começar pelo seu Báculo, que faz referência à grande Cruz tosca da terceira parte do segredo, e depois o seu Brasão, cujo Lema era: Totus Tuus.
Com esse Lema João Paulo II se Consagrou inteiramente a Nossa Senhora, consagração que Nossa Senhora aceitou com alegria, fazendo dele um dos Papas de Fátima, da Mensagem de Fátima.
A Consagração de João Paulo II a Nossa Senhora é o sinal mais eloquente de que ele foi um dos Papas mostrado para as criancinhas nas Revelações de Fátima. 
A conclusão é muito simples: todo consagrado pertence a Nossa Senhora. Ora, João Paulo II se consagrou a Nossa Senhora. Logo, ele é o Papa d'Ela.
Na terceira parte da mensagem podemos notar como Nossa Senhora faz questão de chamar nossa atenção para a oração que este Grande Pontífice faz pelas almas das pessoas que ele vai encontrando pelo caminho por onde passa. 
A atitude orante deste Papa chama a atenção dos céus, pois revela algo que causa muita comoção ao Imaculado Coração de Nossa Senhora, revela a grandeza ímpar de coração deste Grande Papa. Revela a extraordinária Caridade deste Papa pela salvação das almas. Vejamos o que diz o texto: " O Santo Padre, antes de chegar aí (no cimo da montanha escabrosa), atravessou uma grande cidade meio em ruínas, e meio trêmulo com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que ia encontrando pelo caminho."(Cf.Terceiro Segredo de Fátima).
Deixemos, por hora, as outras figuras, e nos atenhamos a figura que classifica de "cadáveres" às pessoas que tiveram a alegria de se encontrar com o Papa, seja pessoalmente ou nas grandes Peregrinações pelos países que ele visitou. 
Antes de tudo devemos observar bem de que Nossa Senhora não está falando de cadáveres em sentido literal, significando que o Papa encontraria gente morta por ocasião de uma grande catástrofe do tipo guerras ou queda de algum meteoro. Não, não é de uma catástrofe material que Nossa Senhora fala aqui, Ela fala de uma outra catástrofe muito pior que esta, fala de uma catástrofe espiritual.
Para melhor entender isso veja-se aquela passagem de São Paulo, onde ele diz que "muitos julgam estar vivos, mas na verdade estão mortos". O glorioso Padre Antônio Vieira, num de seus Sermões, se demorou bastante na explicação desta passagem que agora me foge da memória, mas que é conhecida de todos.
Os "cadáveres" que o Papa João Paulo II ia encontrando pelo caminho são as pessoas espiritualmente mortas para a graça de Deus, são aquelas pessoas que vivem entregues aos prazeres da carne, que corrompem toda dignidade cristã. 
O Papa percebe que o estado dessas pessoas é péssimo, os cadáveres são fétidos, causam naturalmente grande repugnância, mas mesmo assim este Grande Papa não se desespera e faz por eles o que comoveu os Céus: ora pela alma deles.
João Paulo II, vencendo toda a repugnância que naturalmente o estado cadavérico causa em nós, ora pela alma deles.
A repugnância causada pelo triste estado de pecado ou degradação moral dos seus fiéis não foi o limite para a imensa Caridade Misericordiosa de João Paulo II, inalando o fétido odor dos cadáveres não se recusa de fazer o bem de rezar pela alma deles. João Paulo II fez o bem para pessoas que não mereciam bem algum, fez o bem para uma geração depravada, fez o bem para quem merecia todos os castigos do céu e da terra.
Assim como seu Senhor, João Paulo II amou os seus até o fim.
E nós, rezamos pela alma das pessoas que nós repugnamos ou abominamos?
Beato João Paulo II, ora pro nobis Deum!
In Iesu.




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